CAPÍTULO 6 - TATUAGENS

219 22 4
                                    

No dia seguinte, Malu despertou cedo e dirigiu-se diretamente para a cozinha.

- Bom dia, Tio Thatch! Sabe onde está o Marco? Estou ansiosa para voltar a treinar hoje.

- Bom dia, Malu! Eu estive com ele mais cedo. Ele já deve estar chegando; disse que precisava conversar com você.

- Ah, que bom. Estou doida para retomar os treinos.

Nesse momento, Marco adentrou a cozinha acompanhado de Ace, Vista e Izo.

- Tio Marco, que bom que está aqui! Precisamos falar sobre o retorno dos meus treinos.

- Malu, lembre-se que não são apenas Thatch e Marco seus tios, certo?

- Eu sei, tio Izo, mas é que não aguento mais ficar sem treinar!

- Entendemos, querida. Mas acho que precisaremos prolongar suas férias.

- O quê? Como assim, tio Vista?

- Era sobre isso que eu ia falar agora. -Marco interveio.

- Ah, eu estava morrendo de vontade de treinar.

- Eu sei, mas eu e Vista estamos com alguns problemas para resolver e não sabemos quando conseguiremos retomar suas aulas e treinos.

- Ah, mas quem sabe eu não possa treinar sozinha, já sei muita coisa mesmo.

- Malu, talvez seja melhor aproveitar esse tempo para se cuidar e fazer outras atividades que você goste. - Vista sugeriu, quase ordenando que Malu tirasse um tempo para si.

- Ah, tá bom então...

- Você terá tempo até para conversar com seu novo amigo. - Thatch olhou para Ace.

- É, pode até ser legal!

Malu e Ace trocaram olhares e sorrisos.

- Malu, sobre isso, precisamos conversar mais tarde!

Malu corou intensamente, sentindo seu rosto arder.

- Ah não, tio Marco, já sei até o que você vai dizer. Vamos ignorar isso, por favor!

- Não dá para ignorar, mocinha. Você já tem quinze anos, e quanto mais cedo começar a se cuidar, melhor!

- Cala a boca, tio, por favor.

- Estou falando sério, Mary D. Lua.

- Ok, tio. A gente conversa depois, na semana que vem, ou no mês que vem, ou no ano que vem, quem sabe até na década que vem? Por agora, vou cuidar de mim, como vocês disseram.

Malu saiu extremamente corada e envergonhada, com pressa para chegar ao seu quarto.

Por volta das onze da manhã, Malu saiu do banho com os cabelos úmidos. Ela apreciava aquele tempo para si mesma.

Então, puxou uma grande caixa que estava em baixo da cama e dela retirou seus materiais de pintura. Pintar era seu maior hobby.

Ao som de uma música relaxante, esboçou primeiro com lápis em seu caderno e depois transferiu para a tela. Posicionou o cavalete e começou a desenhar com delicadeza.

Quando estava no meio do desenho, ouviu batidas na porta, embora odiasse ser interrompida, permitiu que a pessoa entrasse.

- Entre!

Ace entrou e fechou a porta atrás de si, observando a pintura de Malu.

- Então, você é a artista do bando? Passei horas tentando adivinhar qual é o seu papel aqui. Você parece ser durona, mas seu papel aqui é fofo e legal.

𝐴 𝐹𝐼𝐿𝐻𝐴 𝐷𝑂 𝐵𝐴𝑅𝐵𝐴 𝑁𝐸𝐺𝑅𝐴: 𝐴𝐿𝐸𝑀 𝐷𝑂 𝐷𝐸𝑆𝑇𝐼𝑁𝑂 Onde histórias criam vida. Descubra agora