Capítulo 32

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🦋Bia Narrando🦋

- Tão me olhando com essa cara de espanto porque em? Até parece que nunca me viram. - cruzei os braços, fazendo graça.

Vapor: Mó tempão que tu não bota a fuça aqui na favela que até tinha esquecido de tu em dondoca.

- Tava respirando novos ares. - joguei meus cabelos, agora loiros, rindo com eles em seguida. - Chama o Terror ou o Águia aí pra mim fazendo favor.

Ele fez o que eu pedi e eu peguei uma cadeira de praia que tinha ali na barreira sentando do lado do carro.

Terror: Qual foi da parada paçoc... - Ele me viu e sorriu com os olhos brilhando. - Descobriu que tem casa, agora é?

- Sabe como é, um bom filho a casa torna. Aí tem como liberar o meu carro e depois a gente trocar um lero? - Ele assentiu, mandou revistarem o carro e me liberou.

Cheguei na boca estacionei o carro, desci e caminhei até a sala dele. Ele sentou na cadeira dele e eu na que estava em frente a ele.

Terror: E aí, voltou pra ficar de vez? - perguntou, se encostando na cadeira.

- Terror, não vou ficar criando expectativas para você e nem pra mim tá? - Ele assentiu - Voltei porque não achei justo minha filha crescer sem um pai presente por uma coisa nossa. Ela merece os dois presentes na vida dela dando o maior amor e companheirismo possível para a mesma, nossa bebê merece ser feliz de todas as maneiras. Tem como pedir uma água aí pra mim? - ele assentiu e logo um vapor entrou na sala com uma garrafinha e depois saiu. - Vou voltar para ficar sim, mas quero uma casa pra morar sozinha, dou meu jeito para comprar e manter ela. - Parei para beber água e ele começou a falar.

Terror: Para de graça que pra tu é Renan. Nessa parada aí da casa, eu vou ver essa meta, minha filha vai está dentro dela, então nada mais justo do que eu manter ela. E não venha de orgulho porque a casa é pra nossa filha.

- Eu não vou reclamar não, até porquê quem sou eu pra falar algo né? Mas eu quero um trabalho também, tem nada aí não? Quem fazia as contabilidades às vezes era eu né...

Renan: Já tem uma pessoa contratada pra isso, mas tem pra contar e controlar os armamentos.

- Pode ser né, vou nem ficar escolhendo por enquanto não.

Renan: Tá, mas... - ficou sem jeito e fiz um gesto para ele prosseguir - E a gente? Tem outra pessoa envolvida no meio já. - Falou coçando a nuca de cabeça baixa.

- A gente não existe mais. Desde o momento em que você não teve a empatia e a maturidade de sentar civilizadamente para conversar e entender o meu lado. Eu até tentei entender tudo, e no final compreendi você, mas, eu preciso de alguém ao meu lado que independente da situação não jogue tudo pelos ares. Sei que se por acaso a gente voltasse, talvez você não fizesse isso novamente, mas não penso em voltar com você, eu perdi aquela confiança sabe? E isso é uma coisa que talvez se recupere com o tempo, mas não ia ser a mesma coisa de antes. Você sempre foi e será o homem que eu mais amei na minha vida, fique ligado que tu sempre foi meu amor, sempre fez minhas vontades e não vou negar que ainda te amo. Mas a questão é seguir a vida, não vou lhe perturbar pra não ficar com ninguém, até porque quero que tu seja feliz pra caralho e encontre alguém que te ame de verdade. E por favor, nada dessas piranha aí qualquer porque eu não quero vagabunda perto da minha filha em?!

Renan: Porra, nem sei como te responder cara. Tu também é e sempre será a mulher da minha vida, a que fez e faz o melhor sexo e boquete. - Bati na cabeça dele gargalhando e ele prosseguiu - A que sempre fechou comigo mesmo eu estando errado às vezes, muito obrigado por tudo minha gata. Amizade?

- Sempre nego. - Ele levantou me abraçou e eu retribui deitando minha cabeça no seu ombro, que saudade disso. Logo depois uma menina chegou olhou para nosso abraço apertado e saiu batendo a porta.

Renan: Caralho - Sussurrou - VOLTA AQUI ALANA PORRA! - gritou indo atrás dela e eu e a minha alma de fofoqueira que é bem maior, foi seguindo o furdunço.

Alana: VAI SE FODER! - disse descendo morro a baixo de moto. E eu fiquei sem entender porra nenhuma.

- Namorando já é?

Renan: Tá maluca? Ela é uma amiga colorida minha pô, mas acho que assim como em mim, tá crescendo um sentimento nela diferente cara. Isso é foda, não quero assumir ninguém tão cedo pô. - Falou as últimas partes de cabeça baixa.

- Ela também tá grávida de você? - Perguntei com receio da resposta. Querendo ou não, mágoa né.

Renan: Não. Ela chegou aqui grávida e desamparada não tinha porra nenhuma na vida nem um celular, então dei um emprego pra ela. E ela tá crescendo aqui pô, no começo ela não queria se envolver, mas depois quis até aprender a atirar.

- Entendi, lembro o quanto tu e Águia se estressavam me ensinando, mas hoje eu já sei. - Ri lembrando das presepada que era nós três treinando.

Renan: Vamo na praça que a mandada deve tá lá, e eu aproveito pra apresentar vocês uma pra outra. - Assenti.

Continua...

 No VidigalWhere stories live. Discover now