Capítulo 3 - Lugar dos sonhos

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— Olá, Sr. Lambard! — levei minha voz em um tom mais sensual que pude.

Ele levantou a sobrancelha direita para o alto sem parar de me fitar, parecia que se interessou pelo meu biotipo, o que me deixou na expectativa. Parecia também que sua mente rondavam pensamentos, e eu podia apostar que era sobre o que faria comigo quando tiver a chance. Ou então, me imaginando nua. Mas até que gostei da sua cara safada. Era adorável e bastante sedutora.

— Srta. Benson. — limitou-se a falar.

O motorista que havia me levado, pegou as minhas malas e levou para dentro da casa. Recebi uma acenada de mão de Michael, para que eu o acompanhasse para dentro da casa. Me surpreendi pelo seu jeito em primeira instância. Achei que fosse um homem contido, ou até mesmo sem muito jeito em lidar com uma prostituta, por mais que ele tivesse aquela postura empresarial e segura. Mas ele encarava tudo com naturalidade, como se eu estivesse em sua casa como uma visita qualquer, e não somente, para realizar os seus desejos sexuais. Bom, eu não sabia muita coisa daquele homem pelo qual eu acompanhava, mas achei muito válido ser tão tranquilo assim. Pelo menos, quando estivesse em público, eu não fosse taxada assim que olhassem para mim, a pesar de não ter nenhum problema enquanto a isso.

Aquela casa era ainda mais deslumbrante por dentro. Os móveis arrojados e de muito bom gosto. As persianas amadeirada, escurecia um pouco aquele ambiente. Os lustres era uma verdadeira obra de arte, que achei maravilhoso.

Os empregados ocupavam aquele espaço que eu achei particularmente vazio de tão grande. O motorista levava minhas malas, e uma faxineira com uniforme adequado removia o pó dos móveis. E uma outra, que julguei ser governanta, mantinha uma postura séria, o que me deu um pouco de receio, por achar que fosse brava.

— Antemão, senhorita Benson... — disse ele tirando-me do meu devaneio. Aquela voz suave com leve grave oculto, era bastante bonito. — Queria olhar os exames que fez. Para que eu possa avaliar melhor se está apta, ou não. — sorri de lado por notar que lidava com sexo da mesma forma que lidava com os negócios.

Capturei em minha bolsa a pasta de papel que a própria clínica guardou, as folhas impressas com os resultados, e lhe entreguei. Michael folheou com atenção e um pouco admirado.

— A+ é? — assenti. — Hum, interessante. — sorri de novo por ter notado e comentado.

Se sentou ao sofá branco, colocando o calcanhar esquerdo em cima do joelho direito. Em uma das mãos, segurando a pasta, e a outra esticadas no encosto. Uma postura bastante sensual eu diria. Bastante formal, mas muito, muito bonita.

— Bom, senhorita Benson, não há nenhuma doença que possa me passar nos atos sexuais. Então, não vejo problema algum em permanecer em minha casa.

Ele disse assim, alto, com os empregados ouvindo. Olhei para os lados com um certo incômodo. Cocei a nuca, mas tentei não me preocupar muito. A final, quando me tornei tão tímida? Me senti em uma entrevista de emprego, onde o entrevistador faz uma avaliação minuciosa antes de te contratar.

— É bonita. — apontou brevemente para o meu visual. — Sexy e tem os seios pelos quais eu gosto. Pelo menos vestida dentro deste vestido apertado. —mordi o meu lábio inferior com o ego feminino crescente. — Mas temos algumas regras básicas aqui.

— E quais são? — me apressei em conhecê-las.

— Que bom você me perguntar! Porque elas serão essenciais. — seu tom tinha um deboche oculto. Entortei a boca por ter percebido um lado antipático daquele homem. — Você tem total liberdade em todos os cantos da casa, inclusive o jardim e a piscina. A qualquer hora e a qualquer dia. Mas o meu quarto e o meu escritório, apenas quando eu convidá-la. — assenti achando bastante justo. —Você precisa saber que trabalho bastante e quase não posso estar aqui o dia todo. Mas como deixei claro no contrato, você é a minha acompanhante e não o contrário.

Sedução - Degustação Where stories live. Discover now