Apenas essa noite... me ame (one shot + bônus - Kakairu)

Depois do último ápice (bônus)

Olhou o horizonte enquanto dava uma outra tragada em seu cigarro. A noite estava nublada e densa.

Dia 25 de maio... um dia antes do aniversário do Umino, e era exatamente por isso que estava viajando.

Depois desse último ano, não havia um só dia que sua mente o deixava em paz. Seus pensamentos sempre voltavam àquela noite... as lágrimas que derramaram, os gemidos não muito abafados... sentia que precisava de mais.

Não era difícil arrumar sexo, ainda mais sendo um homem tão bonito. Mas com o Umino era diferente. Totalmente diferente.

Provavelmente por culpa da paixão que sentia. Aquilo o cegava para outras pessoas. Iruka era o único que importava, por mais que soubesse que não o teria.
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Dia 26 de maio.

Havia enfim chegado o dia de seu aniversário. Era um dia especial, mas apesar daquilo, estava cansado, o que tirava sua vontade de sair da cama. Simplesmente não queria se desgrudar dos lençóis.

Morava em um castelo, tinha tudo o que queria da melhor qualidade, por isso não costumava ganhar presentes, mas sim uma festa. Ficava feliz em poder comemorar essa data que era julgada como tão especial, e também era divertido. Apesar de ser o motivo da festa, normalmente não recebia tanta atenção ao decorrer da comemoração, por isso conseguia fugir para cama com algum homem que conseguia chamar sua atenção.

Mas ainda era triste, sentia falta do passado. Se lembrava de quando seus pais ainda estavam vivos... se lembrava de correr pelo imenso salão depois de roubar brigadeiros e os mais variados doces junto do platinado.

— Kakashi... – Pensou alto.

Era esse o motivo de sua desanimação. Nunca sabia quando o veria, se o veria. Era exaustivo esperar por alguém sem nem se quer saber se irá voltar.

Virou-se para o lado e abriu a gaveta de sua mesinha que ficava ao lado da cama, e dali tirou um bilhete, sua última lembrança não abstrata do Hatake.

— “Até sabe-se lá quando”. – Leu. Ouviu batidas na porta, e tratou de guardar o bilhete rapidamente. – Entre. – Disse ao ver a porta ser parcialmente aberta.

— Oh, já está acordado. Bom dia, bela adormecida. – Riu Kurenai, e se aproximou da cama onde o Umino estava, deixando Miraí em seu colo.

— Bom dia, majestade. – Sorriu pegando a pequena. – Bom dia, princesinha.

— Teuchi fez um cardápio especialmente para o dia de hoje, o café da manhã já está na mesa.

— Tenho certeza de que está ótimo como de costume. Já irei me levantar.

— O que te incomoda?

— O que disse?

— Você entendeu. Nós crescemos juntos, eu conheço você, e esses olhos não estão satisfeitos.

— Não mesmo... gostariam de dormir um pouco mais. – Bocejou.

— Está pensando nele, não está? – Perguntou encarando o moreno, que não respondeu. Apenas ignorou enquanto brincava com a bebezinha que estava em seu colo. – Iruka... – Respirou fundo. – Você sabe que ele não vai voltar.

— Ele ainda pode aparecer...

— O esqueça de uma vez! Não vês que está sendo tolo?!

— Não é bem assim que essas coisas funcionam.

— Hoje já é o seu vigésimo sexto aniversário, já passou da hora de se casar e arrumar uma família, você sabe bem disso.

— Exatamente da mesma maneira que você sabe que sou homossexual, e por esse motivo, não terei filhos.