Capítulo 9

273 47 10
                                    

Bem cedo na manhã seguinte, enquanto o nascer do sol iluminava os fiordes de Arendelle,Elsa, Anna, Max, Olaf, Kristoff e Sven partiram em sua jornada.

Com um balançar de rédeas, Sven começou a trotar, puxando o grupo consigo.

Todos estavam perdidos nos seus próprios pensamentos, imaginando o que poderia acontecer naquela viagem.

Olaf, então, rompeu o silêncio.

— Quem gosta de curiosidades?— perguntou alegre. Max respondeu apenas levantando a mão, com um sorriso animado. — Eu também! Temos tanto em comum! Então tá!

Elsa e Anna se olharam por cima da cabeça do boneco, e se ajeitaram melhor para ouvir a narrativa de Olaf. Max, porém, estava animada. Não aprendia nada de novo desde que fugiu de Arendelle, e seu cérebro ansiava por curiosidade inutilizáveis.

Olaf, assim como Max, sempre se interessou por pedacinhos incomuns de informação, e, depois que aprendeu a ler, sua curiosidade apenas cresceu.

— Vocês sabiam que a água tem memória?— ele pergunta, tirando uma expressão surpresa adorável da garota ruiva.— É verdade! Muitos discordam, mas é um fato.

Algumas das curiosidades eram realmente interessantes, enquanto algumas eram apenas... estranhas.

—Sabia que os gorilas arrotam se estão felizes?— disse Olaf.

Max soltou uma risada baixa. Mesmo as curiosidades sendo aleatórias elas a alegravam imensamente. Elsa e Anna apenas se entreolharam e reviraram os olhos, a rainha com um sorriso no rosto.

— Sabia que o coração humano cria pressão suficiente pra jorrar sangue pra fora do corpo numa distância de 10 metros?— diz Max, tentando acrescentar às curiosidades.

A carroça desacelerou por alguns segundos, e todos, até mesmo Sven, olharam para ela de olhos arregalados, se perguntando como ela sabia disso.

— É sério! Eu li num livro!— se justifica, tirando um suspiro de alívio de todos.

Os quilômetros e as horas se transcorreram, e Olaf continuava sua lista infinita de curiosidades, com Max acrescentando algo vez ou outra.

Quando o sol começou a se pôr, finalmente passaram pelo castelo de gelo magnífico que Elsa havia construído. As irmãs olharam para a construção e se lembravam dos acontecimentos depois da coroação de Elsa, há 3 anos.

— Uau... É incrível...— disse Max, num tom sonhador, enquanto olhava para o castelo com os olhos brilhando. Elsa, saindo de seus pensamentos, voltou o olhar a garota.

— Você acha?— pergunta a rainha, com um sorriso tímido e as bochechas avermelhadas.

— Tenho certeza. Queria eu ter poderes iguais ao seus...— murmurou a ruiva, ainda encarando a fortaleza ao longe.

— Não gosta dos seus poderes?— indaga Elsa, levantando uma sobrancelha e inclinando a cabeça.

Um olhar de dor e tristeza passou pelos olhos de Max, mas logo foi substituído por um sorriso fraco.

— Fogo causa destruição e dor, enquanto o gelo... é frágil e elegante. Você consegue criar vida com gelo...— disse, balançando a cabeça em direção a Olaf, que continuava citando fatos estranhos.— E eu... pff. Eu não crio nada. Eu só... queimo.— completa, com um sorriso triste, e encarando os olhos de Elsa, buscando encontrar neles algum conforto.

Elsa apenas colocou a mão no ombro quente de Max e lançou um sorriso reconfortante, tentando tirar um pouco do peso dos ombros da garota. Ela, mesmo sem dizer nada, e não é como se soubesse o que dizer, conseguiu tirar um sorriso genuíno da outra.

Hot n' coldDonde viven las historias. Descúbrelo ahora