Único; Reflexões pela manhã.

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OIS OIS

o misterioso caso da garota que some e reaparece do nada e em seguida some novamente. E o ciclo continua eternamente.

perdão, minhas aulas voltaram semana passada e eu já tô toda birutinha com a rotina. Parece que isso tá sugando toda a minha vontade de escrever e afins, tanto que essa fic tava pronta HÁ TEMPOS, mas eu não postei.

Problemas a parte, o tema de hoje é "Vida além de você" e eu rachei a cuca pra pensar em algo, espero que gostem e desculpem por qualquer erro <3

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Emma havia acordado reflexiva naquela manhã. A culpa disso talvez tenha sido porque ela não fora acordada por Norman e seus beijos carinhosos de bom dia, e nem mesmo pelos seus três adoráveis filhos que tinham a mania diária de pular em sua cama para acordarem ela.

Era a primeira vez em anos que Emma acordava sozinha, numa cama vazia e sem ninguém para lhe fazer companhia. O quarto estava silencioso, e o silêncio trás pensamentos para uma mente agitada como aquela, e pensamentos trazem reflexões que ela mesma jamais teria em um dia normal e agitado.

Então Emma estava reflexiva, lhe ocorreu que todos eles estavam vivos. Sim, todos que ela conhecia e amava estavam vivos e com ela.

Norman, seu marido e aquele por quem ela suspeitou sempre estar apaixonada, estava vivo. Ele tinha ar entrando e saindo pelos seus pulmões, seu coração batia em seu peito e ele a cumprimentava todos os dias com um sorriso e aqueles doces beijos de manhã. Aquilo era o suficiente para ela saber que ele estava vivo, e que ele estava ali com ela.

Seus filhos, seus três e adoráveis filhos estavam vivos. Eles tinham aquela personalidade brilhante que herdaram do pai, aqueles sorrisos esperançosos e gentis que sempre davam ao cumprimenta-la pela manhã. Os abraços calorosos e fortes que um deles sempre oferecia para ela. Aquilo era uma prova para Emma saber que os três estavam vivos, e estavam crescendo juntos com ela e Norman.

Sua família, desde as crianças de Gracefield, o pessoal de Gold Pondy e o grupo de Lambda até sua própria família com Norman, todos eles estavam vivos. Ela comprovava aquilo todos os dias quando os visitava, quando ouvia suas risadas depois de algum trocadilho bobo que alguém havia feito. E aquilo a lembrava sempre que eles estavam vivos.

Ela estava viva. Emma acordava todos os dias pela manhã com os beijos carinhosos e ainda sonolentos de Norman, ela sentia seu coração bater mais forte sempre que ele a chamava de "Querida" ou "Amor", e seu fôlego sempre era roubado quando ela notava a beldade que seu marido era. Ela sabia que estava viva sempre que isso acontecia.

Ela tinha três filhos queridíssimos que faziam de sua vida algo magnífico. Ela comprovava que estava viva, que estava realmente com eles, quando ouvia os risos nada discretos de Aurora pela manhã, ou quando escutava as pequenas briguinhas entre Noah e Nora. Ela sabia que estava viva e bem quando os abraçava todos os dias e dizia que os amava.

Mas principalmente, Emma sabia que estava viva e respirando quando estava com sua família. Quando ria das piadas de Barbara e Cislo, quando saía com Gilda, Anna, Gillian e Violet, e até mesmo quando era vítima das provocações sem fim por parte de Ray.

Tudo isso só lhe mostrava que ela estava viva. Que sua família estava viva.

Mas o que teria acontecido se as coisas não tivessem sido assim? O que aconteceria se o destino tivesse resolvido ser mais cruel com eles?

Emma não se lembra, mesmo depois de tantos anos, ela não tem nenhuma memória de sua vida em Gracefield, das coisas que ela fez antes de forjar uma nova promessa com um tal de deus demônio. Tudo o que ela sabe foi por meio das histórias que seus irmãos contaram, e pelos sonhos que ela às vezes tinha.

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