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Izuna suspirou pesado enquanto seus dedos moviam em movimentos rítmicos pelo teclado de seu Notebook. A cada tecla que tocava, um irritante som era emitido. Aquele computador só não estava mais ferrado do que a sua vida no atual momento.

Sentado no confortável colchão e com as costas apoiadas na cabeceira de sua cama, o Uchiha estava tentando com muito custo terminar aquele maldito trabalho da faculdade. Lhe faltava pouco para atirar seu Notebook pela janela e dane-se.

Realmente, quem quer que tenha inventado o maldito ABNT poderia queimar no mármore do inferno, em sua ilustre opinião.

Sua atenção foi brevemente alternada quando sentiu algo se encostar em sua perna. Ao desviar o olhar para baixo, Izuna avistou uma cena que quase lhe tirou o ar.

Tobirama, seu namorado, estava deitado de bruços na cama e com os pés erguidos para o alto, os balançando de um lado para o outro. Ele trajava uma simples camiseta preta de botões e um curto shorts branco, que deixava uma generosa porção de suas coxas fartas e pálidas a mostra.

Izuna mastigou o canto do lábio e tentou não prestar muita atenção àquela deliciosa cena. Precisava terminar seu trabalho...

– Ei, Izuna... – Tobirama lhe chamou assim que conseguiu sua atenção. Ele deitou a cabeça em sua coxa. – Eu usei shampoo antiquadas, mas continuo caidinho por você.

Uma risada engasgada lhe escapou ao escutar a péssima tentativa de flerte. Com muito custo, voltou a atenção para a tela de seu Notebook. Eram raras as ocasiões em que Tobirama deixava seu lado mais descontraído a mostra; queria tanto poder dar a atenção que ele queria...

– Eu estou ocupado, Tobii – Izuna o repreendeu com um falso tom de irritação. – Você não devia estar trabalhando também?

– Mas eu estou... – uma de suas sobrancelhas se ergueu ao escutar a resposta dele. Ao olhar para o albino novamente, viu que seus belos olhos vermelhos brilhavam com um certo tipo de malícia. – Trabalhando no nosso amor, gato.

Uma alta e quase estridente gargalhada lhe escapou dessa vez, tanto que acabou por esbarrar em algumas teclas e digitar erros em seu trabalho.

– Tobirama! Você está me atrapalhando! – Xingou entre risadas. Fez um breve carinho nos cabelos albinos de seu namorado antes de, mais uma vez, voltar a atenção àquele maldito trabalho. – Fica quietinho aí, vai.

(In)felizmente, o albino era persistente e determinado em tudo o que fazia. Ele não desistiria assim tão fácil.

Tobirama se levantou de seu colo e sentou-se ao seu lado. Ele apoiou o queixo em seu ombro, lhe causando arrepios com a respiração quente batendo em seu pescoço.

– Ei, Izuna... – ele sussurrou em seu ouvido. – Eu não sou galho de árvore, mas podemos resolver esse lance na vara.

Izuna não sabia se ficava excitado ou se achava graça das palavras dele. Tobirama estava cheio de gracinhas hoje...

– Nossa, Tobii. Essa foi péssima – o Uchiha revirou os olhos enquanto ainda digitava em seu Notebook. – O que você tem hoje, hein?

Uma pequena chama se incendiou um seu peito quando Tobirama beijou a pele de seu pescoço levemente. Os lábios finos e quentes lhe causaram breves arrepios.

– Hoje eu estou só o Charmander; um sorriso no rosto e um fogo no rabo – ele respondeu após uma pequena risada.

E Izuna deixou que um breve som manhoso escapasse de seus lábios. Queria tanto poder deixar seu trabalho de lado, agarrar Tobirama, e então...

Ei, IzunaWhere stories live. Discover now