Capítulo 2

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Depois de ter visto pessoalmente Sukuna e se surpreender com como era sua aparência, teve que escutar o que ele tinha a dizer. 
Seu interesse era visível, podia até chutar que pela forma como ele sorria, o demônio ansiava por esse dia. 
 

"Seja bem-vinda ao mundo inferior… Sou Ryomen Sukuna o deus do submundo. Seu senhor, e de agora em diante, você, pertence unicamente, apenas a mim."

A apresentação sarcástica e um tanto divertida que parecia para ele, te deixou sem palavras, literalmente. O que você deveria falar depois daquilo?
A única coisa que pensou era que de agora em diante seria tratada como uma posse. 
Na verdade, você nem precisou falar algo, Sukuna não parecia interessado em esperar que se pronunciasse, então com um estalo de seus dedos, a mesma névoa negra te levou à um…
Um calabouço?... Sim, imaginou que fosse isso. 

Era praticamente uma cela, haviam grades de ferro mais grossas, uma cama que deveria ser da própria pedra e o lugar que era um tanto escuro, apenas com a luz do fogo de uma clareira do lado de fora. 
Se aproximando das grades, pode perceber que estava em alguma parte do subterrâneo. Não era um lugar quente, mas não chegava a ser frio, um clima ameno para você.
 
Mas a fixa, que já havia caído, mas não tinha lhe dado tempo de processar toda a intensidade que estava passando, veio nesse exato momento.
Sentando na "cama", olhando para suas pernas, pôde enfim dar-se o luto de ter perdido todos que um dia estiveram com você. Um luto porque não vería-os mais. Seria a mesma coisa de estarem mortos, ou talvez, quem estivesse era você. 

(...)
 

Sukuna, realmente esperava pelo dia em que você chegasse no submundo apenas para pegar o que queria, mas agora que tinha isso, não sabia por onde começar. 
Seu objetivo era extrair a magia que existe em você, mas ainda não havia despertado.

Talvez fosse perda de tempo ter trago  você até ali ainda naquela situação, mas sua mania sádica de querer ver ao menos uma gota de arrependimento e mágoa nos olhos daqueles que ousam fazer acordos com demônios, gritou mais alto. 
Tinha uma pequena ideia de como faria para que o poder herdado que você tinha viesse à tona mais rápido, só que precisaria de vontade. 
 

-A traga até mim. - Sukuna deu ordens ao seu servente que sempre estava por perto. 

(...) 

Você estava na mesma cela sem ter noção do tempo. Recebeu algumas porções de comidas diárias do que parecia ser um servo "comum", no caso, nada de espíritos ou, como sua mente viajava: monstros. 
Não era louca de pensar que um lugar governado por um demônio, devesse ter seres sobrenaturais o servindo, não é?

Ao menos poupava o resto de sanidade que você ainda tinha e pelo "lado positivo" - se é que existia -, pelo menos lhe alimentavam. 

Ainda não lhe dirigiram uma palavra e embora você necessitasse de um diálogo, não fez questão de perguntar nada. 

O tempo passava, mas sua indignação misturada à raiva de estar ali aumentava.
Poderia ter passado dias, ou talvez só estivesse ficando louca. Estava deitada, usando o mesmo vestido que chegou, olhando o teto imaginando qualquer coisa, até ouvir algo semelhante a um vento. Sentando de forma rápida, viu… uma névoa preta…

- Mas o que… - ela se formou novamente em algo parecido com um corpo, mas sempre em forma de sombra, sem um rosto, apenas olhos como um ponto de luz por serem luminosos. Por um instante achou que finalmente fosse o Ryomen, mas foi surpreendida.

- Meu mestre pediu para que eu a leve. - A voz agora não era grave demais como antes, e sim mais "normal", uma masculina adulta ainda tendo o tom grosso, porém mais calmo.

𝐌𝐘 𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐃𝐄𝐌𝐎𝐍 - Ryomen SukunaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang