Capitulo-19

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Passaram-se 2 semanas desde do ocorrido na casa dos meus pais, eu não tinha voltado mais lá, em contra partida, eu e o Miguel estamos cada vez mais juntos, e a cada dia que passa ele vai me deixando mais atraída por ele.

Nessas últimas 2 semanas eu decidir também trancar a universidade, eu sei que é loucura, que é meu sonho principal, quer dizer "era", tudo que eu mais quero agora é curti o finalzinho da minha gravidez, e meu filho, os últimos meses me mudaram muito, hoje eu não penso primeiro em mim, agora em primeiro lugar está o meu filho, eu ainda tenho que me acostumar com ser esposa, e eu to amando isso, talvez um dia quem sabe eu não volte?! Mais agora eu estou feliz com essa minha decisão.

- Bom dia meu amor. – ele disse me dando vários beijos.

- Assim eu vou ficar mal acostumada, bom dia Miguel!

- Essa é a intenção Sra. Cooper, eu estou indo pro escritório, qualquer coisa é só ligar!

- Bom trabalho! – disse dando o último beijo nele, enquanto ele saia.

Me levantei, fui pro banheiro fiz minha higienes tomei um banho e depois comi alguma coisa, eu estou comendo mais que o normal nesses últimos dias, na porta dos 6 meses, eu tenho a fome de um leão. Quando meu telefone começou a tocar.

- Oi mãe

- Marina. – ela disse com voz de choro.

-  O que foi mãe?

- Minha filha... – ela chora desesperadamente que não consegue falar uma frase inteira.

- Mãe a senhora ta me assustando, fala mãe!

- Seu pai Marina...

- O que houve com meu pai mãe? – eu já to começando a chorar.

- Hospital Central.

- To indo pra lá mãe.

Meu pai, o que aconteceu com ele? As lagrimas descem involuntariamente sobre o meu rosto, corri pro meu carro. Peguei meu telefone e liguei pro Miguel.

- Sra. Cooper?

- Miguel? – disse chorando ainda mais.

- O que houve Marina?

- Meu pai, eu não sei, mais ele ta no hospital.

- Que hospital Marina?

- No hospital central.

- Se acalma meu amor, eu te encontro lá, vá com calma, pelo nosso bebe.

- Tudo bem!

Eu to tentando manter a calma e dirigir devagar, mais é quase impossível meu Deus, eu não tenho ideia do que aconteceu com meu pai, e a voz da minha mãe estava desesperada no telefone, quando eu vi o hospital de longe agradeci por ter chegado rápido lá, estacionei e entrei no hospital correndo achei minha mãe abraçada com a Mia, chorando, enquanto o Christian está sentado de cabeça baixa, meu coração despencou na hora.

- Mãe, cadê meu pai?

- Marina! – ela veio me abraçar.

- Pelo amor de Deus mãe o que houve?

- O papai sofreu dois AVC, e a situação não é nada boa.- a Mia falou

- É o que? não!

Eu me recuso a pensar no meu pai em cima de uma cama, eu não posso negar que o remorso bateu na minha porta, e se ele morresse? E eu com raiva dele, pai, o senhor não tem noção de como eu te amo, eu preciso te dizer isso papai, fica bem, você tem muito o que viver pai, eu te perdoo!

Eu fico repetindo as palavras pra mim mesma, eu preciso acreditar nessas palavras, eu me sente e continuei ali calada, e chorando, fazendo a minha oração silenciosa, quando o Miguel chegou junto com os pais e a Jú.

- Miguel. – eu corri pros seus braços, deixando todos abismados com minha atitude.

- Calma Mari, seu pai é forte ele vai ficar bem! – ele disse enquanto me abraça. – vem senta aqui. – ele me puxou pra um cadeira e ficou sentado do meu lado, segurando a minha mão enquanto esperávamos.

Esperamos horas ali, ninguém dava informação nenhuma, só que ele estava sendo avaliado e passando por alguns exames, eu não aguento mais esperar, eu preciso ver meu pai! quando enfim um médico caminhou lentamente em nossa direção, eu me coloquei em pé na hora.

- Como ta o meu marido doutor?

- Por um milagre ele saiu de dois AVC sem sequela nenhuma, ele vai passar essa noite na UTI por questões preventivas, mais amanhã ele será transferido pro quarto.

- Eu posso ver meu pai?

- Claro, mais eu só posso autorizar a entrada de uma pessoa pra UTI.

- Mãe, eu preciso ver meu pai, por favor mãe!

- Calma Marina, tudo bem filha entre!

- Obrigada mãe.

- Faça o que é pra ser feito filha. – ela disse enquanto me abraçava

Caminhei com medico até o leito em que meu pai está, ligado a várias maquinas, o médico me deixou a sós com ele e saiu, eu me aproximei da sua cama, e comecei a fazer carinho nele.

- Pai eu tenho tanta coisa pra te dizer – as lagrimas caiam no meu rosto. – pai eu te perdoo, me perdoa também por ter sido uma péssima filha nesses últimos tempo, ah paizinho, como eu te amo!

- Marina?! – ele falou com um pouco de dificuldade.

- Pai! – eu disse feliz, é um bom sinal ele ta acordado! – não faça esforço pai, eu to aqui. – disse segurando a sua mão.

- Eu te amo filha, me perdoa por tudo? Eu nunca quis te fazer sofrer tanto. – ele fala com dificuldade.

- Pai não fala muito, pode fazer mal! É logico que te perdoo, eu te amo tanto pai, não dá mais esse susto na gente.

- Eu também te amo filha, prometo tentar!

- O paciente precisa descansar. – o médico disse nos interrompendo. – ele tomou um remédio e precisa dormi.

- Tudo bem, eu já to saindo. – disse e depois voltei a atenção ao meu pai. – amanhã eu volto pra te ver, fica bem ta pai?

- Vai minha filha, eu vou ficar bem!

Voltei pra sala de espera, minha mãe logo veio correndo pra mim.

- Como ele ta Marina?

- Ele ta bem mãe, ta acordado, falou comigo, o médico deu um remédio pra ele dormi agora, é melhor irmos pra casa;

- Eu quero passar a noite aqui!

- Mãe, a senhora precisa descansar, já ta tarde!

- É mãe, vamos por favor! – o Christian disse.

- Ta bom, mais amanhã cedinho eu volto.

Cada um foi pra sua casa, eu cheguei tomei um banho e fiquei na cama abraçada com o Miguel, enquanto ele faz carinho na minha cabeça.

- Eu tava pensando em David, o que você acha?

- David? Adorei! Nosso filho se chamará David.

- É a primeira vez que você diz nosso. – ele disse me beijando. – eu te amo Marina!

Estranho de amorWhere stories live. Discover now