REINVINDICAÇÃO

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Darsah

— GUARDAS! — Grito — Sigam-me!

Vejo minha fêmea na beira do penhasco e ouço o canto das sereias.
Ela não está tentando se matar, as sereias a estão chamando.
Mas por que?!
Elas não costumam atrair fêmeas para suas armadilhas.
Aliás, por que elas estão tão próximas do palácio?
Elas não viriam aqui atoa.

Talvez elas tenham sentido a presença de sua "irmã".
Realmente, isso é um problema maior do que imaginei.
Além de enfrentar meus pais, eu teria que enfrentar o nosso maior inimigo para conseguir manter essa fêmea ao meu lado.

— Fêmea, saia da beirada!

Ela me olha, mas não responde ao meu chamado.
Para meu desespero, ela se joga.

— Cuidado com as sereias! — Grito para os guardas e me jogo atrás dela.

Se eu não for rápido, ela será levada e jamais a verei novamente.
Sei que os guardas não me deixarão sofrer nenhum dano, por isso não pensei duas vezes.
Há, pelo menos, cinco delas em volta da minha fêmea, mesmo assim a agarro pela cintura e a puxo para cima.
Se os guardas falharem aqui, eu estarei morto antes de conseguir tirá-la daqui.
Para piorar, ela se debate furiosamente, tentando se liberar do meu agarre.

De repente, sinto suas garras rasgando meus ombros.
Céus, meu pai estava certo.
Ela é uma descendente de nossos inimigos.
Suas garras afiadas proeminentes são a prova que eu não estava pronto para ver.

Assim que a tiro da água, ela desmaia.
Pelos deuses, ela está sofrendo por que a estou levando de volta à terra firme.
Mas, simplesmente, não posso abrir mão dela, não importa o que aconteça.
Eu realmente lamento por fazê-la sentir tanta dor.
Ainda enquanto me afasto, ouço um som característico emitido por nosso inimigo; elas não estão mais cantando, o que ouço agora é um bramido de guerra, é a promessa de isso não acabará bem e que elas não desistirão de ter minha pequena humana.

— Como ela está?! — A fêmea do meu comandante me questiona.

— Ela vai ficar bem! Prometo cuidar dela!

Eu sei que ela não está ferida, o oceano não a machucaria, então não há razão para levá-la ao centro médico, então a levo direto para meus aposentos, mesmo sabendo que isso será razão de protestos por parte dos meus pais.
Mas por essa fêmea, sou capaz de abdicar do meu direito ao trono.

Passei horas cuidando dela.
Suas guarras haviam desaparecido e ela parecia serena dormindo.
Acaricio seu rosto; sua temperatura também havia voltado ao normal.
Eu mesmo havia trocado suas roupas molhadas por uma veste mais leve.

— O que você está fazendo?!

Ela me questiona abrindo os olhos e se afastando do meu toque.

— Pelos deuses, estou feliz em vê-la acordar!

— Já esqueceu que pedi pra você ficar longe de mim?! Aliás, você e sua família toda. Quero que esqueçam da minha existência.

— Eu não vou ficar longe de ti, não importa o que meus pais digam...

— Isso não é escolha sua! Mas já que está aqui, me explica o que aconteceu lá?! Por que aquele bastardo me insultou?!

— És uma descendente das sereias, que são nosso maior inimigo, desde sempre.

Não há motivos para esconder isso dela.

— É o quê?! Você só pode estar brincando comigo.

— Eu não tenho porque fazer isso. Essa é a verdade. Mandei seu sangue para análise e confirmei isso por mim mesmo, és meio humana, apenas. Não lembra que as viu?!

— Então, era real? Eu as ouvi me chamar?!

— Sim! Elas a querem!

Nesse momento, o olhar dela vai para o ferimento em meu ombro.
Maldição! Eu devia ter cuidado disso antes.

— O que aconteceu?!

— Tu me feriste, mas não se preocupe, não foi nada.

Ela parece incrédula com o que digo e rir.

— Eu estava armada ou o quê?!

— Suas unhas podem se transformar em garras afiadas...as sereias são muito fortes...

A risada dela me deixa desconcertado.
Mas ela fica tão linda assim que eu quero fazê-la rir mais vezes.
Naquele momento, ouço uma batida na porta e ao atender, deparo-me com as três fêmeas humanas por quem a minha tem muito apreço.

Deixo elas entrarem para visitá-la só para ver seu sorriso radiante.
Deixo-as sozinhas e vou caminhar um pouco.
Estou precisando disso.
Ao passar diante do salão real, acabo encontrando com o comandante da guarda e seu semblante era muito sério.

— O que houve?!

— Uma emissária do reino das sereias esteve com sua majestade.

— Perdão?!

Eu não devia ter ouvido direito.
Uma sereia esteve aqui?
Não é possível!
Seria a primeira vez em muitos séculos.

— É o que ouviu, alteza! Elas acham que capturamos uma de suas irmãs e que violamos o tratado.

— O que o rei fez?!

— Ele explicou a situação, mesmo assim, a exigência é que sua descendente lhes seja entregue ou o tratado será rompido.

— Hum...elas mal podem esperar por isso, não é?! Qual a decisão do meu pai?!

— Ele prometeu entregar a fêmea híbrida.

Pelos deuses, ele toma uma decisão importante sem ao menos me consultar? É sobre a minha fêmea que estamos falando.
Acabo voltando apressado para os meus aposentos.
Elisye já está sozinha.

— E suas amigas?!

— Retornaram para seus companheiros.

— Como estás?!

— Bem! Elas me disseram que você enfrentou seus pais por minha causa...

— Hum...essas fêmeas falam demais!

— Obrigada, Darsah! Isso é muito significativo pra mim? É óbvio que não quero que você fique brigado com seus pais por mim, mas isso foi importante.

Inesperadamente, ela me abraça e não consigo resistir à tentação de beijá-la, mesmo sabendo que posso ser rechaçado.
Mas para minha total surpresa, ela não só permite meu beijo, como o aprofunda ainda mais.
Suas mãos me acariciam por baixo da camisa.

— Tem certeza disso?!

Questiono entendendo suas intenções.
Já faz muito tempo que ela não permite meu toque e sinto muito falta do seu corpo no meu.

— Ainda tem dúvidas?!

Ela pergunta com um sorriso sedutor, enquanto desliza o vestido pelo corpo e expõe sua nudez para mim.
Seus seios estão maiores desde a última vez que os vi e já consigo perceber seu ventre um pouco mais arredondado.

— O que houve? Estou tão feia assim?!

— Estás perfeita! — Digo capturando seus lábios quentes com os meus.

Depois desvio para seu pescoço e daí para baixo, até estar beijando aquelas duas jóias.
O cheiro de sua excitação atinge minhas narinas e me deixa ainda mais duro.
Enquanto chupo um de seus seios, desço a mão até sua intimidade e percebo o quanto ela está escorregadia.
Acaricio seu ponto sensível e o gemido dela me deixa louco.
Quero muito estar dentro dessa fêmea.

— Ahhhhhh, Darsah....

— Eu quero sentir seu gosto...

Não dou tempo dela me responder e já a tenho em minha cama e estou entre suas pernas, saboreando aquela sua parte tão deliciosa.
Seus gemidos se tornam ainda mais altos.
Confesso que aprecio o efeito que causo nela.
Quando começo a chupá-la com mais intensidade, ela se agarra as cobertas e tenta empurrar o quadril contra mim, mas a mantenho no lugar e aproveito para penetrá-la com a língua.

— Ahhhhh, eu vou gozarrrr.

— Tão rápido?! Eu apenas comecei, minha fêmea.



Luzes No CéuWhere stories live. Discover now