CAPÍTULO 05

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AGORA NA ALEMANHA

ERIC FINKLER

Eu fiquei praticamente uma hora sentado naquela maldita sala de espera,fiz uma pequena nota mental de que teria que resolver aquele problema,afinal...o hospital era meu e o chefe estava levando destruindo o mesmo,eu podia vê só pela ala de psicologia,na hora que cheguei tinham no total doze pacientes e agora tinham oito. A demora estava enorme para,tinham só três psicólogos atendendo e eu me lembro que não dizia a mesma coisa no relatório do mês passado.

"O Finkler Hospital tá precisando de uma renovação e de uma nova administração,urgentemente. O que aquele idiota tá fazendo com toda a verba?"

Fico me pergunto e mentalmente planejando oque eu faria com incompetente que estava administrando o hospital.

TRÊS HORAS DEPOIS

E eu pensando que sairia do hospital rapidamente,olho meu relógio do pulso novamente e vejo que era exatamente 17:40,o fim do turno.Eu vi os outros dois psicólogos irem embora,mas eu continuava lá esperando e Miguel com uma paciente no consultório. Continuo jogando no meu celular,até que a porta se abre revelando a mulher que havia entrado a quase uma hora atrás. Eu me levanto e vou em direção a porta,respirando fundo antes de entrar. Entro e fecho a porta.

Quando me viro tenho a bela visão de Miguel atrás da mesa dele terminando de anotar algo.

- Olá, pode se sentar. Só um minuto que já vou lhe atender.

Diz naquela voz tão gostosa,faziam dois dias que eu não escutava sua voz.Eu preferia a voz rouca e sexy que me fazia estremecer quando estava preso e com uma venda nos olhos,esperando ansiosamente o seu próximo passo. Mas isso eu conto pra vocês em outra história,vocês podem esperar né? Afinal eu esperei mais de dez anos pra poder estar finalmente com a pessoa que eu me apaixonei na adolescência,mesmo ele ainda não sabendo do meus sentimos eu gostava de estar perto dele.

Me sento na poltrona que era pra ele se sentar e cruzo as pernas,minutos depois vejo ele fechar a ficha,e pegar outra sobre a mesma. Ele levanta da cadeira e abre a ficha.

- Você não pode se sentar aí,Sr.Eric Fi- - Ele se interrompe franzido o cenho. - Eric Finkler?

- Em carne e osso.

- É bom lhe vê,faz muito tempo.

- Fico feliz que se lembra de mim. E concordo,faz muito tempo Sr.Scherer.

Digo com um pequeno sorriso. Eu sabia dos acontecimentos dos últimos meses,tio Eduardo não me poupava de nada,além de ficar dizendo que estava na hora de eu parar de fugir,oque obviamente eu estava fazendo e queria fazer por mais um tempo.

- Oh,esse não é mais o meu sobrenome.

- Oh sinto muito,mas tio Edu me disse que esta casado. - Digo ainda sentado na poltrona.

- Eu estava casado,me divorciei.

- Oh!Sinto muito.

Ele dá um pequeno sorriso que não chegou aos seus olhos.

- Poderia se sentar em uma das outras poltronas? - Me pergunta

- Não,eu me sinto mais confortável nesta,Doutor.

- Você está mais insolente que antes.

- Pensei que gostasse da minha insolência. - Digo sorrindo vendo ele se sentar em uma das outras duas poltronas

- Isso era na adolescência,crescemos.

- Não seja sem graça,precisamos manter nosso lado divertido ativo ou ficamos malucos. - Digo e ele apenas me olhava,meu coração estava acelerado e minha respiração queria ficar descompassada desde o momento que seus olhos me fitaram. - E que eu saiba os médicos não podem ofender os pacientes.

O destino uniu elas - Triologia Destino - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora