Capítulo 6🌙

1.9K 272 53
                                    

Marylin

Eu bocejo, caminhando até a cozinha às cegas, precisava de algo doce, sempre roubo alguma coisa da cozinha pela madrugada.

Eu pego um pouco de doce, devorando o pote todo sozinha, as luzes se acendem e eu tomo um susto.

Merda, esqueci que ele está aqui também, e o pior não é nem isso, estou apenas com uma camisa preta que vai até a minha cintura apenas, e calcinha de renda.

Caralho.

Nyx me encara de cima a baixo como se tivesse tido o sonho mais louco de sua vida.

— O que diabos está fazendo?

— Comendo doce. -dou de ombros.

— Na madrugada?

— Não tenho que explicar as minhas manias para você, Nyx. -bufo.

Caminho até o armário, ignorando seu olhar sob mim.

Fico na ponta dos pés, tentando alcançar o outro pote de doce. O que faz a camisa subir um pouco mais.

Sinto uma respiração em minha nuca e algo me pressionar por trás, o braço forte de Nyx se estica até o pote e ele o pega.

— Agora me dá. -falo, tentando pegar.

— Não, esse é meu. -ele diz.

Eu o encaro incrédula.

— Não é não. -cruzo os braços.

— É, já que não conseguiu pegar. -ele diz.

Sinto cheiro de vinho vindo dele, o que significa que ele encontrou a minha adega.

Filho de uma boa mãe.

— Vai, me devolve. -tento pegar.

— Não. -ele desvia, indo para a sala onde ele está dormindo..

— Nyx, pirralho, você não vai roubar o meu doce! -exclamo, apagando as luzes.

— Olhe a ousadia, sou muito mais velho que você, então, você é a pirralha. -ele se joga no sofá, abrindo o pote.

— A casa é minha e você...

Solto um pequeno grito, meu pé se enroscando em seu maldito lençol mal arrumado, fui de encontro a Nyx, caindo em cima do mesmo, o doce caindo de pé no chão junto da colher.

Se eu me esticar eu pego.

— Não ouse. -ele diz.

Eu o encaro em desafio.

Mas então, paro, o escuro ronronando pela sala e o olhar azul violeta dele cintilando como nebulosas sendo engolidas pelo o buraco negro de suas pupilas.

— Marylin.. -ele diz em aviso.

Eu me movo e ele solta uma maldição, me movo para cima, então, para baixo devagar.

Ele solta um "desgraçada" e me encara possesso de raiva.

Eu me aproximo, ele fica tenso, os lábios perto de se colarem quando eu pego o doce no chão.

— Boa noite. -saio de cima dele, caminhando com o doce.

Ele me encara incrédulo.

— Não sei porque disto tudo, você não é macho o sufiente para...

Ele me agarra pelo o pulso, me puxando para cair em cima dele de novo, invertendo as posições, me fazendo ficar presa embaixo dele.

Ele rosna forte, para então, chocar os seus lábios contra os meus.

Corte De Sombras E EclipseDove le storie prendono vita. Scoprilo ora