Bela Lugosi's Dead

"Ecos"

"Olho mais calmo para o espelho. Estalido arrepio de dentro de mim, me tire deste lugar, labirinto de mim mesmo, lugar solene cheio de sonhos molhados por minhas lágrimas enquanto a vida mapeia em minha testa."

Eztli, coma seu almoço e force seu delgado fino e esguio, depois se arraste a ensurdecedora pressa até o novo emprego no bar com a sua ânsia por algum conserto cerebral. Passe a bebida por aquela sólida planície para alguém muito pior e o veja falar e falar sem dar ouvidos.
Volte para casa e no caminho procure prazeres rachados com desconhecidos, ao dormir sonhe com pensamentos presos de um dia asfixiado.
Tente voar, caia e se arraste por perder as forças e quebrar as asas, o tempo está acabando, a mudança sendo falsificada e encoberta para não ser dolorosa. Ande com a banda por luzes de néon desta cidade, depare-se com seu quarto em sua mente e traga átona as memórias de sua tristeza da noite anterior, sofra com isso na embriaguez, torna-se seu lado mais escuro e feche a cara... Apenas seu ciclo de vida, Eztli.

- Eztli, você já bebeu demais, deixa que eu te levo para casa. - Diz Neith.

- Não precisa. - Levantou-se e saiu pelas ruas.

Com a garganta queimando seca, abra sua geladeira e beba um copo de água gelada, se sentindo o fim da reprodução, sendo sua própria rejeição.

[...]

- O nosso primeiro sucesso está pronto, as linhas de baixo ficaram ótimas, mandou bem na guitarra Kanik! Todos foram muito bem!

- Temos que comemorar. - Diz Kanik estourando a rolha de uma champanhe.