Vigilante

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Três anos depois
Rin Tohsaka nunca foi de acreditar em rumores, mas algo a incomodava nesse rumor.

Pra começar ele estava no ar a mais de um ano e haviam várias testemunhas dentro da sua escola que afirmavam ter visto o suposto "vigilante" de Fuyuki pelos becos da cidade.

Além disso os supostos feitos dele eram um tanto quanto improváveis e pareciam cenad de ficção.

Sombras se movendo mais rápido do que o olho humano podia ver, derrubando grupos de homens sem nem sair das sombras, a única coisa que impedia Rin de acreditar que um magi estava por trás disso era pelas flechas com bolas de ferro usadas pelo vigilante.

Um mago da era moderna nunca pensaria em usar flechas e muito menos em deixar qualquer testemunha viva.

Mas os feitos do arqueiro eram tão improváveis que ela continuava pensando poder ser obra de um mago e é apenas por isso que ela estava indo atrás do suposto vigilante.

Afinal se fosse um mago ela como segunda dona da terra teria que resolver esses problemas, afinal a guerra do Santo Graal estava para começar e ela não queria ter que se envolver com mais problemas do que já estava se metendo.

Ou era isso que ela gostaria de se convencer.

-Eu não sabia que você também estava interessada pelo arqueiro Rin.

-Vamos Ayako, quem não se interessa pela história de um lindo príncipe vindo ao seu resgate.

-Não obrigada, eu não gosto da ideia de ser uma princesinha que precisa ser resgatada.

-Então qual a sua razão por vir atrás do arqueiro conosco?

-Eu só quero provar que ele não existe.

-Eu gosto dessa ideia. Uma voz grave ecoou no beco.

-Sim afinal de contas nós precisamos que os bandidos e descumpridores da lei pensem que não existimos. Uma outra voz veio de um outro lado do beco.

-Isso é o que faz do nosso trabalho tão efetivo.

-Afinal ninguém nunca está preparado para o ataque de fantasmas urbanos.

-E é por isso que precisamos que pessoas comuns não fuçem o nosso trabalho.

-Afinal, nós somos apenas fantasmas feitos para asustar bandidos

-E não príncipes que resgatam mulheres que entram de propósito em becos perigosos como esse.

Algumas flechas sairam voando por cima da cabeça das garotas no beco, Rin sentiu a mana que estava passando por cima de sua cabeça, o arqueiro era um mago? Ela pensou antes das suas colegas cairem desmaiadas.

-Acho que agora nós podemos conversar sem medo Rin Tohsaka.

-Apesar de eu não gostar de usar magia em civis dessa forma é necessário para que eles não estejam expostos ao mundo iluminado pela lua.

-Eu posso conversar, mas eu prefiro olhar nos olhos de quem quer fazer ofertas. Rin falou com medo e um tanto arrependida de ter aceito fazer parte dessa busca descabida pelos vigilantes.

-Não é assim que funciona.

-Tem um motivo pelo qual nós queremos que nossa existência continue um mito.

-Não poderemos ajudar as pessoas se entregarmos nossas identidades para qualquer um.

-Então o que querem de mim?

-Houve alguns sequestros na área sul de Xinto e mais recentemente nas proximidades do parque da guerra abandonado.

-Nós tentamos investigar mas quando tentamos alguma coisa fomos atacados por familiares de algum mago desconhecido.

-Tem mais outro mago em Fuyuki?

-É isso que acreditamos.

-Nós cuidamos deles sem problemas mas...

-Não conseguimos resgatar nenhuma das pessoas que foram sequestradas.

-Não queremos correr esse risco de novo então estamos atrás de algum aliado de confiança.

-E de preferência um mago que não se envolveria nesse tipo de coisa doentia

-E que poderia encobrir a nossa existência da torre do Relógio.

-E por que vocês acham que eu ajudaria vocês? Eu posso dizer que ajudo agora e me voluntariar para ajudar esse mago no mesmo instante.

-Não

-Nós sabemos que você não faz isso.

-Nós estudamos sobre a magia da sua família.

-E vocês não tem motivos pra usar humanos como sacrifício pra sua mágia.

-Além disso nos ajudar significa tirar um mago que bagunça o seu território.

-E também estará ganhando dois magos combatentes como aliados para ajudar a limpar a sua bagunça vez ou outra.

-Então você não tem porque recusar.

Rin parou para pensar um pouco antes de responder a pergunta dos dois vigilantes que se escondiam nas sombras.

-Mesmo assim é impossível eu me tornar aliada de pessoas sobre quem eu não sei nada.

-Nesse caso você pode fazer uma pergunta sobre nós.

-Dependendo da pergunta nós responderemos.

-Se ainda estivermos vivos depois que este combate contra o mago acabar.

-Nesse caso poderemos mostrar quem somos sem medo.

-Como assim se ainda estivermos vivos?

-Nós não estariamos pedindo ajuda para você se nós desemos conta de resolver este problema Tohsaka.

-Estamos pedindo ajuda porque podemos morrer no meio dessa luta.

-Mas você pode escolher lutar agora ou lutar depois.

-Mas se perder a vantagem dos números e do ataque surpresa as suas chances de continuar viva vão diminuir drasticamente.

-Nesse caso, qual tipo de mágia vocês usam, acho que é importante saber disso pra começarmos a traçar um plano de ataque.

-Runas primordiais. Houve um silêncio quando a voz falou isso seguido de uma gargalhada de Rin.

-Runas primordiais? Não me faça rir, isso é mágia da era dos deuses que foi perdida a muito tempo atrás, já não existe mais nenhum praticante dessa mágia vivo hoje em dia.

-Existem três para falar a verdade.

-Mas nosso mestre não é alguém fácil de se encontrar, então é óbvio que as pessoas preferem acreditar que ela morreu.

-Mas nós existimos muito bem vivos.
A voz jogou um cordão para a mão de Tohsaka.

-Considere isso um presente de aliança.

-É uma runa de proteção para proteger a nossa aliada.

-Espero que nunca precise utilizar.

-Mas se o inesperado acontecer essa runa vai te proteger.

-Espero que possamos contar com você para limpar nossa bagunça Tohsaka.

-O que você quer dizer com isso? Mas as vozes pararam de responder, logo Rin entendeu quando viu que as garotas continuavam desacordadas no chão.
Logo em seguida Rin começou a praguejar e a amaldiçoar os dois vigilantes.
Levaria uma noite inteira e uma série de hipnoses e ligações indesejadas para limpar a bagunça

***

-Acha que ela suspeita da nossa identidade?

-Acho que não, nós não deixamos nenhuma brecha pra ela. Shirou falou enquanto os dois iam pulando de telhado em telhado silenciosamente como dois vultos voando pelo céu

-Mas eu não acho que precisavamos ter dado a runa pra ela agora Shirou.

-Melhor prevenir do que remediar, aqueles últimos ataques deixaram ele alerta

Fate/ Faker AkashaWhere stories live. Discover now