Quem sou eu? - Bajitora

Abraço, casa e descansar

Pov Kazutora

Acordo bem cedo e me levanto rapidamente, tomo um banho rápido e arrumo meu cabelo de uma forma desleixada, volto para o quarto e já começo a cartinha do Baji.

Assim que termino a carta, guardo na minha mochila e arrumo ela, como estava de roupão, ponho uma roupa simples, uma camiseta branca, uma jaqueta também branca, uma calça jeans bem larga, um mizuno e um boné.

Pego a mochila e meu celular e desço até a sala, vejo uma mulher caída no sofá, minha "mãe", se é que eu posso considerar ela isso.

-o pirralho de merda - ela fala, claramente bêbada e eu a ignoro - seu moleque retardado, eu não te dei educação? - ela diz levantando com raiva

-não - respondo simples indo até a cozinha só para pegar uma fruta e já sair de casa

-eu não te dei educação seu moleque? Agora você vai ver - ela vem até mim e me dá um soco na bochecha, não sabia que bêbados podiam ser tão fortes, mas mesmo assim contínuo parado - não vai revidar ou me responder?

Ela se irrita com a falta de resposta, me da outro soco e sai da sala, vejo ela ir até a garagem e sigo ela, ela chega perto da minha moto e chuta ela

-PARA SUA LOUCA - grito tentando a segurar

-agora o viadinho responde? Agora é tarde - ele me empurra com força, me fazendo cair, e continua quebrando minha moto

Chegou um ponto que eu desisti, e quando fui sair da garagem ela me segurou

-sabe moleque, meu namorado me largou por sua causa - ela diz me dando um tapa na cara com muita raiva e força

-eu não tenho culpa de nada - digo segurando o choro - me deixe em paz maluca

-sabe, ele falou para mim que você era bem mais sexy que eu, e queria muito ficar com você - diz segurando meu rosto com força

-me solta, você é doida mulher, doida - falo com raiva

-se ele quer tanto ficar com você, quanto será que você vale? 1000 ienes talvez? Mas eu não compro quase nada com isso - ela diz como se eu fosse uma mercadoria

Em um momento de raiva eu a empurro com muita força e saio dali só com o que eu estava, minha mochila, que não saiu dos meus ombros em momento nenhum, meu celular, e minhas chaves. Duas ruas depois da minha casa resolve ligar para única pessoa que poderia me ajudar agora, Masato

📞
Pai

Masato:

Oi filho
Aconteceu algo?

Kazutora:
Oi pai
Sabe a sorveteria perto de casa?
Eu estou aqui na frente
Eu preciso que você venha me buscar

Estou indo filho
Chego em 10 minutos

Tá bom pai
Obrigado

📞

Sento na calçada de frente a sorveteria e espero meu pai, ele chega em uma lamborghini huracan preta fosca, esse carro vale mais ou menos 350 mil dólares, ele para na minha frente e eu levanto do chão

-puta merda, o que aconteceu? - pergunta assustado

-a Riko me bateu, tá tão feio assim? - pergunto sem coragem de olhar

-tá horrível - diz ainda em choque - tá doendo muito? Posso te levar no hospital se quiser

-não precisa, só não tô afim de ir para escola assim, e essa louca quebrou minha moto inteira - falo triste e com raiva - eu não tinha feito nada, não revidei, não reclamei, eu só estava saindo de casa para ir estudar, e ela começou a me bater - no momento eu estava segurando as lágrimas a todo custo, não pela dor, mas por simplesmente pensar "o que eu fiz?"