A decepção

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Olá? Como estão?
Eu estou atrasada com esse capítulo kkk, era para ser a semana passada, mas aqui em casa foi uma corrente sem fim, tivemos um fim de semana agitado e não deu para postar..
Porém aqui estou, peço desculpas pelo atraso e bora ler e se divertir 😃

Um aviso, esse capítulo contém palavras homofóbicas, preconceituosa, se não gostar de ler esse tipo de palavriado espere o próximo, bom é isso!

Boa leitura!


Após tomar banho, Wei foi ao seu quarto deixando um Lan pensativo no dele

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Após tomar banho, Wei foi ao seu quarto deixando um Lan pensativo no dele. O que ele fez? Se o seu tio soubesse ficaria muito desapontado, estava em uma enrascada.

Se deixou levar pelas emoções e agora o que faria? Não tinha intenção de magoar Wei Ying, também não tinha planejado dormir com ele. Como sairia dessa sem o magoar?

“ Droga!” — Se xingou mentalmente.

Para piorar tudo ouviu barulho de um carro se aproximando, e gelou, mais uns segundo e pegariam eles no flagra.

Desceu as escadas e viu o tio com a esposa e o irmão entrando. A cara de Lan QiRen não era de bons amigos, olhou para o irmão procurando respostas, este que maneou a cabeça levemente.

Saltitando, Wei desceu a escada, seu sorriso morrendo ao ver quem chegou.

— Aí está você seu vagabundo! — Lan QiRen disse irado. — Não se pode sair de casa que você já apronta.

— Do que está falando Titio? — respondeu irônico.

— Olha em volta! Achou mesmo que ia fazer uma baderna na minha casa e eu não iria saber.

— Sua casa? — Ergueu uma sobrancelha.— Devo lembrar a quem essa casa pertence?

— Ora seu... — O tapa na cara dele fez a cabeça ser jogada para trás. — Sou eu quem pago as contas então você não tem direito de falar assim!

Wei passou a mão onde a marca do tapa doía, já inchando e se virou para os presentes na sala. Ninguém disse nada, todos o encaravam. Parou mais tempo o olhar no Lan, que desviou a vista.

A poucos minutos trocavam beijos, agora o outro nem o olhava. Suspirou fundo e como defesa partiu para o ataque.

— Não faz mais que a obrigação velho! — Sua voz era de ódio. — Queria que eu te desse casa para morar e ainda pagasse as contas?

QiRen ergueu a mão para acertá-lo de novo, porém, ela foi segurada com força.

— Acredita que vai me bater de novo? — Os olhos de Wuxian vibravam de ódio. — Não mais, para sua informação nunca mais.

QiRen estava vermelho de raiva, mas abaixou a mão.

— Muito bem, só vou te aturar até o fim do ano, que é quando o contrato da minha casa se encerra, para eu, meus sobrinhos e sua tia nós mudarmos.

— Nada o prende aqui, há outras casas para se alugar. — Ying disse movido pela raiva

— Ora seu… — QiRen espumava se ódio.

Wei fitava o Lan mais novo, que não o olhava, doeu ver ele calado indiferente, QiRen se voltou para a tia.

— Suas obrigações com esse pivete termina quando ele completa 18 anos? — Ela concordou com a cabeça, sem também defender o sobrinho. — Ótimo então, ele já fez 18, quero ele fora da minha vida.

Irritado por não ver ninguém partir em sua defesa, Wei Wuxian despejou mais uma bomba.

— Isso, assim que você sair trago o meu amante para ficar comigo. — Surpresa apareceu na face de todos, enquanto Wei fitava Lan Zhan.

— Amante?— QiRen perguntou alto.

— Sim velho! Eu sou gay, gosto de homem, de rola, entendeu?— Sorriu encarando o Lan, que vermelho não o fitava de volta.— Veja, passei a manhã inteira com ele hoje, foi o melhor aniversário da minha vida, até você chegar e estragar tudo.

Ele puxou a gola da blusa, mostrando o pescoço todo marcado de chupadas, observando Lan Zhan empalidecer e arregalar os olhos.

QiRen se descontrolou com irá.

— Além de um delinquente, ainda é um maldito gay? — Com raiva acertou mais um tapa no rosto de Wei Wuxian, que distraído olhava a reação do Lan mais novo.

O tapa fez ele cair no chão de tão forte que foi e sua boca sangrou.

— Você me da nojo, seu… seu… Traste! — Gritou com fúria. — Pessoas como você devia estar internado, não é normal, você é doente…

Erguendo do chão, Wei respondeu.

— Doente é você seu velho preconceituoso do caralho. — Suas orbes azuis estavam arregaladas de ódio e dor tomava a sua face e seu peito. O coração doía muito mais que o rosto, ver o homem que estava fodendo ele alguns minutos atrás calado, fez o seu mundo cair.

— Fique longe de mim e de meus sobrinhos. — Avançou nele.

— Tio! — foi Xichen quem segurou o braço dele. — Se acalme, vamos resolver conversando.

— Conversar Xichen? Com esse maldito gay dos infernos morando no mesmo lugar que eu e vocês?

Wei tinha os olhos vermelhos tamanha era a vontade de chorar de tanto ódio, mas não daria aquele velho tal satisfação.

Olhando para Lan Zhan, se dirigiu para a porta, indo para a rua. Somente após sair deixou as lágrimas escorrerem livremente, deu vasão a dor que o sufocava, que o matava, ele não era doente, apenas diferente, mas nunca doente.

Depois daquele dia, Lan Zhan passou a evitá-lo e Wei não fazia mais as refeições em casa, saia cedo, voltava a noite somente para dormir.

Os dias passavam e os preparativos para a mudança também. Os outros se ajeitavam para se mudarem para a mansão, como a casa e tudo que havia dentro era de Wei Wuxian, só levariam o básico.

Ferido pela atitude do Lan, pelo silêncio que recebeu dele, sofria calado, não trocaram mais nenhuma palavra.

Assim, 5 meses passaram depois do ocorrido, se ele achava estar no inferno naquele tempo, não imaginou que tudo podia ficar pior.

Certo dia, seu tio muito educado o convidou para um jantar em família.

— Quero todos reunidos amanhã no jantar, Lan Zhan tem um comunicado. — Sua expressão era de satisfação. — Inclusive você. — Apontou para o Wei. — Será como uma despedida da sua casa, daqui a uns dias estaremos deixando essa espelunca.

Desconfiado, Wei olhava o Lan que não levantava a cabeça, Xichen encarava o irmão, logo depois o Wei Ying. O que seria? Se perguntava curioso.

Ansioso e curioso, no dia seguinte estava na sala aguardando o Lan que ainda não havia chegado da faculdade. Será que ele ia sair do armário? Diria que queria ficar com ele? Seu coração se acelerou com o pensamento, seria maravilhoso ver ele dizer para o tio que o amava.

Os batimentos aceleraram quando escutou o barulho do carro, mas ficou desconfiado quando o tio sorriu satisfeito.

Quando Lan Zhan entrou pela porta, congelou, seu cérebro parou de funcionar, o coração errou as batidas... O mais velho de mãos dadas com uma garota. Ela era lindíssima, cabelo preto longo, olhos pretos, corpo de uma deusa, cintura fina e vestia um vestido simples de flores estampadas, que acentuava as suas curvas.

— Tio, tia essa é Mian Mian, minha noiva! — Completou ele.

As pernas de Wei cambalearam e ele se sentou no sofá. Suas mãos suavam e uma dor se instalou em seu peito, o sufocando.

— Muito prazer minha querida. — Bajulou o QiRen. — Bem-vinda a família meu bem.

Todos se ergueram para cumprimentá-los, menos Wei, que permaneceu sentado, tremendo.

— Noiva? — Foi tudo que conseguiu dizer, fazendo os olhares se voltarem para ele, inclusive o do Lan mais novo.

— Ficou surdo? — Perguntou QiRen. — Sente-se, não ligue para ele.

Pegou no braço dos dois, colocando-os sentados lado a lado. De onde estava, Wei viu a moça levar as mãos na de Lan Zhan, entrelaçando os dedos. Seu coração doía, não podia ser verdade, era um pesadelo e estava lhe sufocando.

— Quando será o casamento? — Ouviu sua tia perguntar de um canto da sala.

A moça se voltou para o Lan e sorriu.

— Posso falar amor? — Ouvi-la o chamar de amor, seu amor, foi demais. Wei se ergueu, caminhou para o bar da sala, precisava de uma bebida.

— Sim! — Lan Zhan deu de ombros, sem olhar para ninguém. De costas para eles, Wei se servia com as mãos trêmulas.

— Bom, o casamento não pode demorar porque eu estou grávida!

O copo de Wei Ying caiu no chão, voando cacos para todo lado. Virou nós calcanhares com as íris arregaladas de choque.

— Gra…vida? — Gaguejou pálido.

— Sim! — A moça respondeu feliz.

Lan Zhan e Xichen fitavam Wei, ambos pálidos. Os olhares dos dois se cruzou, a dor e a decepção no olhar do mais novo. Não suportando ver isso em seu olhar, Lan Zhan foi quem desviou primeiro.

— Oh! Isso sim também é uma boa notícia. — Sua tia bateu palmas, feliz, quebrando o silêncio que se estendeu.

— Meu sobrinho é mesmo um garanhão em?— Ria QiRen satisfeito. — Nem esperou o casamento.

Wei ficou paralisado, um nó se formou em sua garganta, a decepção tomando o seu ser. Queria chorar, gritar para aliviar a dor que se instalou no peito.

— E para quando o bebê? — Com zumbidos no ouvido, ouviu a tia perguntar, estava prestes a desmaiar.

— Estou com 2 meses. — Sorriu tímida. — Eu gostaria de casar antes que eu fique muito gorda.

Apoiando as palmas no pequeno bar, Wei sentia que ia cair, suas vistas escureceram, não havia cor no seu rosto. Vendo que ele estava prestes a desmaiar, Xichen se aproximou, se compadecendo, ciente que o irmão dormiu com ele.

— Wei se acalme.

Sem enxergá-lo, encarou o seu rosto, respirou fundo, voltou para o bar, encheu um copo com uísque e virou de uma vez. O líquido desceu queimando a sua garganta, trazendo ele de volta ao chão. Uma vontade de morrer se aprofundou em seu ser.

— Está tudo bem Xichen! — Consegui dizer em um sussurro, tamanha a dor do peito, como se várias agulhas perfurassem o seu coração.

Sem encarar ninguém em particular, pulou os cacos de vidro do chão e caminhou para a porta, mas antes parou em frente ao Lan.

— Parabéns, irmão Lan Zhan! — A voz tinha uma pitada de ironia. — Não vou ficar para a comemoração.

Sem aguardar repostas se retirou, na rua não se sustentou em pé e caiu sentado com lágrimas pingando dos olhos. Ele pegou o celular e discou para Jiang Cheng.

— Me ajuda! — Pediu com dor na voz.

— Wei Wuxian? O que aconteceu? — Perguntou aflito. — Está chorando? Onde você está? Eu vou te buscar.

— Não precisa, eu vou pegar um táxi, me espera na boate flor de lótus. — A boate pertencia-lhe e ao Cheng, eram sócios, Wei aplicara dinheiro nela quando teve acesso a sua herança. Somente eles e Nie Huaisang sabiam da ligação de Wei com a boate.

Com a visão embaçada pelas lágrimas entrou no táxi. Da janela, um par de olhos cor de mel fitava a figura que saiu, seu próprio peito apertado, angústia de ver Ying sofrendo apertando suas entranhas, mas não havia nada que pudesse fazer, a mulher esperava um filho seu. Não se lembrava de muita coisa, porém se recordava de acordar nu com ela em uma cama de motel.

Como foi parar lá era um mistério, só se lembrava de estar chateado e ir ao bar, depois de uns copos não se lembrava de mais nada. Ver Wei Wuxian todo dia e não poder tocar nele, falar com ele, o enlouquecia.

Ter o mais novo magoado com ele o deixava perdido, queria ter a coragem dele, de dizer que o amava, que não poderia ficar com a mulher porque o seu coração pertencia a Wei Ying. Porém, era fraco, covarde, jamais teria coragem de assumir gostar de outro homem, que era loucamente apaixonado pelo menor.

Saber que naquele momento ele estava correndo para Jiang Cheng o deixou frustrado, irado, nem tinha esse direito de sentir ciúmes, pois logo se casaria, mas não conseguia controlar os sentimentos. O olhar de dor e decepção que Ying direcionou para ele sangrou seu coração, quase jogou tudo para o ar e se ajoelhou confessando o amor, todavia, a covardia foi maior.

Uma mão feminina foi posta sobre a sua, desviou o olhar do homem que partiu em um carro para os braços de outro e fitou a sua suposta noiva.

Queria fugir dali, agarrar Ying e sumir com ele, mas a coragem não veio.

Guiando a noiva para a sala de jantar, desligou a mente do resto, seus pensamentos presos em uma única pessoa, o ser inocente que gerava dentro daquela mulher.

Nie e Cheng esperavam Wei Wuxian na porta, este que desceu do carro cambaleando e sendo aparado pelos amigos, que o abraçaram, consolando o coração ferido, cheio de dor.

Chorou muito enquanto explicava o que aconteceu e ficou na boate durante três dias, bebendo e chorando. Seu peito ardia depois da grande decepção, seu homem, seu amor não o queria, não aceitava que o amava e aquilo feria o seu coração.



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Gostaram?  acho que não né kkk, ninguém quer ver o sofrimento de Wei Ying,😥 mas é isso, espero vocês a semana que vem  bjs 😘

Amando só você (WangXian) ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora