One

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 Caitlyn's POV

  Por tudo nesse mundo, eu odeio todas as segundas-feiras.
Eu gosto do meu trabalho, e muito, no entanto, começar a semana depois de adoráveis dois dias de descanso não era minha praia. Levantei da cama contra meu gosto. Pela hora, meus pais ainda deveriam estar dormindo. Agora, as coisas eram mais fáceis para os dois, visto que ambos estavam aposentados. O problema é que não tem ninguém mais para assumir o cargo de nossa família no Conselho, afinal, eu não o quero, pois já tenho muito trabalho como xerife.
Após me levantar, fui ao banheiro me arrumar para o trabalho e segui para a cozinha em busca de algo para comer. Tinham pessoas que poderiam me servir? Tinham, mas eu estava acostumada a ir atrás de comida por mim mesma. Assim que peguei um pouco de pão e chá, sentei-me a mesa de jantar.

— Já de pé, senhorita Kiramman? — questionou uma empregada, que limpava algum vaso que custava o olho da cara.

Enquanto dava uma mordida no pão, olhei de relance para a senhora.

— Preciso chegar o mais cedo possível no trabalho. — disse.

— Oh, sim, é verdade, a xerife tem de dar o exemplo para aqueles cadetes. — aquela frase saira com uma pitada de orgulho na voz. — Ainda pensando em procurar um parceiro?

Soltei um suspiro. Faziam tempos em que eu havia reparado que a maioria dos bandidos gostavam de uma luta corpo a corpo, coisa que nem eu e muitos outros Defensores sabíamos fazer. Por isso, eu sabia que precisava de um parceiro que soubesse usar os punhos.
O problema era: não havia ninguém em Piltover que soubesse tais coisas. As brigas de rua eram uma raridade na cidade, visto que tal prática era ilegal. No entanto, eu sabia que só poderia achar meu parceiro em um lugar... Em Zaun, a cidade que fazia fronteira com Piltover e que era cheia de problemas. Então, naquele dia, eu estava decidida a ir lá.

— Ainda estou o procurando. — disse, sem nem cogitar contar a ela sobre meus planos. Sabia que ela contaria tudo aos meus pais, que fariam um escândalo ao ouvir tal coisa. Assim que acabei de tomar meu café, me levantei da cadeira e fui embora.

A Delegacia de Piltover não era muito longe de minha casa, o que me fazia ir andando até lá. Quando entrei na minha sala, Morty, um dos oficiais que mais me ajudava, se levantou prontamente.

— Bom dia, xerife! — ele disse, fazendo continência.

— O que temos para hoje, Morty? — eu questionei, indo até o mural.

— A Jinx rabiscou um dos muros de uma floricultura de novo, o dono está furioso. — iniciou ele, lendo uma planilha, e revirei os olhos de desgosto. Aquela pestinha de novo... — Houve também alguns relatos de briga na rua e coisas assim.

— Entendi. — murmurei, ainda mexendo no mural. A verdade é que nada acontecia em Piltover. — Como vão os Defensores de Zaun?

— Eles relataram que nada aconteceu nas últimas semanas, por quê?

— Vou dar uma pequena passada em Zaun depois do almoço. — confessei, para o seu espanto.

— Mas, xerife, por quê?

— Você sabe que eu preciso de um ajudante que saiba lutar, e muitos zaunitas adoram uma briga.

Morty soltou um resmungo.

— Não vai encontrar nada além de um bando de selvagens! — disse ele, no entanto, eu não me importei. — Levará quantos soldados com você?

— Nenhum. — antes que ele tentasse falar qualquer outra coisa, virei-me e bati palmas. — Agora, vamos mudar de assunto e começar o dia, Morty!

Trato é TratoWhere stories live. Discover now