Twenty Seven

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Vi's POV

— Então, era verdade. Você e a Caitlyn estão namorando. — a conselheira Medarda, segurando uma taça dourada e de mãos dadas com o agora seu marido Jayce, comentou. A cerimônia havia acabado, se dando início a uma festança até o sol nascer.

No início eu fiquei empolgada, mas com o passar do tempo, percebi que os pilties são péssimos anfitriões para festas.
Tudo era muito devagar, me parecendo mais uma reunião de tartarugas. A música era lenta, a comida era muito fina e as conversas? Tediosas.
O completo oposto de Zaun, onde tudo era motivo para música alta.
Voltando ao assunto com os noivos, bebi rapidamente a bebida que estava em minha taça — pelo menos a bebida era boa —, e balancei minha cabeça positivamente.

— Sim, podem confessar, eu sou uma sortuda. — disse sarcasticamente, o que fez ele rirem.

— Bem, por um momento iria perguntar se vocês duas iriam querer aproveitar nosso casamento para se casar também. — Jayce se meteu. — Os seus olhos brilhavam quando você olhava para a Cait.

— O sujo falando do mal lavado. — declarou Mel, revirando os olhos e tomando mais um gole de sua bebida.

Dei uma risadinha e olhei para a sacada do salão dos Medarda. O lugar com tons de branco e dourado estava mais cheio do que nunca, mas eu só conseguia reparar na dama solitária do lado de fora, debruçada sobre a sacada, com uma taça ao seu lado. Abri um sorrisinho, era Caitlyn, deixando o pôr do sol mais lindo do que já é, como de costume.
Educadamente saí da presença dos recém-casados, e fiquei apoiada na porta, a vendo mais de perto.
Pensei que a mesma ainda não havia notado minha presença, até ela comentar:

— Sei que está aí, Vi.

Soltei uma risada nasal, e fui lhe fazer companhia.

— Posso saber por que uma moça tão bem vestida está aqui, sozinha? — perguntei, apoiando meu ombro sobre a sacada.

Ela também riu.

— Estou tão bonita assim? — ela brincou.

— Claro! Você fica linda em vestidos de gala. — declarei, a puxando para mais perto de mim por sua cintura. Caitlyn deu uma risadinha, envolvendo seus braços ao redor de meu pescoço. — Mas para ser honesta, gosto mais de você sem...

Com um sorriso malicioso no rosto, a Kiramman aproximou mais seu rosto e enfim me beijou.
Também abri um sorriso durante o beijo. A língua de Caitlyn pedia espaço para adentrar em minha boca, e eu imediatamente permiti.

— Vai querer ir para casa antes de servirem os cupcakes? — perguntou ela, num tom desafiante, quando paramos para respirar.

— Eu só quero saber de um cupcake hoje a noite. — declarei, voltando a beija-la.

O beijo começou a se tornar um pouco mais brusco e mais selvagem do que deveria estar, mas foda-se. Eu estava no céu e nada poderia nos parar.
Ou podia:

— Ah, eu incomodo? — a voz de Lola Amberson parecia alguns passos distante de nós.

Tive que soltar um resmungo. Mas não era possível, nem mesmo na nossa folga essa mulher me deixaria amar Caitlyn em paz?
O ano havia começado tranquilo de maneira geral, no entanto, o sequestro de Caitlyn e meu embate frequente com Lola lhe tiravam o título de "O Ano Mais Pacífico na Vida de Violet" — por sinal, nenhum dos meus anos de vida tem esse título.
Caitlyn já estava reparando que eu não gostava de Lola, mas imaginava ser um ciúmes bobo. Assim que viu minha cara emburrada, ela me olhou com seus olhinhos de cachorrinho, o que me convenceu a responder a Amberson:

Trato é TratoWhere stories live. Discover now