🄲🄻🄴🅇🄰 ✓ • 𝙰 𝙵𝚒𝚕𝚑𝚊 𝙳𝚘 𝚁𝚎𝚟𝚎𝚛𝚎𝚗𝚍𝚘 • 1T

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Clarke Taylor Point Of View

                     

Eu estava cansada de ser controlada por meus pais, não bastava terem trocado de cidade diversas vezes, agora me colocaram em um intercâmbio.

                     

- EU NÃO VOU. - Gritei exasperada.

                     

- VOCÊ VAI, TAYLOR, NÓS ESTAMOS CANSADOS DE VÊ-LA CHEGANDO BÊBADA TODAS AS NOITES. - Alexandre, meu pai, esbravejou irritado.

                     

Eles eram ausentes na minha vida, mas achavam que podiam fazer dela o que bem entenderem.

                     

- Vocês não se importam comigo, por quê esse intercâmbio agora? - Questionei.

                     

- Nós queremos o seu bem, você tem dezessete anos, Taylor, precisa ter responsabilidade. Nós estamos apenas te poupando do pior que virá à tona a qualquer momento. - Falou Alexandre.

                     

- Eu preciso ir para outro país para ter responsabilidade? Me poupe, papa. - Olhei para o homem a minha frente.

                     

- Você fala inglês, lá você poderá se desligar totalmente dessa maldita gangue e decidir em qual faculdade ingressar. - Exclamou Alexandre.

                     

- Eu já disse que eu não pretendo ir à faculdade. Eu não posso me desligar da gangue facilmente! Isso é uma das coisas mais difíceis a se fazer. - Exclamei exaltada.

                     

Para Alexandre, eu havia entrado na gangue porque estava devendo a Alvaro, mas havia muito mais do que isso em jogo, eu acabei criando um acordo com o chefe e não o cumpri, não completamente, então a única maneira de paga-lo e continuar me drogando era me aliando a ele e a sua gangue e foi exatamente isso que eu fiz. A pior parte de estar em uma gangue é ser a pessoa quem precisa cobrar o dinheiros aos usuários.

                     

- Você quer ser uma alcoólatra e drogada para o resto da vida? - Meu pai questionou.

                     

Suas palavras eram duras.

                     

- Eu não sou drogada, muito menos alcoólatra. - Argumentei.

                     

- Você não consegue ficar um dia sequer longe de bebidas e muito menos de drogas. Se você não é drogada e alcoólatra me diga exatamente o que você é, Taylor! - Simone, minha mãe, se pronunciou.

                     

Quantas vezes eu teria que dizer que não era alcoólatra, muito menos drogada? Aquilo era apenas um passatempo.

                     

- Eu não vou sair do México! - Relutei novamente.

                     

- Ou você vai para esse intercâmbio ou para uma clínica de reabilitação! - Meu pai praticamente gritou.