Capítulo 19

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MORTE E CULPA





🍀𝓘𝔃𝓾𝓴𝓾 𝓜𝓲𝓭𝓸𝓻𝓲𝔂𝓪 🍀





Coloquei uma batata chips na boca sentindo ela se quebrar e o gosto alagado e leve veio na minha boca, eu observava as ruas vazias que recentemente teve uma chuva fraca.

Aqui chove muito, e as ruas estão sempre vazias, é interessante...

As vezes tudo parece um sonho, um sonho no qual eu quero acordar e dizer "ah, foi só um sonho, a minha vida ainda não acabou!"

Mas tudo é real, eu só queria que fosse mentira...

Ouvi a cadeira de Kaachan se mexer e me virei para ele vendo o mesmo levantar com um sorriso leve no rosto.

— Vou comprar mais suco, quer mais algo? — Ele perguntou e eu neguei, acho que séria abuso de dinheiro nesses casos.

Comprei tanta coisa, e ele ainda quer me dar mais, ele é um sugar daddy por acaso?

Ele fez um joinha e seguiu para a ala de refrescos. Eu ainda não consigo tirar o que aconteceu hoje da cabeça...

Minha vida... Tá arruinada...

Acabou tudo, e é tudo culpa minha...

Olha pelo lado bom, finalmente consegui um namorado... Merda, acho que vou chorar.

Eu deveria sumir o quanto antes, porque se não vão apontar para mim e me assediar em até o fim do ensino médio...

Será que se eu... Sumir... Eu...

Segurei a respiração e dei um sorriso falso ao ver Kaachan se aproximar.

— Comprei bolo pra você! Quer uma velinha de aniversário também? — Ele perguntou e eu gargalhei falsamente.

— Eu queria mesmo um beijinho. — Ele corou e virou o rosto para a janela.

— Seu bobo, estamos em público. — Ele disse e eu olhei em volta, nem mesmo a recepcionista estava ali.

— Na verdade, tá vazio... O que foi? Não quer me beijar? — Fiz drama fingindo uma carinha triste. — Tudo bem então, eu arrumo outro namorado.

— Pode parar por aí! Eu sei bem que "namorado" você tá falando. — Eu o olhei confuso. — Eu vi como aquele meio a meio de merda te olha! Eu não sou burro! Você está me traindo?!

— Que? Não! tá doido?! O Shoto é só meu amigo! — Eu falei e ele me olhou com um ar de fúria.

— Eu disse "meio a meio de merda" e não "Shoto", então quer dizer que você se auto entregou. — Ele me olhou e eu juro que vi um tic em seu olho.

— Meio que eu só conheço um meio a meio, né? Tava fácil de adivinhar. — Eu disse colocando o último bolinho na boca.

— Chega não quero saber! Tá tarde, vamo pra casa antes que descubram que a gente matou aula! — Ele pegou uma sacola e colocou os restos dos lanches embalados ali.

Não tinha muitos, comemos pra caramba, sobrou apenas um bolinho fechado, um lamen que a gente não abriu, um suco de caixa que não abrimos, alguns salgadinhos e doces e o bolo recentemente comprado.

Se Eu Sou Tão Especial, Por Que Eu Sou Um Segredo?Where stories live. Discover now