Capítulo 4

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Anos atrás - Adolescência

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Anos atrás - Adolescência

Eu podia sentir meu coração bater tão forte que uma parte muito grande de mim achava que estava ao ponto de morrer. Era ali, naquela hora, que meu dia chegaria. Não existiria mais Regina Mills naquele mundo.

Tudo o que passava na minha cabeça eram os palavrões que eu não podia falar na frente da minha mãe enquanto rezava para Emma ter criado o dom de ouvir meu desespero da casa dela.

Bem, não foi isso que aconteceu. Claramente.

Contrariando minha súplica pré-adolescente, quem apareceu no banheiro foi dona Cora Mills. Braços cruzados e uma feição confusa foram apenas as expressões iniciais antes de perceber o que estava realmente acontecendo.

- PUTA QUE PARIU!

E foi bem aqui que eu comecei a chorar. Regina Mills, 12 anos, aos prantos. Parabéns.

Eu não precisava contar até cinco para saber que no segundo seguinte minha adorável irmã estaria atrás da nossa mãe para entender o que estava acontecendo. Hoje vejo que não era bem uma movimentação típica para a nossa casa.

— Quem morreu?

— Não seja grosseira, Zelena. Sua irmã precisa da minha ajuda.

O zombar na garganta da minha irmã era, ano após ano, mais compreensível pra mim. Eu tinha uma lembrança distante da sua personalidade engraçada, mas não conseguia me lembrar quando foi que ela começou a ficar grossa com a nossa mãe.

A única coisa que eu jamais me esquecerei é de como a velha Zelena começou a voltar graças a convivência com os Swan's, nossos vizinhos.

— E você vai ajudá-la? - Conseguia ouvir a voz da minha irmã e, no canto do olho, via seu cabelo ruivo volumoso balançando enquanto ela se expressava - Regina não precisa de ajuda, precisa de apoio. Ainda mais a sua.

— O que tem a minha ajuda? Eu sou a mãe dela.

Zelena bufou de novo e eu só queria parar de chorar. Naquele ponto, nem entendia mais porque estava chorando.

Uma pontada horrível na minha barriga me fez lembrar.

Quando abri os olhos, minha irmã estava ajoelhada na minha frente.

— Você quer que eu chame a Ingrid? - Zelena olhou dentro dos meus olhos molhados antes de me perguntar e ignorou completamente o bufar da nossa mãe.

Eu só assenti. Ansiosa demais para negar que queria mais do que tudo. Talvez menos que meu pai.

— A Emma pode vir também? Por favor... - Perguntei com a voz embargada, o nariz escorrendo e a esperança crescente no coração.

Zelena olhou pra nossa mãe na porta do banheiro e depois sorriu pra mim.

— Claro que sim. Mas só para constar, você sabe que eu sou sua irmã, certo? Não precisa daquela branquela. - Brincou.

Perdida em MimWhere stories live. Discover now