XLVII. Eu acho que te amo

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POV Gizelly Bicalho

Ouvir o que Rafaella estava falando fez meu coração acelerar ainda mais, cada parte do "Eu tô apaixonada por você" me fez sentir sensações diferentes, mas todas terminando na mesma emoção.

Depois disso, tudo o que consegui fazer foi beijá-la, foi deixar todas as palavras que eu não consegui colocar pra fora saírem em forma de sentimentos através do meu beijo e de todos os beijos que já havia dado naquela mulher, este foi o melhor.

Pela primeira vez nos beijamos com toda a paixão que tínhamos e com a admissão do que sentíamos uma pela outra, cada segundo do beijo foi sentido e gravado na minha mente. Eu estava apaixonada e agora sabia e sentia que era recíproco, tinha um futuro nessa paixão maluca que surgiu meses atrás pela mãe de uma paciente.

Eu iria viver isso. Eu queria viver isso! E ela também queria. Era recíproco. E eu não podia estar mais contente com tudo isso. Quando finalmente nossos lábios se desgrudaram e nossos rostos se afastaram, olhei nos olhos dela e só via uma única coisa: certeza.

- Não vai falar nada? - Rafaella disse depois que eu me perdi encarando aqueles olhos verdes maravilhosos.

- Eu acho que te amo - falei, sem me preocupar com o peso das palavras. 

- Q-que? - Rafaella falou surpresa.

- Eu acho que te amo, Rafaella - repeti, sem desgrudar meu olhar do dela.

- Gizelly... - não deixei ela terminar.

- Não tô esperando nada em relação ao que eu disse. Só acho que tudo que não foi dito já foi coisa demais. Só preciso falar - completei e ela apenas acenou, segurando minha mão em seguida.

- Acho que posso facilmente te amar também - falou um pouco constrangida e eu sorri.

- Vai me mostrar seu apartamento? - perguntei.

- Claro... É... Vem - disse me puxando pela mão.

Eu me levantei e ela começou a me mostrar o apartamento, mas eu só conseguia olhar pra mulher a minha frente.

- Gizelly, pra conhecer o lugar você tem que olhar para o lugar. Tô mostrando tudo e cê não tá olhando nada - ela falou e eu sorri.

- Desculpa, a visão da mulher a minha frente tá extremamente interessante - ela sorriu.

- Besta. Presta atenção, esse é o meu novo espaço, meu lugarzinho e de Mel, quero compartilhar isso com você - falou séria e essas palavras me aqueceram.

- Desculpa, mostra de novo, vou prestar atenção - falei.

Novamente Rafaella me mostrou tudo, era um apartamento pequeno, aconchegante, bonito e tinha a cara de Rafa e o quarto de Mel tinha a cara dela. Cada detalhe expunha um toque de quem elas eram, era um ambiente terno, alegre, eu fiquei extremamente bem e feliz com tudo o que vi.

- Aqui é lindo, Rafaella. - falei parando em pé na sala - Tudo tem a tua cara e teu jeitinho de ser. E o quarto de Mel? Nossa, consegui até ver aquela menina ali sentada na cama sorrindo e me mostrando cada enfeite do lugar - falei empolgada.

- Que bom que gostou. - Rafa falou se aproximando de mim e colocando nossos corpos em um abraço aconchegante - Isso significa muito pra mim.

Eu retribui o abraço e senti que poderia ficar ali, perdida por horas.

- E Mel? Será que consigo ver a pequena hoje? - perguntei sem me afastar dos braços de Rafaella.

- Ela volta só mais tarde - falou se afastando.

- Hm, interessante. - falei rodeando minhas mãos na cintura de Rafaella - Então... - falei aproximando meu corpo do dela - Dá para aproveitar e matar um pouco da saudade de te beijar... - beijei sua boca lentamente - De ter seu corpo grudado no meu... - apertei meu corpo contra o dela - Sentir sua respiração ofegante quando eu puxo seu cabelo... - falei entrelaçando minha mão esquerda nos cabelos de Rafaella, os puxando para trás.

- Gizelly - foi tudo que Rafaella conseguiu falar.

- De ver sua reação quando eu beijo seu pescoço... - falei beijando o pescoço dela e passando minha língua no lugar, o que fez ela se arrepiar - De te sentir... - falei levando minha mão direita para a perna de Rafaella, que estava de vestido, passando meus dedos pela parte interna de sua coxa, os levando até sua calcinha, puxando-a pro lado e sentindo toda a excitação que tudo o que estava sendo feito causou em Rafaella, passei meus dedos no local e em seguida os tirei - De sentir teu gosto.

Me ajoelhei em frente a ela e rapidamente subi uma de suas pernas até meu ombro, levei minha mão esquerda até sua calcinha e a puxei de lado, levando minha boca até o local em sequência. Passei minha língua em toda a extensão do sexo de Rafaella, parando em seu clítoris e brincando com ele com a língua. 

Rafaella gemia baixinho, como quem temesse ser ouvida por qualquer vizinho. Meus cabelos já tinham os dedos da mão direita da loira entrelaçados em si e ela os apertava à medida que eu brincava com minha língua no local. 

Parei de brincar com a língua e comecei a chupar o clítoris de Rafaella, levando minha mão esquerda, que repousava na bunda dela, até a entrada de seu sexo pelo lado de trás, deixando meus dedos médio e anelar deslizarem pelo local antes de introduzi-los lá. 

Rafaella soltou um gemido um pouco mais alto e quase se desequilibrou quando o fiz. Continuei a chupá-la enquanto meus dedos faziam movimentos de vai e vem no sexo daquela mulher, que agora, já não controlava tanto seus gemidos.

Minutos depois, Rafa chegou ao seu ápice, junto com uma prazerosa satisfação de minha parte de ter visto os efeitos que eu causava naquela mulher. Eu estava excitada, muito excitada, mas tudo que fiz foi me levantar e beijar a boca de Rafa. 

- Tava morrendo de saudades de tudo isso - falei assim que parei o beijo.

- Eu também - falou Rafaella, ofegante e ainda se recuperando do orgasmo que acabou de ter.

Eu sorri e ela acompanhou. Em seguida pegou minha mão e me puxou para o sofá, se jogando no local com um sorriso no rosto. Eu fiquei em pé, observando a cena e vendo Rafaella sorrir. De tudo que minha mente podia pensar, a única coisa que ficou presente foi a de que de fato, eu estava amando aquela mulher.

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Notas finais

Espero que alguém continue por aqui. 

Cap sem revisão...

Desculpem a demora de séculos, mas não ando com a mente funcionando para essas coisas.

Não sei parar de te olharOnde histórias criam vida. Descubra agora