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     Gina
  Estava sentada distraída pensando na Amy, estava com tanta saudades dela, quando o Robert de repente chegou do nada.

       -Ai que susto! Nunca mais faça isso! Quer me matar do coração?

       -Desculpa, não queria te assustar. Mas é que não aguento mais, preciso ver a Amy. Vou na casa dela depois da aula. Você vem junto?

       -Com certeza. Estava mesmo pensando nela agora.

        -Sabe, sonhei com ela.- ela diz se sentando.

       -Pela sua cara não foi sonho bom.

       -Na verdade eu não sei dizer. Eu estava em um lugar diferente, um refeitório pra ser mais específico mas não aqui na escola. Parecia tipo uma prisão, sei lá. Todo mundo vestia um uniforme igual, Amy chorava e gritava num canto, mas eu só assistia aquilo tudo, eu não estava exatamente ali, não podia fazer nada para ajudar ela.

        -Será que a Amy vai pra uma clínica de recuperação?- pergunto meio assustada com a possibilidade.

         -Eu não sei. Talvez no sonho Amy estava internada, talvez tenha sido um aviso, por isso quero ir na casa dela. Ela deve estar precisando da gente.

        -Sim, temos que vê_la. Talvez o pai dela vá interna_la e se for temos que nos despedir da Amy, conversar com ela antes dela ir, ela deve estar tão mal...

    Combinamos de nos encontrar na saída no final da aula para ir até a casa da Amy.


     Charlie
     De manhã...

Acordei com gritos vindo do quarto da Amy. Me levantei do sofá e corri até seu quarto.

      -Amy, o que foi?- ela ainda gritava- Amy, acorda.- ela acordou assustada, parando de gritar- Foi só um sonho, filha.

      -Foi horrível, pai. Horrível.- ela passa a mão pelo cabelo.

      -Já passou. Está com fome? Porque não vai tomar café da manhã

    Ela concorda balançando a cabeça. Me levantei e fui para meu quarto, precisava ligar para a Carina.

        -Finalmente. E aí como foi? O que a psicóloga disse?

        -Oi, Carina. Bom, ela conversou com a Amy por quase meia hora, depois eu entrei sozinho.

        -Mas e aí? O que foi resolvido?
    
        -Vamos ter que interna_la.

        -Eu avisei, Charlie. É a melhor solução.

        -Sim, Carina. Você estava certa.

        -E já escolheu a clínica? Quando ela vai pra clínica?

        -Já escolhi a clínica com a ajuda da psicóloga, tem ótimas referências. A Voltier. Com acesso a natureza e tudo.

        -Ótimo. E quando a Amy vai pra lá?

        -A psicóloga está arrumando tudo para a internação, mas ainda não tem uma data.

       -Quando estiver tudo pronto você me informa. Quero ir junto até a clínica.

       -Tá certo. Eu aviso.

       -E como a Amy está?

       -Está tendo pesadelos quase direto, não conversa, só fica no quarto o dia todo, não anda comendo direito. Mas não está saindo de casa. Peguei um atestado com a psicóloga pra entregar na escola. Quando Amy for pra clínica vão avisar lá.

         -Que bom. Então qualquer coisa me liga. Vai me dando notícias de tudo.

         -Pode deixar. Tchau.

         -Dê um beijo na Amy por mim.

         -Claro.

   Desliguei. Fui olhar a Amy, ela tinha voltado a dormir. Então fui para a cozinha tomar café da manhã sozinho.

   

   Amy não comeu o dia todo. Passou o dia todo no quarto dormindo. De repente a campainha toca.

       -Olá, senhor Charlie!- era a amiga de Amy na porta, Gina. Ela estava junto com o ex namorado da Amy, Robert.

       -Boa tarde, senhor. Viemos ver como a Amy está.- disse educadamente o Robert.

       -Entrem, por favor.- eles entraram e eu fechei a porta.- Que bom que vieram, Amy passou o dia no quarto, talvez vocês consiga anima_la um pouco.

       -Como ela está, senhor Charlie?-pergunta a Gina.

       -Porque vocês mesmo não dão uma olhada? Podem subir até lá.

       -Desculpa a pergunta mas por acaso Amy vai ser internada numa clínica?

       -Como vocês sabem?

       -Robert teve um sonho.

       -Bom, não temos escolhas. Amy precisa de cuidados profissionais. A levei na psicóloga e já está quase pronto para a internação.

    Eles se entreolharam, pareciam preocupados com a Amy. Aproveitei pra perguntar para a Gina se ela tinha o número da mãe do Mike, precisava conversar com ela, ver como ela estava lidando com essa situação, de seu filho mais velho estar viciado em drogas também. Depois os dois subiram para conversar com a Amy no quarto dela.

Amy-O Mundo Não é Seguro (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now