cruel summer | max verstappen

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Sabe aquelas histórias que colocam seu ceticismo à prova e você passa a simplesmente achar que o destino é real? Então, uma dessas aconteceu comigo seis anos atrás

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Sabe aquelas histórias que colocam seu ceticismo à prova e você passa a simplesmente achar que o destino é real? Então, uma dessas aconteceu comigo seis anos atrás. Nunca fui a mais romântica das pessoas e nunca acreditei que existisse alguém destinado a ficar comigo andando por aí.

No auge dos meus 19 anos, eu só pensava em surfar e passar meus fins de semana em Los Angeles com minhas amigas. Nunca pensei que em uma dessas nossas fugidas de Huntington Beach eu iria encontrar Max Verstappen. É, ele mesmo. O piloto de Fórmula 1, o cara que venceu Lewis Hamilton, o campeão mundial. Ele é tudo isso. E eu sou a dona de uma loja de surfe em Huntington Beach, Califórnia.

Eu não sabia de nada disso. E Max não me contou até o nosso terceiro encontro. Na época, eu achava que ele não passava de um garoto marrento que só queria curtir. Ele era isso, e muito mais. No fundo, eu deveria saber que ele não passaria de um amor de verão, mas tudo parecia mais mágico quando tínhamos 19 anos.

O negócio com Los Angeles nessa idade, é que parece um mundo a parte. Prédios grandes, praias frequentadas por artistas, modas surgindo, holofotes e paparazzis por todo lado. Como viver em nosso próprio filme. Por isso, toda semana, eu e duas amigas, Lexi e Zoey, íamos para a cidade dos anjos no conversível velho azul piscina do pai de Zoey e tentávamos entrar nas festas que pareciam mais promissoras. Na maioria das vezes, nós falhávamos mas isso não impedia nossa diversão, alguma coisa sempre aparecia. Afinal, Los Angeles nunca decepcionava. Nas férias de verão de 2016, essa era nossa rotina de todos os dias até o dinheiro acabar.

Conheci Max em uma das noites que não consegui entrar onde eu queria. Estava esperando Zoey colocar gasolina no carro em uma lanchonete caindo aos pedaços em uma rua vazia de Hollywood. Era o que podíamos pagar. A noite estava iluminada por uma lua cheia que eu observava pela janela. Havia dois milkshakes e uma porção de fritas na minha mesa.

Escutei os dois garotos falando sobre o Playhouse Hollywood, onde fomos barradas por sermos menores de 21 anos.

— Aposto que se você deixasse a gente falar direito com o segurança, você entrava. — um deles falou com um forte sotaque francês.

— E eu disse para você ir sem mim. — o outro bufou, com um sotaque diferente que eu não fazia ideia de onde vinha. — Não entrar na Playhouse não é o fim do mundo. Amanhã podemos tentar entrar pela lista VIP, de qualquer forma.

Não estranhei a conversa. Em LA era normal jovens artistas flutuarem nas listas exclusivas, era como eles criavam seus contatos, como fingiam que eram relevantes.

— Vocês conseguem a VIP da Playhouse? — me virei, me colocando na conversa.

Lexi grunhiu ao meu lado, não queria conversar com estranhos. Ela era a mãe do nosso grupo, sempre cuidando de nós e sendo a mais responsável.

— Você está mergulhando as batatas fritas no milkshake? — o loiro com o sotaque irreconhecível perguntou um tanto chocado. Sim, eu estava. E aquela havia sido a primeira coisa que Max Verstappen disse para mim antes de mexer com todas as minhas crenças e sentimentos.

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