Capítulo 13 - Sonhos Se Tornam Realidade

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Mais um capítulo conforme prometido.Com um pouquinho de atraso.RSRS Espero que gostem.Beijos e até sábado.


Sarah

Passamos o dia na praia,vimos o pôr do sol de um mirante, depois fomos jantar no restaurante do hotel. Graças a Deus o Matheus não apareceu. Chega de confusão. O clima entre nós está bem melhor,nem parece que teve aquela briga toda por causa de uma desconfiança dele.A pessoa que me mandou as fotos não entrou mais em contato, mesmo assim ainda estou com receio do que possa acontecer.


Voltamos para o quarto um pouco depois das onze da noite.Estou muito cansada,então tomo um banho e vou dormir.


-Obrigada pelo dia de hoje.Foi maravilhoso. -  digo me ajeitando no meu lado da cama.


-De nada.Eu que agradeço.Estava precisando deixar o trabalho um pouco de lado.


-Você não vem dormir? — pergunto quando ele pega o laptop da mochila e o liga.


-Ainda não.Preciso verificar umas coisas da empresa.Daqui a pouco eu vou.


-Tudo bem,então.Boa noite.


-Boa noite.

Miguel resolve ficar acordado trabalhando um pouco. Acho que no fundo ele não quer decepcionar o pai e isso o deixa muito estressado, ele se sente pressionado em relação à empresa.


-Feliz aniversário,querida! —meus pais dizem em coro.Minha mãe me entrega uma gata branca com um laço no pescoço.


-Filha,sei que o Bruce foi seu primeiro gatinho e que você sempre vai se lembrar dele com carinho,mas essa gatinha é pra você lembrar que as coisas boas não precisam ser eternas fisicamente, basta que sejam eternas na nossa memória.


-Obrigada,mãe. — digo a abraçando.Meu pai me abraça também.


Não consigo conter as lágrimas que se formam.Lembrei do Bruce,meu gato que morreu um tempo antes.Fiquei muito triste com a perda dele,mas estava velhinho,fazer o quê.


Hoje é meu aniversário de 15 anos.Meus pais insistiram em fazer uma festa e convidar todos os amigos e conhecidos da família.Confesso que festa de debutantes não era a minha ideia de aniversário perfeito.Gosto muito de festas,sim,mas de outro tipo.


Meu avô materno mora na Espanha há anos.Minha avó morreu quando eu tinha uns 9 ou 10 anos. Quanto aos meus avós paternos,não os conheci.Morreram antes de eu nascer.


Não tive muito contato com eles ao longo dos anos,mas de vez em quando meus pais me mandavam passar férias lá.Algumas vezs Sophie também ia.Éramos inseparáveis desde a infância.Esse ano,como era de se esperar,meu avô vem para minha festa e depois vou passar um mês com ele aproveitando o recesso de final de ano. Sophie deve esquiar com os pais,então vou ter que me divertir sem ela.

***

 

-Não,Sarah.Você não pode levar a Violeta pra Espanha.Sabe que seu avô odeia gatos. — diz minha mãe pela centésima vez.


- Mas mãe, como vou passar um mês sem minha gata?Não posso ficar tanto tempo sem ela.


-Chega,Sarah. Vai terminar de arrumar suas malas. O motorista vai te levar ao aeroporto.- minha mãe fala e sai do quarto.


-É,parece que você vai ficar longe de mim por um tempo.- digo à gata,que balança o rabo e ronrona.

***

 

Estou na minha casa, não na que moro atualmente com Miguel, mas na casa dos meus pais. Meu quarto está exatamente como o deixei uns meses atrás. Minha gata, Violeta, dorme no pé da cama, mesmo tendo a dela ela insiste em dormir na minha.


Um vento frio entra pela janela trazendo um arrepio pro meu corpo. Não lembro de ter deixado a janela aberta. Levanto-me para fechá-la. Violeta continua dormindo profundamente. Nada abala o sono dessa gata.


Fecho a janela e vou ao banheiro.Quando volto Violeta não está mais dormindo na minha cama.nem em lugar nenhum que eu possa ver.Como está escuro e estou com muito sono deixo pra lá.Ela adora se esconder.Vejo que esqueci de apagar a luz do banheiro,então volto pra apagar.Deito-me na cama e percebo que os lençóis estão um pouco molhados.Acendo o abajur e vejo que não é água e sim sangue. Mais para o pé da cama o corpo sem vida da minha gata repousa, paciente e sereno.


-Sarah! Sarah,acorda,meu amor. —ouço uma voz ao longe me chamando.


-Não,não.- lágrimas escorrem dos meus olhos.Não consigo abrir os olhos.Ainda estou presa no sonho de minutos antes.


-Ei,shhiii. Tá tudo bem. Você só teve um pesadelo. Sou eu, Miguel. — reconheço a voz e abro os olhos.


Olho pra ele atentamente enquanto ele limpa minhas lágrimas gentilmente como polegar.


-Sonhou com o que? —ele diz acariciando meu rosto.


-Com a Violeta.Primeiro quando eu a ganhei de aniversário,depois às vésperas de uma viagem e por fim sonhei que ela estava morta na minha cama.Foi horrível,havia sangue pra todo lado nos lençóis — falo e ele engole em seco.As lágrimas voltam com toda força ao relembrar a cena.


-Calma,querida. Quer que eu pegue um copo d'água?


Balanço a cabeça afirmativamente. Em pouco tempo ele volta com a água.Miguel se senta na cama de frente pra mim. Bebo alguns goles e coloco o copo na mesa de cabeceira. Ele corre os dedos pelo meu cabelo.Quando dou por mim o estou beijando com paixão e um pouco de desespero.Ele corresponde.Não quero me permitir me apaixonar por ele,mas me entrego ao momento por enquanto.

O AcordoWhere stories live. Discover now