twelve

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Acordo sentindo o braço de Serkan a minha volta, enquanto uma de suas mãos está segurando um dos meus peitos. De alguma maneira durante a madrugada, nos mexemos no sofá e agora estamos deitados em uma conchinha limitada pelo pouco espaço. 

A lembrança do que conversamos e fizemos começa a preencher minha mente e eu não tenho palavras para descrever o quão bom foi tê-lo pra mim. A maneira como ele me beijou, como foi sincero com o que estava sentindo, como me tocou... absolutamente tudo foi perfeito. 

Nunca pensei que sexo poderia ser assim, por mais que literalmente eu tivesse lidado com isso nos últimos anos. Já li sobre a força da atração, já vi filmes que contam sobre como é, já tive homens me desejando, mas nunca senti realmente que essa parte da vida fosse uma opção para mim. Mas então Serkan entrou na minha vida... se com apenas os seus dedos eu senti tudo o que senti, não consigo imaginar como isso pode melhorar. 

Tento me mexer um pouco para tentar me levantar, porque sei que daqui a pouco Pırıl irá aparecer e nós iremos sair, mas o aperto de Serkan torna isso impossível. Em uma de minhas tentativas acabo sentindo o quanto ele está duro, enquanto ele ainda dorme profundamente. Serkan disse que a noite era apenas sobre mim, que ele queria levar as coisas devagar, mas eu não posso evitar achar injusto que ele fique na mão quando ele fez eu experimentar uma das melhores sensações. 

Durante minhas novas tentativas de sair, Serkan aperta meu quadril, me firmando no lugar, fazendo eu sentir sua ereção tocar minha bunda de novo.

— Esses seus movimentos estão me deixando louco, Eda — sua voz soa grossa pelo sono interrompido — Porque você quer tanto sair daqui? Ainda é muito cedo.

— Eu preciso usar o banheiro — explico — E também vou sair com Pırıl, fiquei de acompanhá-la no centro da cidade, é bom que assim eu conheço um pouco do lugar.

Me sinto um pouco culpada por ocultar meus verdadeiros planos nessa manhã com a Pırıl, mas eu não quero assustá-lo ou algo do tipo. 

— Você teve um único dia com eles e já confessou estar apaixonada por Can, e agora até se tornou amiga da Pırıl — ele me vira de frente pra ele — Você nessa cidade será um perigo, já vejo uma fila de rivais se formando para competir comigo.

— Não seja idiota, Serkan.

— Mas não posso julgá-los, não é? Eu sei o quanto você é irresistível — e ele tenta me beijar, totalmente pego de surpresa quando viro meu rosto.

— Hálito matinal — explico, aproveito a sua distração e pulo do sofá. 

— Ah não, venha aqui, eu preciso do meu beijo de bom dia. 

— Sem beijo por agora, vou pro quarto tomar banho, não quero deixar Pırıl esperando — sopro um beijo para ele e subo as escadas antes que eu desista de tudo e volte a deitar com ele no sofá.

Meu banho é bem rápido, sei que Pırıl é bem organizada com o seu tempo e provavelmente surtaria com um atraso meu. Agora estou frente ao espelho do banheiro, penteando meu cabelo e pensando como diabos eu vou cobrir a leve mancha arroxeada que Serkan deixou no meu pescoço, não tenho roupa ou maquiagem para isso.

— Tenho como te convencer a não sair? —   o causador do meu problema abre a porta do meu banheiro vestindo apenas o short do seu pijama —  Essa casa vai ficar insuportável sem você. 

— Lide com isso, Serkan Bolat — respondo o olhando através do reflexo do espelho — Mas eu não vou demorar muito. 

— Você sabe que eu estou brincando, não é? — ele pergunta se aproximando de mim — Eu fico muito feliz que meus amigos gostem de você, Pırıl e Engin são pessoas importantes pra mim, eu não queria ter que brigar com eles, então é bom que vocês se gostem. 

A Crying DiamondWhere stories live. Discover now