A mesa estava diferente. Era mais comprida do que larga e as cadeiras haviam sido trocadas por um sofá vermelho logo à frente da janela.
- Não fui eu que arrumei a mesa. - Explicou Bianca. - Assim que você saiu, eu fui tomar banho e quando voltei estava assim! -
- Eles são espertos. - Disse Maria Eduarda.
- E não nos deixam esquecer os detalhes. - Disse Bianca. - Esse vestido estava no meu armário com um bilhete de "use-me". Quase me senti como a Alice no País das Maravilhas. E isso apareceu na geladeira. -
E lhe entregou um bilhete pequeno, tipo Post-It, preenchido com a letra floreada já conhecida:
Esse não é qualquer jantar, minhas queridas é o jantar romântico! *-*
Vocês têm que dar comida na boca uma da outra, dividir o mesmo morango da sobremesa que está na geladeira e beber na mesma taça.
Att,
Gabriela Mag (Presidenta da Worldwide Scientists Corporation).
- Isso vai ser constrangedor. - Disse Maria Eduarda.
- Não tenho nem dúvida. -
- Além de idiota. -
- Claro. - Concordou Bianca, se sentando no sofá. - Principalmente por ter que fazer isso com você. -
Maria Eduarda se sentou do lado dela, que fez um pequeno gesto e abriu a tigela em cima da mesa. E o jantar era...
- Espaguete! - Exclamou Maria Eduarda, sorrindo como uma criança, enfim reconhecendo o cheiro.
- É. - Assentiu Bianca. - Eles marcaram essa página do livro de receitas. -
- Sério? -
- Aham. Estava escrito "Maria Eduarda gosta". Eu estava pensando em fazer camarão, mas... -
- Não diga mais nada. -
- Vamos acabar com isso logo? - Perguntou Bianca.
- Quando você quiser. -
Maria Eduarda serviu Bianca, apreciando o cheiro. Os pratos já servidos, as duas se olharam.
- Humm... - Começou Maria Eduarda. - Você me serve a comida e eu te sirvo o vinho da minha taça. -
- Por que você escolhe? -
- Porque eu quero. -
- Tomara que esteja bem quente e queime a sua língua. -
- Claro que não. Você vai esfriar minha comida romântica e apaixonadamente. - Disse Maria Eduarda.
- Como é? -
- Bianca, é um jantar romântico. Pessoas apaixonadas não querem exatamente queimar a língua uma da outra. -
- Não estamos apaixonadas. -
- Longe disso. - Disse Maria Eduarda, parecendo enjoada com a ideia. - Mas encare isso como se fosse um teatro. Então, por favor, esfrie a minha comida um pouquinho, para não queimar a minha preciosa língua. -
- É inútil. - Sugeriu Bianca, embora mexesse a comida no prato para esfriá-la.
- Como se você nunca quisesse ter me beijado. -
- Acho que deixei isso bem claro ontem à noite. -
- Puro teatro. -
- Você acha? -
- Claro. Você está se fazendo de difícil. -
Claro que aquela era uma das maiores mentiras que Maria Eduarda já havia dito, afinal a repulsa e a insegurança de Bianca foram bem explícitas na noite anterior, mas era divertido provocá-la.
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The Experiment
FanfictionUm milhão de dólares, esse era o valor do prêmio que a maior rede de cientistas do mundo estava oferecendo para duas pessoas que fossem escolhidas para fazer parte de um experimento social. Esse experimento se baseava em colocar duas pessoas de pers...