O Que Dá ao Juntar Gula e Encrenca... Amor Bandido, Ou Amor Verdadeiro?

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     Encrenca olhou pra trás ao ouvir o baque surdo de uma porta ser fechada. Guloso olhou pro início do corredor e sorriu...

     _ Parece que nos deixaram a sós.

     _ Você quer dizer... Graças a Deus que nos deixaram a sós, né?

     _ Por que essa pergunta, Encrenca? Não gosta da turma?

     _ Tá louco em dizer isso, Gulosinho? Eu adoro esses caras, mas... Tava louco pra ficar contigo... Sozinho... De preferência. 

     _ E você pode me dizer o porquê?

     _ As vezes, Gulosinho, eu tenho quase certeza que você adora me provocar até o meu limite e só muito tempo depois me recompensar de alguma forma. Vamos deixar de embromar e entrar logo. 

     _ Tá doido? E se verem a gente juntos... E dentro do meu quarto???

     _ Juro que vou adorar saber que todos eles sabem que eu tô luco por você, e que você também adora o Encrencão aqui. Deixa eu entrar vai...

     Guloso abriu um largo sorriso e deu passagem ao seu Encrencão. O garoto mais forte e maior entrou voando no quarto e a porta foi finalmente fechada. Mal Guloso trancou a porta e virou pra ver o amado quando sentiu seu corpo ser colado ao do garoto que desde sempre entrara na sua mente e vida, desde o primeiro momento que o viu lá no corredor do São Paulo com a língua pra fora, e de imediato soube que ele o ajudaria a viver muita coisa boa.

     _ Louco pra beijar você, sabia? Falou Guloso já virando o boné que Encrenca usava desde sempre.

     _ Então aproveita que eu também tô louco pra matar minha fome dessa boca...

     Os dois entraram em sintonia e Guloso se moldou lentamente aos lábios cheios e macios do amado. Encrenca o invadiu com sua língua pesada e áspera e se deixou chupar pelo tempo que os dois quiseram. 

     Sempre que entravam em sintonia, e isso já vinha acontecendo desde antes do final das férias do meio do ano quando Guloso foi praticamente intimado pra viajar com os pais em mais uma viagem em família e bateu o pé alegado que já tinha combinado com sua turma para viajarem para um acampamento só para jovens em Ponta Azul, que os dois procuravam estar sempre juntos, fazer tudo juntos e se isolar quando desse para poderem dar vazão ao desejo intenso que os fazia pirar e querer cada vez mais das emoções e sentimentos que só eles sabiam despertar um no outro. Os momentos de intimidade entre os dois era algo mágico que ficava gravado na mente e no corpo de cada um. Guloso era faminto e Encrenca adorava ser explorado - no bom sentido - pelo amado.

     A Falta de ar fez com que o belo Loirinho deixasse seu fortão respirar Encrenca sentiu a íngua do amado deslizar sobre a sua e log em seguia o lento afastar dos seus lábios. Assim que os dois se olharam...

     _ Não sei se vou aguentar guardar nosso segredo por mais tempo, Gulosinho. E acho que você ao se revelar pra turma, me deu uma excelente oportunidade pra fazer o mesmo e dessa forma a gente vai poder viver livremente, e em paz, o que sentimos um pelo outro.   

     _ Não sei se você fazer o mesmo que eu fiz, meu fortão, vai ser uma boa. Esqueceu de uma coisinha meio complexa e preocupante chamada... Sua família?

     _ Você sabe como sou, Gulosinho, e não serão eles que me farão desistir de você e do que poderemos viver daqui até  fim. Eu tô tão certo do que quero, que se eles torrarem minha paciência, ou mandarem eu desistir de você, sou capaz de brigar com todos eles... E com qualquer filho da puta que ousar me afastar de você.

Rua dos RamalhetesDonde viven las historias. Descúbrelo ahora