Minha Alma Gêmea

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A família agora toma café juntos em fraternidade ao redor da mesa.

Héctor até ajudou a preparar as panquecas e os mistos das meninas para elas levarem na lancheira para merendarem na escola.

Elas vão de ônibus e conversam durante o trajeto.

- O que está desenhando? - Elizabeth pergunta de Lilian ao vê-la com um caderno e um lápis a rabiscar algo.

- Várias coisas. - Responde.

- Posso ver?

- Pode. - Diz e mostra a ela as páginas, onde havia em cada uma, um desenho diferente como: uma rosa, um coração, uma paisagem e um rosto de pessoa.

- São muito lindos!

- Obrigada. - Sorri - Eu descobri que sei desenhar várias coisas!

- Já imaginou você expondo suas artes em uma galeria famosa na França?!

- Também não é para tanto.

Elizabeth sorri para a irmã e olha pela janela a paisagem ficando para trás.

Na escola houve prova surpresa de História, o que quase deu um pirepaque nos alunos.

Ao fim dela todos aproveitaram o recreio. Uma menina do time de futebol feminino veio até a mesa onde elas estavam.

- Com licença meninas, mas é o seguinte: Está faltando uma pessoa para substituir uma jogadora de futsal para os jogos de interclasse feminino. Conhecem alguém ou alguma de vocês sabe jogar?

Elas olharam uma para a outra e Elizabeth respondeu olhando para o esmalte das unhas:

- Isso não é comigo.

- Poxa, que pena... E você, Lilian?

- Ah, eu não sei jogar muito bem.

- Mas nem se treinar? Não precisa ser profissional para entrar no time. Se não encontrarmos alguém para ocupar a vaga, nossa escola será desclassificada e não participará do torneio esse ano, o que não queremos que aconteça.

- Mas nossa escola sempre participa dos torneios! - Elizabeth relembrou-se. - Deve ter alguém que queira jogar.

- Já perguntei de todo mundo e ninguém quis.

Lilian pensou por um momento e disse:

- Nesse caso, eu posso jogar.

Elizabeth olhou para ela impressionada com a decisão repentina da irmã.

- Ótimo! Compareça com o diretor do time daqui a quinze minutos na quadra. Vou avisar ao time que você aceitou. Com licença. - Ela diz e vai embora.

- Vai mesmo jogar?! - Elizabeth lhe pergunta sem acreditar.

- Vou. Eu não sei jogar muito, mas vou treinar bastante para não decepcionar o time e impedir a nossa escola de ficar fora dos jogos.

- Quero te ver salvando o time da nossa escola, então!

Lilian então, passou a treinar com o time e deu o melhor de si para estar apta para jogar.

Ela treinava no quintal de casa e armou uma trave improvisada de estacas de madeira enfiadas no chão para fazer os gols.

No dia do último jogo vários alunos lotaram as arquibancadas para assistirem ao jogo de futsal. O dia estava agradável e Elizabeth ficou com as meninas da equipe de torcida para animarem o jogo.

Quem iria jogar era o time de casa contra o time de outra escola, que já havia ganhado torneios anteriores. O time que vencesse neste jogo decisivo, iria ganhar o troféu e as medalhas.