Ceda o controle a mim

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CAPÍTULO 37

                 Liz



Pelos deuses, Eleanor estava incrivelmente bela. Usava uma calça jeans preta e uma regata desbotada da mesma cor, seus cachos esvoaçam junto a leve brisa da noite e em seus lábios, levava um batom vermelho matte que a deixava mais irresistível ainda.

Estava linda como o céu em dia de verão.

Eleanor continuava sendo muito perigosa para Liz. E tinha medo de deixá-la entrar por completo em seu coração, como fizera uma vez, e sabia perfeitamente quão bem lutava Eleanor com o interesse feminino. Era uma sedutora consumada, que a deixa sempre sem palavras, sem defesas e sem argumentos que lhe remetia a ideia na cabeça de que deveria afastar-se dela.

A maldita era como um ímã, que atraía para si tudo aquilo que desejava.

Entretanto, Lizandra já havia decidido, não se deixaria entregar-se tão facilmente a Eleanor. Tinha tomado muitas decisões precipitadas na vida e não arriscaria fuder com sua vida novamente. Então, se a empresária realmente a quer, ela que corra atrás.

Assim seria.

Só havia um pequeno obstáculo a frente: resistir a ela.


– Boa noite – saudou a todas com um sorriso animado.

– Hum... é.... – Zoe pigarrea incomodada pela forma intensa que Eleanor secava Liz, sem dar a mínima para sua existência e das demais.

– Ah sim! – se recompôs rapidamente e dirigiu-se a aniversariante – Feliz aniversário, Zoe – a abraça logo entregando o presente – Desculpa o atraso, eu tive um imprevisto no caminho.

– Sei... – a analisa desconfiada – Cadê a Lu e a Ayna?

– Já vem – diz e descansa as mãos nos bolsos de sua calça – Foram ao banheiro primeiro.

– Tá bem – sacode a caixa grande do presente e olha para Fernanda, a induzindo – Amor, pode guiar nossas convidadas na frente – faz uma careta maliciosa e caminha na direção oposta – Eu vou guardar os presentes, e logo levo os demais convidados.

– Como quiser – concorda numa piscadela.

                                

Cerca de trinta minutos depois, todos os convidados estavam em uma espécie de porão, mas não se engane o lugar era aconchegante e bem espaçoso por sinal.

Era uma mistura de bar e masmorra, tudo em tonalidades escuras e amadeiradas também, em um espaço reservado havia vários sofas e pufs espalhados, já nos demais ambientes a depravação e perversidade se fazia presente – Eram floggers, chicotes, facas e adagas, cordas, velas, plugs entre outros objetos e acessórios pendurados e guardados em prateleiras –Tudo minuciosamente organizado e muito bem preservado.


– Pessoal, aqui! – Zoe estala os dedos chamando a atenção dos convidados em cima de uma cadeira – Hoje vamos jogar um jogo chamado... – fez uma pausa e tremelicou os dedinhos – O macaquinho mandou!

– Fala sério – Ricardo murmura reclamão ao meu lado.

O médico havia mudado, exceto seu cabelo que continuou grande e muito bem cuidado, embora, agora grande parte do seu rosto carregasse piercings – no septo, labios, maçã do rosto, sombrancelhas – Parecia um integrante de uma banda de rock ou de uma seita satânica, mas sua áurea intimidade e sombria permanecia intacta.

– Oi Ricardo – o cumprimento com um aperto de mão.

– Boa noite, Lizandra – diz galante – Bem vinda de volta – Acende um cigarro.

Save Me (Romance Lésbico) - REVISÃO Where stories live. Discover now