- Cadê Alberto? - entra na cozinha vendo somente Tomás mecher no celular
- Saiu, disse que voltaria daqui a pouco - fala olhando para o celular
- eu não entendo Alberto, sinceramente Tomás
- Relaxe Miguel - desliga o aparelho olhando para ele - Você não precisa se importar com ele. Agora vem cá me diz como foi lá com a garota
- isso fica só entre eu e ela Tomás, Marisa não é como as outras
- aê ta gamadão mesmo hein.
- vem cá você não tem mas o que fazer do que está enchendo meu saco?
- tenho. Recebi um convite para uma festa
- vai engravidar outra?
- ai eu não engravidei aquela garota!
- Você mesmo disse que o filho era seu
- e se for? Que se dane.
- não tem essa que se dane Tomás! Faça seu papel e assuma essa criança. Pensa em como será bom você sendo um pai presente.
- ah Miguel isso não é pra mim amigo.
- Você não merece essa criança Tomás, Tomara que ela encontre alguém melhor e mais homem que você que assume essa criança
- Você fala assim porque não é você nessa situação.
- que situação Tomás? Que é você não pode assumir essa criança por não ter condições? Você é um advogado cara! Olha Tomás... - olha para ele que o ignorava olhando para celular - uma criança crescer sem a presença do pai é muito triste, ser ignorada é pior ainda
- quem está abondando e ignorando aqui Miguel?
- Você! Você está praticamente abondando essa criança e a ignora já na barriga da mãe dela. E isso é vergolhoso para você Tomás que abria sua boca me dando lição de moral
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- posso saber onde a mocinha estava? - fala vendo ela entrar fechando a porta
Ela o ignora tentando passar por ele mas ele a impede a pegando pelo braço
- onde você estava Marisa!
- me larga, você está me machucando
- onde esteve que não estava na casa de nenhuma das suas amigas? Sua mãe ligou para cada uma delas e elas não sabia de você, sua mãe estava preocupada sabia?
- eu não sou mas uma criancinha para estarem preocupados com que horas saio e que horas chego
Sai dali e subindo para seu quarto e vendo Dona Creide que já estava saindo mas para vendo ela entrar
- onde você estava menina?
- por ai - deita na cama
- por ai Marisa? Seus pais estavam preocupados com você, estava com ele? - pergunta a ela que balança a cabeça afirmando e sorrindo - e... o que estava fazendo que demorou tanto?
- eu tenho mesmo que te explicar? - sorri de lado para ela que logo entende e larga os produtos de limpeza que segurava
- Você e ele? - faz um gesto para ela que rir confirmando - e como foi? - senta ao lado dela, me conta tudo
- Dona Creide! Isso é algo íntimo, não posso contar detalhes
- mas só me diz... foi bom? Ele tem pegada forte?
- foi bom Creide, nunca pensaria que podia sentir uma sensação boa como essa
- que sensação Marisa? - entra Sônia ficando a frente das duas com os braços cruzados - Creide sai daqui que quero falar a sós com minha filha
- vai Dona Creide - toca o ombro dela - depois nos falamos - ela obedece saindo do quarto
- quer dizer que minha filha está com segredinhos com a empregada?
- ela me entende e se torna mas presente que você nisso
- olha como você fala comigo Marisa! E me diga onde você estava que só chegou a essas horas!
- estava por ai, estava passeando. Não posso?
- que... - toca no pescoço dela - que mancha é essa? Marisa é melhor você me contar a verdade, estava com alguém?
- Aaaah que exagero. O que você está pensando? Acharia mesmo que eu sairia com alguém noiva de Víctor? Mãe podemos conversar amanhã? Estou cansada e com muito sono.
Pela manhã
Marisa
Estava sentada no banco da praça quando sinto alguém sentar ao meu lado. Tentava não manter contato visual com ela ou ele e olhava apenas para frente para as pessoas que passava
- Marisa?
Olho para o lado quase gritava quando o vi na minha frente, nunca passou pela minha cabeça o encontrar e que eu pudésse-mos está assim tão pertos um do outro mas uma vez
- Você ainda continua do mesmo jeito - sorria para ele que tocava meu rosto - ainda continua linda. Sabia que um dia te encontraria de novo
- Eu não imaginava te ver novamente Théo - tocava o braço dele
- é eu tive que vim pra cá, entrei em uma faculdade e também estou trabalhando. Sabia que não era só você me prendia aqui
- Faz faculdade de quê? - tirava devagar sua mão de meu rosto
- medicina.
- nossa, você sempre gostou desse tipo de coisa né?
- Sabe Marisa... durante todo esse tempo... você nunca, nunca saiu da minha cabeça. Lembro ainda de nós dois no Jardim de sua casa...
- Théo... - respirava fundo olhando ele
- a gente namorava escondido de seu pai. Lembra?
- É eu lembro - sorria para ele com um sorriso forçado.
- o seu sorriso...
- o que tem meu sorriso?
- ainda continua também o mesmo. Realmente nada em você mudou
Posso não está sentindo nada mas por Théo mas em minha mente veio a tona as coisas que fazíamos e quando nós dois estávamos só no Jardim de casa... Caio como sempre sabia de tudo, nunca contou a ninguém sobre isso (até porque Théo e Caio eram amigos, e foi através de Caio que me apaixonei por Théo) mas agora... agora não sei o que sinto por Théo. Estava nervosa ali ao lado dele, ele estava tão bonito e diferente...
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- vai sair? Não estava hoje de folga? - pergunta Alberto vendo ele já saindo
- tenho uns documentos para entregar. Até daqui a pouco - sai fechando a porta.
Chegando próximo a Praça Miguel se encontra com um dos homens que procurava
- ah já estava indo até sua casa
- desculpa a demora é que são tantas coisas para fazer que acabei me esquecendo. Mas estão todos aqui
- obrigado Miguel - pega os papéis da mão dele - e não precisa pedir desculpas. Você é um homem ocupado eu entendo. Me acompanha em uma bebida? Eu pago
- eu adoraria seu Raul. Mas vou dar uma voltinha na praça
- ah sim. A Praça hoje está animada, mesmo estando ainda de manhã
Continua...