Capítulo 16

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"Espero encontrar-te por aqui,
Em alguma rua dos sonhos.
É uma grande alegria prender-te
Com minhas pálpebras enquanto durmo."

—James Sabines

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—Você gostou? —me pergunta Sven nas minhas costas.

—Sim isso está perfeito—digo emocionada.

—Deveria ficar com ciúmes de uma pintura? —me pergunta levantando uma sobrancelha.

—Não seja tonto—digo sorrindo e fico de ponta de pé e dou um casto beijo no canto da sua boca.

—Ainda bem—diz ele divertido.

Sinto quando ele pega na minha mão, e coloca sobre uma pequena assinatura que tem no quadro  escrito P.S.

—O que é P.S? —pergunto confusa.

—O que você acha? — diz apontando na sua direção e revirando os olhos.

—Mentira—digo incrédula.

—Que? Você acha que eu não sou capaz de pintar isso novamente? —diz sorrindo, e se aproxima da minha boca.

—Não é isso, só não sabia que você pintava—digo ainda em estado de choque vendo as iniciais do seu nome escrito no lenço—Quero que você me pinte algum dia—digo olhando na sua direção.

—Claro, quando você quiser—diz colocando uma mecha de cabelo atras da minha orelha—Mas no dia que isso acontecer quero que você use essa mesma calça—diz com um sorriso malicioso.

—Você é um maldito depravado—digo sorrindo.

—Vem vamos subir—diz pegando na minha mão.

Olho a escada com horror, já que está tão enferrujada que me dá medo que se desfaça enquanto a subimos.

—Eu não vou subir nisso—digo caminhando em direção contraria.

—E como você pretende subir gênia? —diz com sarcasmo.

—Sven, não deveríamos nem estar aqui, isso obviamente não deveria ser utilizado—digo apontando a escada.

—Não me diga que você está com medo?

—Eu não esto...

—Covarde—diz interrompendo minha frase.

—Idiota—digo irritada—Vai então você sobe primeiro.

—Você primeiro.

—Não me diga que está com medo?! —digo cruzando os braços.

—Não me entenda mal, eu não estou com medo, digamos que se eu subo depois de você terei uma vista maravilhosa—responde, e vejo como seus olhos viajam em direção a minha calça.

—Maldito pervertido.

—Pensa pelo lado positivo se você cair, eu vou estar aqui embaixo para te segurar—diz enquanto levanta e abaixa as sobrancelhas divertido.

—Isso não tem nem um lado positivo imbecil.

—Auch... como você é cruel—responde fazendo beicinho, desvio meus olhos para a sua boca a que quero beijar desde que a vi por primeira vez.

—Deus, em que me fui meter—digo mais para mim que para ele.

Subo os degraus com cuidado para não me machucar, paro no último degrau, o vento levanta meu cabelos desarrumando, fecho os olhos e sinto o ar gelado tocar meu rosto, encho meus pulmões de ar e me sinto totalmente relaxada, mais sou interrompida por Sven, reclamando alguma coisa.

Meses ao seu lado PortuguêsWhere stories live. Discover now