Chantagem

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CAPÍTULO 38


– Então comecemos – o homem busca uma caixa dourada – Vale ressaltar que, a dupla do grupo vencedor tem uma vantagem – relembra a todos – Agora tenho em minhas mãos, o desafio de vocês quatro – balança o objeto quadrado – Zoe, fac....

– Macaquinha! – a aniversariante o corrige rapidamente.

– Me perdoe – lamenta – Macaquinha, faça as honras.

O guardião estende a caixa dourada em direção a Zoe, e a mesma retira de dentro do objeto mais uma carta que com toda certeza deixou todos mais ansiosos ainda.

– Role Play! – grita o guardião, ao revelar a carta a todos os presentes no cômodo.

Lizandra pôde ouvir o suspiro de alívio de Eleanor, a mulher estava se remoendo por dentro por estar tão vulnerável daquela forma, embora fosse só por alguns minutos, ainda assim, a empresária sentia como se uma lâmina afiada de faca estivesse posta em seu pescoço, nunca esteve tão exposta daquele modo. Porém, de todos os possíveis piores cenários que pensaram ambas as mulheres, a escolha deste, as deixaram muito mais aliviadas, bem, pelo menos uma delas, Lizandra.

– Está com medo, amor? – Liz a provoca com um sorriso debochado nos lábios.

– Vá se fuder – sussurra entredentes, mau humorada.

– Que submissa mais boca suja – afaga a cabeça de Eleanor e eleva seu queixo, finalmente a encarando – Será que eu precisarei lavar a sua boquinha com sabão?

– Você não seria louca – se afasta do toque de Lizandra, impassível – E ainda é nova no ato de dominar, creio que nem consiga disferir uma chibatada direto – zomba, insolente.

– Sabe de uma coisa... – agarra alguns fios dos cachos de Eleanor e os puxa, fazendo a mulher tombar a cabeça para trás – Eu odeio que me subestimem, e infelizmente neste exato momento você me deixou fula da vida – espetou arisca. Essa atitude debochada não a agradava – Então, se até o fim do desafio quiser me ver sendo receptiva com você, terá que manter essa boca fechada e fazer o que eu digo. Entendeu?


Era a segunda vez em seus 33 anos, que Eleanor sentiu-se intimidada por uma mulher. Seu coração batia desenfreado e sentia seu sangue fluir a toda velocidade em suas veias, tudo que queria fazer naquele momento era xingar, gritar e dar uma lição naquela tentação de mulher que mexia com todo seu ser, por tratá-la daquela forma. Mas não o faria, Lizandra teria o que merece em breve.

Contudo, como conseguiriam fazer dar certo se só faltava se atracarem uma com a outra?

Eleanor conhecia Lizandra e sabia o tipo de submissa que era; Por isso a chocava que a mulher insinuasse que ela sofreria tanto, quando era a outra quem se entregava sempre. A fim de acabar com aquela ceninha, apenas concordou com um aceno positivo de cabeça.


– Parece que as coisas já começaram a esquentar deste lado – o guardião diz empolgado ao olhar para Liz e Eleanor– Mas agora, preciso que todos e todas prestem atenção as regras do desafio – comenta seriamente – As duplas terão dez minutos cada para montar e apresentar uma encenação de Role Play – explica o homem de voz profunda – Após as apresentações, os três guardiões junto a macaquinha – apontou para cada membro presente no cômodo em que citou – Avaliaremos e escolheremos a dupla e o grupo vencedor para seguir nos demais desafios.

– E o que acontece com o grupo perdedor? – Luana pergunta intrigada.

– Terão que passar por um outro desafio escolhido pelos guardiões – explica Fernanda – E se não passarem neste desafio também, estarão desclassificados.


Save Me (Romance Lésbico) - REVISÃO Where stories live. Discover now