Um degrau de cada vez

6.5K 424 134
                                    

Volteiii! Espero que não tenham sentido muita saudade!

Aproveitem o cap, deixem os biscoitos, e não me esperem de volta tão logo hahaha

*___________________*______________*

- Olha quem chegou e está pisando em território francês!

Já abrindo os braços para receber um abraço da mulher mais baixa, Gattaz abriu também um sorriso, largo e sincero, de quem estava tão feliz que nada poderia abalar seu humor. De fato, quando ela puxou a amiga, Fê Garay, para um abraço, ela deu pouca importância para o fato de que elas estavam no meio do lobby do hotel onde estavam hospedadas. Fê estava lá desde o começo das competições, e Gattaz havia chego a poucas horas e havia se instalado no quarto primeiro antes de descer para encontrar a amiga de longa data.

- Cadê meu croissant? – Gattaz brincou, o que causou uma risada gostosa da outra mulher.

- Oi, Ca! – As duas se separaram em seguida. - Como foi de viagem?

- Tranquilo. Dormi pouco, mas foi bem tranquilo. – Gattaz costumava dormir bem melhor em viagens. Na verdade, ela era uma das poucas pessoas que podiam pegar no sono cinco minutos depois da viagem começar, mas suas costas, ela precisava admitir, já não eram mais as mesmas e era difícil achar uma posição confortável quando suas pernas compridas demais ficavam praticamente esmagadas na poltrona da frente. - E como cê tá?

- Bem. – O sorriso de Fernanda, grande e tão bonito, ainda não havia diminuído, e Gattaz se deu conta do quanto sentia falta da convivência diária com a ex-jogadora. Não havia tempo ruim com a mulher, e estar perto dela era sentir uma energia positiva constante. - Com saudade de casa só.

- O pequeno deve estar botando o terror lá, - Carol comentou, se referindo ao filho de Garay, agora com dois anos. A ex-ponteira da seleção havia realizado seu sonho de ser mãe e, após um período de adaptação, havia transacionado para a vida de repórter esportiva depois que o filho, Heitor, completou um ano.

- Nem me fale. – Garay sorriu mais ainda ao falar sobre o filho, e seus olhos quase se fecharam com o movimento. - O pai dele mandou um vídeo dele ensinando as cores pra ele e eu tô morrendo de medo dele aprender errado. – Assim que terminou de falar, Fê soltou uma risada alta, e Gattaz não conseguiu definir se ela estava brincando ou apenas rindo de nervoso.

Balançando a cabeça para si mesma, a central declarou: - Só você mesmo, Fê. – Ela olhou em volta em seguida, notando que haviam poucas pessoas por ali, mas que o restaurante do hotel estava aberto para receber as pessoas para o almoço, apesar da hora já meio avançada da tarde. - Eu tô morrendo de fome. Bora ali pro restaurante que a gente bota os papos em dia enquanto come.

Depois que a outra mulher concordou, elas andaram a passos lentos até o restaurante, conversando enquanto iam. Elas se sentaram em uma mesa no canto, fizeram seus pedidos, inclusive de uma taça de vinho para cada, e retomaram a conversa em seguida.

- E aí, como estão as coisas em BH? – Fê perguntou.

- Uma correria que só, pra falar a verdade. – Gattaz suspirou e ergueu a mão para coçar um ponto atrás da orelha. Ela havia viajado para Paris sabendo que deixaria algumas coisas para resolver paradas até ela voltar, e isso causava um pouco de estresse só de lembrar, mas ela havia prometido para si mesma que iria aproveitar a viagem e não ficar pensando nessas coisas. - Eu tô tentando acertar um monte de detalhes antes de ir pra Itália. Tem a fazenda, umas outras propriedades, e meu apartamento que eu preciso deixar nas mãos de alguém. Tem o Instituto também que eu vou deixar nas mãos da Sheilla enquanto eu estiver fora. Tem a lancha que eu não sei o que vou fazer com ela, - a central listou. - Enfim, são muitos detalhes que vão surgindo. Parece que resolve uma coisa e aparece mais quinze.

Life Goes OnWhere stories live. Discover now