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Sarah Bantley

Pela milésima vez, os malditos mosquitos me picavam, e deixavam minha pele vermelha e coçando. Eu não aguentava mais.

Me arrependi de ter vindo nesse acampamento.

Kyan tentava ler o mapa, mas como é burro não tinha a minima idéia da onde nós deveríamos ir.

— Me da isso aqui. — peguei da sua mão com um pouco de brutalidade o mapa que nos entregaram.

A atividade começaram hoje, e a primeira foi fazer trilha. Separaram em duplas e deram um mapa para cada dupla, e depois de seguir o mapa direito, iríamos chegar em um campo de acampar. Por isso levávamos nossas barracas enroladas nas nossas costas, assim como uma mochila enorme com coisas básicas de sobrevivência.

E a diretora decidiu colocar eu e Kyan juntos para fazer a trilha, porque na mente dela, isso vai fazer nós dois nos darmos bem.

Iludida.

— Vai lá, sabe tudo. — disse Kyan com ironia, me fazendo revirar meus olhos.

Virei o mapa algumas vezes, tentando entender o caminho que deveríamos fazer. Olhei para as diversas trilhas, e depois voltei meu olhar para o mapa várias vezes, até que entendi qual deveríamos seguir.

— Por aqui. — eu disse começando a andar e senti Kyan me seguir.

Conforme andávamos mais, dava para ver que envolta da trilha ficava cada vez mais cheio de árvores e arbustos.

Tínhamos duas horas até chegar no acampamento antes de escurecer, e só de pensar em andar por dias horas eu tenho vontade de me jogar de algum lugar bem alto.

— Espero que você saiba para onde está nos levando. — escutei Kyan falar atrás de mim.

— Eu não sou burra como você, é claro que eu sei para onde estamos indo. — eu disse olhando para o mapa e para a trilha que estávamos seguindo.

— Espero mesmo, eu não quero ficar aqui no meio do nada quando escurecer. — escutei ele e eu abri um sorriso, virando um pouco minha cabeça para trás para poder olhar para ele.

— Tem medinho de escuro, é? — perguntei com sarcasmo.

— Tenho medo do escuro estando perto de você, vai que não aguento minha gostosura a luz da lua, e me agarra? — ele disse e eu revirei os olhos.

— Com certeza eu faria isso, porque você é extremamente irresistível. — eu disse com ironia.

— Que bom que você passou da fase de negar. — disse e se aproximou mais de mim, ficando do meu lado e passando seu braço pelos meus ombros.

Olhei para ele arqueando uma sombrancelha.

— Desgruda de mim. — eu disse empurrando ele, para ele tirar seus braços de mim. — Esta muito calor, sai. — disse e finalmente ele tirou seu braço revirando os olhos.

Abusado.

...

Não sabia ao certo quanto tempo nos andávamos, mas com certeza já devia ter passado de duas horas, ou se não, já estava perto de quase passar.

A minha garrafinha de água já estava vazia, assim como a de Kyan, que eu também bebi o restinho da dele.

Agora eu tinha que aturar ele dizer que eu era burra por ter feito nós dois se perder.

— Então porque você não pegou o mapa? — perguntei cruzando meus braços.

— Porque você literalmente arrancou ele da minha mão. — ele disse irritado.

I Hate YouOnde histórias criam vida. Descubra agora