Capítulo 32

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A submissão desarma a raiva

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Quando Harry abriu os olhos, ficou instantaneamente deslumbrado com a claridade que iluminava a sala. Ele piscou várias vezes, tentando se acostumar com a luz ambiente e permaneceu deitado por alguns minutos, sem pensar em nada, com seu corpo pesado e dolorido. 

Seus músculos estavam rígidos e tensos, seus membros pesados ​​e cansados; então, quando ele caiu em si, e os eventos do dia anterior lentamente voltaram para ele, seu coração começou a bater cada vez mais rápido em seu peito. Ele massageou suavemente suas têmporas e vagamente olhou ao redor em busca de um despertador que pudesse lhe dizer a hora.

O jovem congelou quando notou a vasta sala com seu piso de parquet polido e brilhantemente iluminada por uma grande janela na sacada. De repente, ele se assustou, sentou-se com um pulo no colchão e jogou as pernas para fora da cama. Tremendo enquanto o ar frio da sala batia em seu peito nu, ele gritou:

"Draco!"

"Sim?"

Harry pulou, ele imediatamente se virou e notou o vampiro casualmente encostado no batente da porta, seu olhar intenso fixo diretamente nele. Ele usava calças pretas neutras e uma camisa cinza que mostrava bem seus olhos de carvão.

Ambos se encararam sem dizer uma palavra por alguns segundos. Harry, que estava vestindo uma calça simples de pijama de algodão, rapidamente sentiu um desconforto rastejando sobre ele. Incapaz de escapar daquele olhar intenso, ele começou a se contorcer no local, puxando o lençol entre as mãos trêmulas.

Como sempre, Draco estava totalmente impassível. Nenhuma emoção apareceu em seu rosto, nem mesmo raiva. Ainda assim, em seu comportamento rígido e olhar sombrio, Harry sabia que Draco estava com raiva. 

Com raiva dele. 

Diante de seu carisma implacável e ar arrogante, Harry murchou na hora.

O silêncio acabou vencendo e ele olhou para as mãos, envergonhado. Como sempre, ele achava difícil suportar a raiva de seu vampiro, especialmente quando era dirigida a ele. Ele notou que um curativo cobria seu pulso direito e o acariciou suavemente. Ciente de seus erros e, naquele caso, Harry preferiu ficar quieto esperando o vampiro falar primeiro. Mas mesmo assim, Draco permaneceu quieto, como sempre fazia quando estava com raiva, como se lutasse contra a vontade de gritar com seu cálice, ficando num silêncio tenso.

"Porque estamos aqui?" Harry finalmente perguntou ansioso. "Você ainda está planejando me trancar neste apartamento sombrio?"

Os poucos segundos que Draco levou para responder deixaram Harry em um estado de extrema tensão. A partir de então, as lembranças dos dias passados ​​trancado no apartamento sem vida e empoeirado do vampiro voltaram para ele, e Harry se assustou. Ele não tinha certeza se poderia reviver tal confinamento sem enlouquecer. Harry era dependente de Draco, precisava de sua presença ao seu lado para se sentir bem, mas ficar trancado com ele sem ter nenhum contato com o mundo exterior estava acima de suas forças.

"Prendê-lo?" Draco respondeu, em um tom mais cáustico. "Não, isso obviamente não foi suficiente. Vou amarrá-lo, sem dúvida seria mais eficaz."

Harry não disse nada, mas a imagem fugaz dele amarrado à cabeceira passou por sua mente. Ele balançou a cabeça, como se quisesse tirar a ideia da sua mente. Ele não sabia se Draco era realmente capaz de chegar a tais extremos, mas preferiu não fazer essa pergunta.

Draco cruzou os braços sobre o peito, parecendo mais azedo do que nunca.

"O que vou fazer com você, Potter?" Ele sussurrou em um tom quase inaudível.

Eternidade é o anagrama de um abraço {Drarry} Onde histórias criam vida. Descubra agora