Lá se foi ele!

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_ Peço imensa desculpa, mas eu.... _ Ele tenta justificar-se, mas interrompo-o.

_Não precisa explicar nada, elas precisam de ti._digo firme pra não demonstrar minha insatisfação.

_ Prometo compensar-te depois. _diz olhando nos meus olhos

Por uns instantes quis pedir pra ficar comigo, mas não poderia pedir isso, seria muito egoísmo da minha parte, afinal eu sou a outra, não tenho direito de pedir nada.

_ Por favor, não faças promessas que não podes cumprir._ mordi o lábio para não chorar.

_ Vai  lá . _ falei mais confiante.

_ Eu vou mas, volto. _ beijou-me com ternura e saiu.

Após sua saída, sentei-me no sofá e deixei as lágrimas que insistiam em cair rolarem pelo meu rosto.

_Mas que droga,  tens que parar de importar tanto, ele não te pertence._ gritei pra mim mesma.

Mas porque eu estou chorando sentada neste sofá  feito uma  noiva que foi abandonada no altar pelo seu amado sendo eu apenas uma amante?

Nunca tive sorte no amor, sempre bateram na minha porta homens comprometidos, nunca tive  um homem que pudesse dizer que era só meu. Por conta disso sempre fui alvo de mau olhar e conversas tortas, eu sei que não estou certa, mas fazer o quê? Por mais que eu fuja, parece que só homens proibidos é que atraem-me.

No meu dia-a-dia vivo sob os olhares de julgamento e condenação das pessoas, vista como vilã e destruidora de lares, o que faz-me sentir constantemente culpada por estar a estragar outros relacionamentos em prol do meu próprio prazer, mas pra ser honesta não é essa a minha intenção, simplesmente tive o azar de apaixonar-me por alguém que era comprometido.

Por conta desse azar no amor, perdi muitas coisas ao longo dos anos desde amigos a minha mãe, que deixou de falar comigo, o que não fez muita diferença, nunca fomos próximas, sempre fui apegada ao meu falecido pai, um homem carinhoso e bondoso. Ainda pergunto como um homem como meu pai amou a minha mãe, uma mulher amarga que só se importa com dinheiro e nada mais.

Chamo-me Nora, tenho 26 anos e sou a filha do meio, meu pai sempre dizia que o meu nome significa "mulher honrada que fará os outros felizes", o que até então não tem feito sentido pra mim, visto que só tenho feito escolhas eradas. A primogénita chama-se Jeniffer, tem 28 anos e é a cópia perfeita da nossa mãe, as duas se completam, e a Luna que é mais nova tem 16 anos, é a cópia do nosso pai em todos os sentidos, meiga, amorosa e bondosa.

Eu e a Luna éramos muito ligadas ao nosso pai, nós os 3 estávamos sempre juntos, a nossa vibe era simplesmente maravilhosa, ele era o nosso herói, mas a vida o tirou de nós muito cedo, tinha apenas 20 anos e a Luna coitada, tinha apenas 10 anos, foi muito sofrimento a sua perda, não estávamos preparada pra isso. O pior mesmo foi a minha mãe e a Jeniffer, que apesar do sofrimento estavam mais preocupadas com a herança, não tiveram um mínimo de consideração. Depois disso o nosso relacionamento que já não era bom, desmoronou de vez, sem o nosso pai já não havia motivos para tentar dar bem umas com as outras.

Enfim, não queria que isso tivesse acontecido, mas de todos os homens comprometidos do qual já relacionei, o Eduardo é o único que fez meu coração pulsar tão rápido, pensei que fosse explodir e eu o amo como nunca amei outro homem além do meu pai.

Já tentei deixa-lo vária vezes , mas falhei, só de pensar nessa possibilidade eu fico sem ar como se fosse morrer,  eu sei que ele é casado e tem uma filha, mas o que eu posso fazer se meu coração o escolheu?

Eu Sou A Outra!Where stories live. Discover now