Capítulo 09

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— Vem comigo — ele entrelaçou os dedos dela nos seus, guiando-a para fora do restaurante praticamente vazio.

Depois da apresentação deles, a ceia foi servida e após vários abraços seguidos de "feliz natal", as pessoas começaram a ir embora. Lógico que Steve e Natasha ouviram diversos comentários sobre como eles dois formavam um lindo casal, ao que apenas acenavam afirmativamente e davam um jeito de mudar o assunto.

Agora, o ambiente já estava praticamente vazio, as pessoas saíam e ninguém se importava mais em observar o jovem casal, que não era bem um casal. Romanoff e Rogers desejavam ficar sozinhos a muito tempo, mas com ambas as casas ocupadas, o restaurante cheio de familiares, não sabiam como fariam isso. Até que Steve teve uma brilhante ideia e levou-a até o local que havia marcado suas histórias para sempre: o carro.

Abriu uma das portas de trás para que ela entrasse, como se fosse um chofer. A forma como o loiro se curvava, a fez gargalhar e após entrar no veículo, não demorou para que ele a imitasse.

Quando Steve fechou a porta e deixou que seus olhos observassem com atenção a mulher a sua frente, pensou que não sabia o que havia feito para merecer alguém como ela, mas estava muito grato por seus caminhos terem se cruzado. Na mente de Natasha passava-se algo muito parecido também e como não tinha certeza por quanto tempo aquela coisa toda entre os dois iria durar, decidiu que não iria perder mais tempo naquela noite.

Eles queriam um ao outro e era exatamente isso que teriam.

Os braços de Romanoff cruzaram-se no pescoço dele e as mãos de Rogers apertaram a cintura dela conforme a mulher sentava-se em seu colo. Os olhos fixos, suas intimidades separadas somente por algumas peças de roupas e então um beijo foi iniciado. Entretanto, esse era diferente do primeiro, agora eles não tinham pressa para acabar, muito pelo contrário. Agora exploravam-se, já haviam descoberto muitas coisas pessoais durante a conversa, mas agora o conhecimento que buscavam era outro.

Ao necessitar separarem-se para respirar, Steve guiou os próprios lábios pelo pescoço, clavícula e por fim o início do vale entre os seios expostos pelo decote dela. As mãos dela estavam entre os cabelos loiros, predendo-o contra si e fazendo com que erguesse a cabeça para beijá-lo novamente.

— Então quer dizer que eu não era a única a esconder alguns talentos? — ela pergunta e observa o sorriso que se abre no rosto dele.

— O que eu posso dizer, preciso ter algumas cartas na manga se vou tentar te conquistar — falou, dando de ombros em seguida.

— Está tentando me conquistar, Steve Rogers?

— Achei que essa parte já estivesse óbvia Natasha Romanoff — a mão dele sobe até os cabelos ruivos, desmanchando o penteado que os prendia — Estou completamente nas suas mãos desde o momento que quase a beijei naquele chalé.

Natasha mordia o lábio inferior, tentando fazer com que um sorriso gigantesco não surgisse e deixasse claro que ele já não precisava de muita coisa para conquistá-la. Escondeu o rosto na curvatura do pescoço dele, deixando beijos e leves mordidas no local, sentindo Steve apertá-la mais contra ele.

— Sabe, nessa coisa toda de esconder talentos, tem outro que esqueci de contar — ela continuava com os beijos, ao mesmo tempo em que empurrava o blazer azul para fora de seu caminho.

— Sério? — ele nem sabia se ainda se encontrava nessa dimensão, a voz sedutora tão próxima ao seu ouvido, tornava muito difícil essa coisa toda chamada concentrar-se.

— Uhum — Natasha divertia-se ao vê-lo tão entregue assim — Eu posso ser muito flexível.

Ela findou a frase mordendo o lóbulo de sua orelha e ele podia jurar que seu corpo estava em chamas, já dando os primeiros sinais claros de excitação, tendo certeza que Natasha podia senti-lo crescer embaixo dela.

Driving Home for ChristmasOnde histórias criam vida. Descubra agora