Capítulo 8

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É  impossível não ouvir o som das grossas botas no terreno lamacento

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É  impossível não ouvir o som das grossas botas no terreno lamacento.

Desviando do golpe quase certeiro do guarda em direção ao seu rosto, ela se agacha com precisão, dando uma rasteira que o leva ao chão, então coloca com força uma das mãos em seu maxilar onde as pontas de seus dedos conseguem sentir as aspereza de uma barba recém raspada, não leva muito tempo até começar a sentir o calor quente que sai de seu corpo. Ela sabia que podia destruir coisas, não como os Leloran que apenas explodem objetos, ela podia destruir pessoas de dentro para fora sugando em questão de segundos toda a vida daquele ser, quebrando e rasgando cada osso e músculo que bem entendesse em apenas um toque. E isso a satisfazia muito.

Não demora muito tempo até ouvir um zunido de bala passar de raspão pelo seu cabelo, ela se agacha na lama e vai se arrastando até uma árvore próxima onde encosta as costas no tronco e passa a mão no cinto até sentir a ponta da faca, ela espera uns 3 segundos até olhar para o alvo, atirando para onde as balas vinham e 0 acertando em cheio no peito. Há alguns metros à frente ela enxerga seu irmão Rhumos pondo ao chão dois homens de uma única vez, ele era sempre muito mais bruto que ela. A chuva se intensifica, mais forte e mais densa deixando quase impossível a visão depois de um palmo dos olhos, mas ela sabia que isso não serviria de empecilho para os guardas deixarem de segui-los, porém era a oportunidade perfeita de fuga.

Com seus pés ágeis ela corre em direção ao irmão.

Caminhando como garças e linces entre a vegetação eles se distanciaram cada vez mais da perseguição e não demoraram muito até deslumbrarem as fumaças das chaminés das casas. As choupanas se encontravam com suas portas fechadas, mas não precisaram andar muito para encontrar um estabelecimento decente. A porta pesada de madeira range quando forçada a abrir, lama cobre ela quase por inteira, por dentro se encontra meio escuro e úmido nada mais que uma bancada com bebidas nas prateleiras sujas da parede e um homem pançudo totalmente entediado com um pano encardido no ombro.

— Dois conhaques. — Ela diz encostando a cintura e colocando um dos braços na bancada, a outra mão sai de um dos bolsos e joga uma moeda pesada na direção do homem que a pega no ar.

— Claro, mais alguma coisa?

Outra moeda voa pelo ar, mas agora de outra direção, fora do ponto de vista do homem, que cai no chão.

— Sim, informação. Rhumos diz passando as mãos pelos cabelos encharcados.

O homem passa os olhos por Rhumos então se abaixa para pegar a moeda do chão, coloca ela na boca e dá uma boa mordida com sua presa, a moeda range quando cerrada aos dentes amarelados. — E que informação requer tudo isso? — Ele se vira pegando a garrafa do líquido rubi e colocando em um dos copos que entrega a ela, outro a ele.

— Por acaso não ouviu falar em um grupo de justiceiros andando por essas bandas, não é mesmo? — Rhumos diz escorando o corpo na bancada e pegando o copo.

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⏰ Última atualização: Apr 16, 2022 ⏰

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