05 - Um estranho?

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Para a nossa manhã, havia decidido levar Ethan até o lago congelado, onde era meu lugar preferido no mundo, para mostrar-lhe um pouco sobre como a minha vida era e parte do que eu considerava importante ele saber.

Como sempre, Ethan fora correndo na frente, se mantendo em uma distância longa entre nós, mas o suficiente que eu o avistasse e que estivesse seguro.

De longe era possível ver que haviam mais pessoas no lago congelado e que dentro do quiosque onde eu costumava ir, havia alguém de costas que logo se abaixou para conversar com Ethan

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De longe era possível ver que haviam mais pessoas no lago congelado e que dentro do quiosque onde eu costumava ir, havia alguém de costas que logo se abaixou para conversar com Ethan.

Não gostava de vê-lo conversando com estranhos e por isso apressei os passos para pegá-lo.

— Ethan? Filho, venha aqui? — O chamei, fazendo com que tanto sua atenção se dirigisse a mim, quanto ao homem que o acompanhava, foi aí que nossos olhos se encontraram.

Andrew estava usando um conjunto de moletom cinza. Seus olhos passaram de Ethan para mim diversas vezes, eu nem ao menos conseguia dizer alguma coisa.

— Filho, já falei para você não se distanciar tanto. — Pedi preocupada, abraçando-o.

Ethan correu até outras crianças que brincavam, nos deixando ali sozinhos em silêncio, apenas trocando olhares.

— Você voltou para Denver? — Perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

— Viemos passar o natal. — Respondi.

— Você tem um filho agora. — Comentou.

— Ethan é um menino incrível. — Afirmei.

Nossos olhares voltaram para ele que ajudava uma menina amarrar os tênis.

— Por que você está aqui? — Perguntei a Andrew, sabendo que não fazia sentido ele estar ali

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— Por que você está aqui? — Perguntei a Andrew, sabendo que não fazia sentido ele estar ali.

— Problemas. — Respondeu. — Uma vez uma mulher me falou que gostava de vir aqui para pensar e se sentir em paz.

Deixei um pequeno sorriso escapar, ao pensar que ele lembrara um pouco do que vivemos enquanto estávamos juntos.

— E o pai de Ethan? Veio com você? — Perguntou curioso.

Abri e fechei a boca diversas vezes pensando em algo para dizer.

— Não estamos mais juntos. — Neguei.

Andrew balançou a cabeça positivamente. Tivemos uma breve conversa sobre como era nossa vida em Nova York e em como estava sua empresa. Não tocamos em assuntos muito particulares que pudessem expor certos segredos.

Encarei diversas vezes a aliança de casamento em seu dedo e pelo seu olhar havia reparado em mim, escondendo-a no bolso da calça.

Ethan veio correndo animado e grudou nas minhas pernas.

— Mamãe, se o papai vier será que podemos patinar no gelo? — Ele perguntou sorridente.

Respirei fundo e encarei Andrew com uma vontade imensa de contar.

— Claro querido. — Afirmei.

Andrew nos acompanhou até a casa de meus pais, o que considerei bastante estranho se formos levar a consideração que ele nunca mais iria querer me ver e agora estava agindo como uma pessoa normal e educada.

Ao parar em frente a casa dos meus pais, só não esperava que todos estariam ali na frente conversando. Todos arregalaram os olhos assim que viram Ethan no nosso meio caminhando animadamente.

— Querido Andrew, quanto tempo. — Mamãe caminhou com os braços abertos até ele e o abraçou.

Mamãe cochichou algo em seu ouvido que o fez sorrir e olhar para mim, mas se mantiveram em silêncio.

— Iremos até aquele restaurante de frutos do mar na outra esquina, se não estiver fazendo nada, seria legal se você fosse. — Dylan sugeriu, mas seu olhar se manteve em mim como se estivesse me desafiando.

— Claro, eu apareço lá. — Andrew afirmou.

O telefone de Andrew não parava de tocar, no mínimo deveria ser sua esposa ligando atrás do mesmo, logo após de uma briga.

— Tenho que ir agora. — Avisou se despedindo de todos e retornando até o lago onde estaria seu carro estacionado.

No mesmo instante que ele saiu de perto, o interrogatório começou. Perguntaram se eu havia marcado de me encontrar com ele; se eu havia contado sobre Ethan; se ele estava me procurando. Todos estavam cheios de perguntas, muitas delas fora de cogitação.

— Eu não contei nada, foi apenas uma coincidência. — Avisei.

— O que ele estava fazendo no lago? — Natalie perguntou curiosa.

— Pensando, estava precisando de um lugar para encontrar a paz. — Respondi.

— Ele foi no lugar que vocês se beijaram pela primeira vez? — Ela perguntou rindo querendo insinuar alguma coisa.

Revirei os olhos para ela e continuei a preparar o prato de Ethan.

Natalie e Emily ficaram espiculando sobre ele estar no nosso lugar, sozinho, sem um motivo significante. Disseram que o mesmo provavelmente estaria se escondendo da mulher para pensar em mim, o que eu desconsiderei no mesmo instante que elas disseram.

Não achava que seria uma boa ideia encontrá-los hoje a noite, quando o objetivo era que nem soubessem que estávamos na cidade, mas agora o convite já havia sido feito.

— Você precisa se arrumar e fazê-lo perceber o que perdeu. — Natalie sugeriu.

— Não estou com clima para isso. — Avisei.

Minha palavra naquelas horas não parecia importar muito, porque no instante em que fomos para o quarto nos arrumar, elas entraram comigo e decidiram que fariam uma maquiagem é uma trança embutida em meu cabelo.

— Eu odeio vocês duas. — Afirmei.

— Você não pode contrariar uma grávida. — Emily afirmou.

— Vai vê que seu filho vai nascer com a cara do Andrew. — Brinquei.

— Por falar nisso, Ethan é a cara dele, deve ser difícil para você. — Natalie comentou.

De fato Ethan era uma mini cópia e tudo lembrava ao Andrew. A cor do cabelo, a cor dos olhos, o sorriso, as pequenas covinhas na bochecha de quando ele era mais novo.

Era como se a qualquer momento eu pudesse olhá-lo e enxergar o seu pai. Mas com o passar dos anos isso não tenha me doído tanto como no começo.

Todos estávamos prontos para ir, havia mandado uma mensagem para Maddy e Brandon nos encontrar no restaurante. Ela teria que me ajudar a sobreviver a uma noite ao lado de Andrew e Samantha.

De volta ao NATAL 2Donde viven las historias. Descúbrelo ahora