Pergunta 5

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Pergunta 5: Quando foi a última vez que você cantou para si mesmo? E para alguém?

Não era para Kurt estar em casa naquela hora. Nem para Blaine. Mesmo assim, Kurt abriu a porta e ouviu barulho de água. A aula de Blaine também deve ter acabado mais cedo.

Ele andou até o balcão da cozinha para começar a fazer um sanduíche, quando ele começou a distinguir a voz de Blaine com a água. Ele estava cantando:

Mas tentar não é difícil

Cada vez que eu te vejo sorrindo

E te sinto tão perto de mim...

Era uma música que Kurt nunca tinha ouvido antes, mas ele achou-a muito bonita de imediato, especialmente na voz doce de Blaine. Só uma coisa preocupava Kurt: qual era o sentido por trás daquela letra?

Blaine saiu do banheiro com uma toalha enrolada em volta de sua cintura. Oh, o abdominal de Blaine! Kurt, tenha modos; pare de encarar! Blaine ainda estava cantarolando alguma coisa quando ele percebeu seu colega de apartamento:

— Ah, você está em casa. Você normalmente não está em casa a essa hora, está?

— Não, minha aula acabou mais cedo. E você? Não é seu horário normal, é?

Uma das sobrancelhas de Blaine se levantou inquisitiva:

— Você sabe os meus horários?

Claro que eu sei, eu sei tudo o que eu posso sobre você porque eu estou completamente apaixonado. Não, foco Kurt. Ele não queria soar atacado, mas saiu assim:

— E parece que você sabe o meu também.

Blaine corou e Kurt sentiu um impulso de correr até ele e beijar aquela boca úmida; só que ele se controlou. Kurt mudou de assunto:

— Eu vou direto ao assunto; qual era a música que você estava cantando no chuveiro?

Blaine ficou tão vermelho quanto a sua toalha. Kurt também corou como resposta:

— Eu não quero me intrometer na sua vida pessoal...

— Não, não é isso. — Blaine foi rápido em responder. — É claro que eu não achava que você fosse ouvir, mas não é um segredo. Eu escrevi a canção.

A boca de Kurt abriu sem o comando dele. Blaine deu uma risadinha meio da resposta dele, meio de nervoso. Kurt sorriu de volta para ele:

— Eu só ouvi um pedacinho, mas era linda.

— Obrigado, eu nunca tive coragem de mostrá-la para ninguém.

— Foi por isso que você não se ofereceu no mês passado quando eu disse que precisava de um parceiro para escrever as músicas do meu musical?

Blaine assentiu com a cabeça e olhou para baixo. Então, ele olhou bem dentro dos olhos de Kurt:

— Você não sabe o quanto eu queria ser o seu parceiro, trabalhar com você em alguma coisa. Nós nos tornamos mais do que amigo, não foi?

Kurt abraçou seu amigo e bagunçou o cabelo molhado dele:

— Você é meu melhor amigo, Blee.

— Blee?
— Vem de Blainie.

— Eu gostei, mas eu não acho que poderia chamar você de Kurtie.

— Então, me chame de Kurt e continue sendo meu melhor amigo.

— A vida toda, Kurt. Você não vai se livrar de mim assim tão fácil.

Desta vez, foi Blaine quem abraçou Kurt. Kurt quebrou o abraço e pousou ambas as mãos nos ombros de Blaine:

— Por que você não mostra as suas músicas para ninguém?

— É complicado. É mais porque eu acho que as letras são muito pessoais. Eu me sinto como se estivesse nu na frente da pessoa.

— Mas você já esteve, não esteve?

Blaine piscou confuso:

— Esteve o que?

— Nu na frente de alguém.

— Estive, mas isso é muito mais íntimo. Um tipo de intimidade que eu nunca tive com o meu ex.

Blaine começou a encarar dentro dos olhos dele. Kurt estava encarando de volta. Kurt tentou desviar os olhos da boca de Blaine, mas ela era como um ímã. Blaine limpou a garganta:

— Eu vou... Eu vou vestir alguma coisa.

— Ah! Claro! É óbvio.

Kurt se jogou no sofá e moveu sua cabeça para trás de jeito que ele ficasse olhando o teto. Porém, em vez do ventilador de teto, Kurt só via imagens do torso nu de Blaine, de seu cabelo molhado e livre do gel e de sua boca úmida... Blaine voltou para a sala, completamente vestido, e carregando um violão. Ele respirou fundo e olhou para Kurt:

— Não diga nada. Só ouça.

Blaine começou a tocar o violão e cantar, olhando fixo para seus dedos se movendo nas cordas.

Eu já estive sozinho
Cercado pela escuridão
Eu já vi o quão sem coração
O mundo pode ser
Eu já te vi chorando
Sem esperanças
Eu sempre vou fazer o meu melhor
Para te fazer enxergar
Baby, não estás sozinho
Porque estás aqui comigo
E nada vai nos derrubar
Pois nada pode me fazer deixar de te amar
E sabes que é verdade
Não importa o que venha
Nosso amor é o que precisamos para enfrentar

Eu sei que não é fácil
Mas tentar não é difícil
Cada vez que eu te vejo sorrindo
E te sinto tão perto de mim...
Diga-me:
Baby, não estás sozinho
Porque estás aqui comigo
E nada vai nos derrubar
Pois nada pode me fazer deixar de te amar
E sabes que é verdade
Não importa o que venha
Nosso amor é o que precisamos para enfrentar
Ainda tenho problemas
Tropeço e caio
Tentando entender as coisas
Procuro razões
Mas não as preciso
Tudo o que preciso é olhar em teus olhos
E percebo
Baby, não estás sozinho
Porque estás aqui comigo
E nada vai nos derrubar
Pois nada pode me fazer deixar de te amar
E sabes que é verdade
Não importa o que venha
Nosso amor é o que precisamos para enfrentar
Porque estás aqui comigo
E nada vai nos derrubar
Pois nada, nada, nada pode me fazer deixar de te amar
E sabes que é verdade
Não importa o que venha
Nosso amor é o que precisamos

Nosso amor é o que precisamos para enfrentar

Kurt estava em êxtase; a música de Blaine era cativante. Ele queria engolir Blaine em seu abraço e só deixá-lo sair quando Blaine tivesse esquecido todos os males de seu passado.

Blaine terminou o último acorde e Kurt viu seus ombros subindo e descendo em uma respiração profunda. Blaine finalmente olhou para cima:

— E aí?

— Estou apaixonado.

— Ver-verdade?

Kurt sorriu para seu amigo inseguro:

— Verdade verdadeira; eu me identifiquei tanto com a letra.

— Ah, a letra. É claro!

E com o compositor, mas era óbvio que Kurt não podia dizer isso. Blaine estava claramente apaixonado por outra pessoa. Kurt não colocaria seu coração para ser quebrado.





As letras não são do Blaine nem minhas; elas pertencem ao Darren Criss. A tradução é minha.

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