heaven ❦ [+ massie]

um • tentando chegar ao céu, antes que fechem a porta

𓄶 🔮 𖦹

cassie, perdida em suas próprias escolhas equivocadas, entendia agora o quão fútil foi sua discussão com lexi. agora ela estava sem carona para a festa que devia estar presente, embriagada e faminta, a loira então percebe que as circunstâncias da vida podem ser muito cruéis.

ao adentrar a loja de conveniência, a fluorescente luz artificial do teto parece destacar a presença fantasmagórica da loira. cassie, envolta em reflexões pesadas e abraçando a jaqueta que estava envolta de seu corpo, lamenta a sua tola saída de casa. a sua estupidez, ecoando em sua própria mente.

assentada no meio-fio, após pagar seu lanche, ela se agarra à esperança fugaz de que algum conhecido poderia aparecer para lhe dar uma carona. cassie naquele momento permitiu-se afundar na melancolia que é sua vida. "e se eu não terminasse com mckay?" ela murmura, deixando que a escuridão da noite a engula por completo, enquanto o universo, em seu misterioso desenrolar, parece querer puxa-la para o fundo do poço.

cassie agora sente um vazio que ressoa mais profundo que o próprio universo ou buraco negro. se ela ainda estivesse namorando mckay, ela teria uma carona para a festa, porém, a loira não está mais com ele.

o coração da loira agora é um órgão vazio, um eco silencioso da dor que se instalou como uma ferida crua. a tristeza — como uma tempestade que varre a alma — deixa cassie naufragada em um mar de desolação. a sensação de ter seu coração arrancado é quase deplorável, uma tragédia pessoal que a faz desejar que o chão a engula, assim como ela engole a rosquinha desprovida de sabor em suas mãos trêmulas.

ela anseia pelo esquecimento, ela anseia para se autodevorar na esperança de renascer como algo sem rastros do que um dia foi. nessa busca pela aniquilação do próprio ser, cassie suspira já aceitando sua derrota.

no crepúsculo silencioso, cassie é incomodada por um súbito toque em suas costas, logo ela com um ato de defesa pega seu canivete, um presente de lexi com boas intenções no natal anterior.

"cassie, sou eu" a voz aumenta, risos nervosos dançando no ar. braços erguidos em rendição, a figura se revelou sendo maddy. de repente, a necessidade do canivete, parece tola e inútil diante da figura inesperada.

"maddy?" a loira falou, meio confusa.

a sua melhor amiga, a it girl de east highland, está diante de cassie. maddy é como um farol em meio à escuridão de suas angústias, é a pessoa dócil que ilumina os recantos sombrios do coração da loira. a risada escapa dos lábios de maddy, quebrando a tensão, enquanto cassie, aliviada, suspira.

"você quase cortou minha perna" maddy ri, e cassie, de repente, se encontra perdida ao olhar para as pernas da amiga. um pedido de desculpas obviamente preso em sua garganta.

"eu sinto muito" sussurra cassie, as palavras escapando de seus lábios com dificuldade.

é isso que cassie odiava em si mesma: o seu hábito constante de se desculpar. mesmo quando as palavras de desculpas parecem certas no momento, ela se ressente por se encontrar, mais uma vez, na posição de vulnerabilidade, como se fosse a rainha da coitadolândia.