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Dazai
Teu inebriante contato Seus olhos vazios preenchendo meus átomos Me fazem chafurdar sobre sua dor dilacerante É tão sufocante que me liberta.
Em teu calmo falar Me guia pelos seus caminhos vazios Nos leva até a mística e doce morte a está dor
O frio de sua pele Revela o cadáver vivo Enterrado sobre as camadas de suas mentiras tão frágeis.
A criança em você chora e se encolhe Perdida e medrosa Nunca pode se encontrar Despreza tua própria existência limitada a este corpo tão cansado e marcado
Somos reféns desta doença Reféns do jogo cruel da vida Esperando sermos salvos pela juíza
Peões envolvidos no sangue de reis cegos Uma inconstante moldável Somos tudo Menos quem realmente somos
A força do ar faz melodia A metros de distância de um sonho tão mórbido O chão não será nosso fim E isso nos leva ao conhecido e sufocante quartinho
Não temos saídas Nossos pecados de alguma forma Foram tão terríveis Que estaremos condenados por toda eternidade A aguentar o peso de nossos erros.
