𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐀𝐃𝐀; Kuroo Tetsurou

•capítulo 22•

N.A: sei que sumi mas estou decida a dar um fim a essa fic. Esse capítulo ta escrito a a muito tempo e hoje quando eu li ele eu me perguntei o motivo de não ter postado, não falta muito para acabar. Só vim avisar isso mesmo, e também, tô começando a escrever outra fic do Suna, se não for pedir demais, vai lá pfv. Bjs boa leitura

Antes que desse por mim o apartamento estava todo destruído, os retratos, os vasos. Estava tudo revirado. Meus dedos dos pés sangravam mas eu não sentia dor. Não me importava. Eu esperei, esperei que ele chegasse para explicar, mas ele não chegou. 

Eu não deveria ter  ido naquele jantar, que resultou naquela noite que eu disse:

"Quero ficar com você".

Eu o amava, passei anos amando ele quando finalmente assumi esse sentimento ele me trai. Não o perdoaria e estava convicta disso.

Estava no quarto arrumando o pouco das roupas que havia levado e agradeci por não ter entrado de cabeça nisso. Ainda tinha meu apartamento. 

Antes que fosse capaz de fechar a mala, escutei a porta abrir e logo em seguida passos apressados por todo o local. Sabia que era Kuroo e ele tinha a esperança de poder se explicar, mas não deixaria, iria embora. Finalmente ele chegou no quarto que ficávamos, seus olhos estavam arregalados e ele estava ofegante. Quando abriu a boca para falar, eu o interrompi.

ㅡ Não precisa se explicar. Vai ser inútil então não perca seu tempo.

ㅡ Por favor, [S/n]ㅡ veio em minha direçãoㅡ Não precisa me perdoar, só me escute e se no fim quiser ir embora, tem total liberdade.

Ele estava apenas de camisa social, ela estava amarrotada e os primeiros botões abertos mostrando as marcas em seu pescoço, não as que eu havia feito.

ㅡ Parece que você estava se divertindoㅡ debochei.

Ele levou as mãos até o pescoço.

ㅡ Por favor, [S/n]. Eu fui lá para dar um fim a isso, mas ela...implorou por uma última noite e só assim me deixaria em paz. 

ㅡ E mesmo estando comigo, você aceitouㅡ um sorriso fraco se formou em meu rosto.

ㅡ Ela esteve comigo durante esses 6 anos, não foi só sexo, esteve comigo em minhas recaídas e-

ㅡ E você afogava as mágoas enfiando o pau nela? Aprendi uma nova.

ㅡ Por favor, leve isso a sério.

ㅡ Eu estou levando! Você não sabe o que eu estou sentindo, o que eu senti por todos esses anos. Mas essa é a única maneira que eu tenho de não me despedaçar por completo! A única traída aqui fui Eu, entenda e não julgue a forma que eu escolhi lidar com isso.

ㅡ Eu fiz isso pensando em você, na nossa relação.

ㅡ Eu deveria agradecer por você ter transado com outra pensando em mim? Se é isso que você quer, obrigado.

ㅡ Estamos ambos de cabeça quente, vamos dormir, amanhã conversamos.

ㅡ Não. Estou indo emboraㅡ falei caminhando até a porta.

ㅡ Seus pés estão sangrando. Me deixe cuidar disso.

ㅡ Estou bem.

ㅡ Não vou mais insistir. Quer que eu te leve até seu apartamento?

ㅡ Não, Kenma vai fazer isso.

ㅡ O que Kenma tem a ver com isso?

ㅡ Nada. Mas ele foi o primeiro que perguntou como eu estava! ㅡ bati a porta atrás de mim e ele não veio atrás de mim.

O xinguei por isso, mas também agradeci porque foi o momento que me permiti chorar, chorei igual a uma criança que deixará seu sorvete cair. Me sentia despedaçada, destruída. Assim que entrei no carro Kenma não falou nada, apenas deu partida e logo o único som que podia ser ouvido eram meus soluços.

ㅡ Então..ㅡ ele começouㅡ como você está?ㅡ sua voz era baixa e calma.

Eu sabia que ele não gostava de falar muito e queria falar para ele que não precisava forçar uma conversa. Até porque eu não queria.

ㅡ Como você acha que estou? Amei o mesmo homem por vários anos e quando finalmente ficamos juntos isso aconteceㅡ disse entre soluços, esfregando a mão no rosto.

Ele não respondeu.

ㅡ Desculpaㅡ falei ㅡ não queria ser grossa. Só estou um pouco estressada

ㅡ Tudo bem. Para onde você quer ir? 

ㅡ Pro meu apartamento. 

Não sabia como ele descobrira a localização mas ele não precisou que eu o guiasse. 

ㅡ Se me permite falar...Ele realmente te ama. Você não foi a única que passou anos amando a mesma pessoa.

ㅡ Então,  por que ele fez Isso?

ㅡ Aí eu não sei. A Ruby, mulher que estava com Ele, realmente o ajudou quando ele estava mal e eu tenho certeza que ele a encontrou hoje só para dar um fim a isso. Mas ela é bem mais esperta do que parece. 

ㅡ Por quê você não fala isso ao Kuroo?ㅡ já havia parado de chorar

ㅡ Eu sempre falei. Ele sabe mas acha que ela nunca faria nada com ele.

ㅡ Agora não importa mais.

ㅡ Você não deveria se enganar desse jeito.

ㅡ Não estou me enganando, é só a verdade.

Ele deu de ombros.

ㅡ Chegamos.

ㅡ Obrigado por me trazer.

ㅡ Se precisar de qualquer coisa é ligar.

ㅡ Obrigado de novoㅡ saí do carro e ele deu partida imediatamente.

Subi para meu apartamento e tomei um banho quente. Cuidei dos machucados nos pés e coloquei um seriado mesmo sabendo que não prestaria atenção. Minha mente estava longe e nem vi quando o celular começou a tocar. Gatinho; Deveria mudar o nome.

Não atendi e mesmo assim ele continuou sendo insistente. Desliguei o telefone e o joguei em algum lugar do quarto, nem percebi quando dormi mas já havia amanhecido.

Semanas se passaram e ainda sim recebia mensagens de Kuroo, ele queria se explicar, mas não o encontraria, não depois que a imprensa anunciou o casamento e a gravidez da suposta Ruby. Ambos posaram com sorrisos para as câmeras, mas dera a perceber que a única realmente feliz ali era Ruby. Eu não iria interferir, não iria me intrometer. Prometi a mim mesma.

Foi difícil manter a mente no lugar quando todos os sites só falavam do mesmo assunto. A cerimônia seria em dois dias. Não conseguia me sentir feliz. Não saia da cama, mal comia e vivia de remédios, havia até desligado o roteador da internet para evitar ver qualquer coisa e preferia dormir a ser consumida pelos próprios sentimentos de insuficiência. 

Acordei com batidas frenéticas na porta, me enrolei no lençol e fui ver quem era. 

ㅡ Kenma?

ㅡ Nossa, você está horrível.

Eu sabia que estava. Apesar de dormir o dia inteiro, não eram sonos relaxantes, sempre acordava sobressaltada ou simplesmente não dormia direito. Estava com olheiras e lábios rachados já que mal bebia água.

ㅡ Eu sei. Precisa de algo?ㅡ perguntei sem muito interesse.

ㅡ Vim te entregar issoㅡ ele estendeu o envelope cor champanhe. O mesmo que eu escolhi para o casamento que não ocorreu a seis anos atrás. Com as iniciais dos nomes de ambosㅡ Você escolhe se vai ou não. 

ㅡ Não, obrigado. Pode ficar com ele.

ㅡ Fique com Ele, se mudar de ideia…

ㅡ Não vouㅡ fechei a porta.

Ele passou o convite debaixo da porta e eu o xinguei. Escutei os passos se afastando e durante todo o tempo apenas encarei o pedaço de papel em minha frente. O coloquei em cima da mesa e voltei para o quarto decidida a ignorar o mesmo.

 •Continua...