Amor Camuflado - Nosh

Tentativa Camuflada

- 1 semana depois -

— Luke, anda logo! — Noah diz.

— Será que dá pra você relaxar? Eu hein! — Luke fala, já sem paciência.

— Já são cinco e meia, eu ainda preciso tomar banho e bem, ir falar com meu namorado. — Noah diz, sorrindo com a última parte.

— Sei que tá animado pra falar com o Josh, mas precisamos terminar de arrumar esses esquipamentos todos.

— Por isso tô falando pra andar logo, você é muito lerdo.

Luke simplesmente mostra o dedo do meio para o garoto.

— Diz pro Josh que eu sinto falta dele aqui, pelo menos você era menos chato quando ele tava aqui pra te comer.

— Luke?!

— Ah qual é, falta de sexo deixa as pessoas estressadas, e tenho quase certeza de que vocês não estão fazendo sexo por ligação. — Luke diz, rindo.

Noah suspira.

— Tá sendo um saco, não só por causa do sexo, mas por causa de tudo... eu pensei que seria mais fácil, mas eu sinto tanto a falta dele, do abraço, do sorriso...

— E da piroca.

— Você tá impossível hoje, puta merda.

Luke ri.

Os dois passam todos os próximos minutos conversando enquanto arrumam os equipamentos. E quando terminam, Noah corre para seu dormitório.

Ele pega roupas limpas e vai para o banho, não liga que o lugar está cheio de soldados pelados, ele só consegue pensar em falar com Josh.

De banho tomado, penteia o cabelo e passa perfume. Suspira em frente ao espelho, se sente um adolescente animado com um encontro.

Depois, vai apressado até o escritório do capitão, bate duas vezes na porta.

Momentos depois, a porta é aberta e o capitão aparece ali.

— Entre, Noah.

Noah entra, presta continência para o homem.

— Eu já deixei configurado, você tem alguns minutos e não se esqueça de desligar ao terminar, e lembre-se de não contar a ninguém que estou deixando você usar isso. — O capitão pede.

— Sim, senhor.

Esse tem sido o acordo durante esse tempo, o capitão deixa que Noah use o seu rádio particular para falar com Josh, algo que é estritamente proíbido.

O homem então saí dali, deixando Noah sozinho.

Urrea liga o aparelho e suspira, aguardando a conexão.

— Josh? — fala ao que o rádio começa a chiar.

Há um ruído do outro lado, algo inaudível e que quase deixa Noah surdo, porém, em meio ao ruído, ele reconhece a voz de seu namorado.

— Noah.

Noah sorri.

— Oi amor, oi — Noah diz, com os olhos brilhando, sente vontade de chorar apenas em ouvir a voz do loiro.

— Noah — mais ruídos — está ruim, tem uma tempestade por aqui — a voz de Josh fala diversas vezes — não dá pra conversarmos, eu te amo.

E simples assim, a ligação é encerrada. E tudo volta a ficar silencioso.

Noah segura com força o rádio em sua mão, fecha os olhos e não consegue evitar algumas lágrimas.

Tudo que ele queria era Josh ali, e agora, mal consegue falar com ele.