Save Me (Romance Lésbico) - REVISÃO

Você será...

Adivinha quem está postando fora de data? Eu mesma!!! Agradeçam a minha ansiedade. De qualquer forma, a partir deste capítulo aconteceram só leves tretinhas e seqso gostosinho, como vocês gostam.

Boa leitura e não esquece de deixar seu votinho pra fortalecer!!!

CAPÍTULO 40

             Eleanor

           Três dias atrás

Eu não podia acreditar no que acabara de ouvir, principalmente da mulher que amo. Aquilo era ultrajante demais. Já não bastasse meus pais, agora Ariella conseguira envenenar até mesmo meu lírio com sua lábia.

Droga!

Cheguei ao meu apartamento derrotada e com a consciência pesada por ter me exaltado e deixado Liz sozinha na pista à aquele horário. Senti-me tão cruel que voltei ao local assim que vi um retorno próximo – independente de qualquer coisa, Lizandra não merecia ser tratada daquela – Mas não a encontrei, provavelmente deve ter pego um táxi ou uber por perto para a casa de sua amiga.

Assim, voltei ao meu apartamento e desabei como não fazia a muito, como queria o colo e o carinho de minha mãe naquele momento. Chorei e chorei até não ter mais lágrimas para sair. Minha cabeça doía, meus pensamentos turbulentos não me deixavam em paz, tudo que acontecera no aniversário de Zoe dera-me um choque de realidade.

Deus.... como deixei me submeter por aquela mulher?

Sentia-me frustrada, ferida e muito irritada.

Arfei em negação e olhei em volta ao meu quarto, tudo estava tão silencioso, tão calmo e sereno e mesmo assim não conseguia dormir. Olhava minha lista de contatos no whatsapp e telegram, e clicava e escrevia diversas vezes para Lizandra e depois apagava. Não tinha coragem para encara-la ou qualquer outro naquele momento, estava quebrada demais para tal feito.

E assim se passaram três dias de diversas tentativas falhas de Lizandra ao tentar me contatar, fora o impedimento de sua entrada em meu apartamento, contabilizei trinta e sete chamadas perdidas. E sobre as mensagens nas redes sociais? Perdi a conta.

Não fazia isso de propósito – tá, talvez um pouquinho – Mas não a ignorava por raiva, longe de mim. Era só demasiado trabalho acumulado, e com um novo projeto em mãos, não tinha tempo nem de respirar direito, as vezes chegava em casa a partir das uma da madrugada, atolada em relatórios e documentos para finalizar até a data prevista, e quando lembrava de pegar o celular, o caos já se fazia presente.

As vezes gargalhava ao escutar os áudios de ameaça de Liz furiosa. O ápice para fazer  minha barriga doer de tanto rir – foi quando a mesma ameaçou fazer greve de sexo, caso não a respodesse no mesmo instante – Mas a ignorei, novamente, e esse virou meu passa tempo durante os últimos dias.

              Sexta-feira

Era o último dia de trabalho, e Julia como sempre, convenceu-me a experimentar lugares novos para almoçarmos juntas. Dessa vez, o escolhido fora o shopping perto de nossa empresa. Subimos pelas escadas rolantes numa conversa descontraída e tudo ia muito bem, até vê-las juntas sentadas numa das mesas desocupadas da praça de alimentação. Ariella e Lizandra sorriam juntas e bem próximas uma da outra, ver aquilo foi como uma facada no coração, a ruiva seguiu meu olhar paralisado naquela cena e assim que avistou o mesmo que eu, tomou uma atitude rapidamente, logo me levando daquele lugar que começara a me dar ânsia.

Almocei com Julia em outro lugar, na realidade, a fome que incomodava meu estômago tempo atrás, passará como mágica. Depois voltamos para a empresa e continuamos nosso trabalho árduo, nada estava fora do normal quando cheguei a empresa e assim continuou por longas horas, até ouvir duas batidas em minha porta do escritório repentinamente – o que era estranho, já que eu deixará regras bem claras para Heloá sobre não ser incomodada – Mas fora impossível não reconhecer aquela silhueta quando levantei o olhar para o horizonte.