Sim, mais uma fanfic. Sim, eu vou terminar. Aliás, tem três aí que já to terminando.
Fic baseada na música "Vienna" de Billy Joel.
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S/N POV
Uma brisa suave entrava pela janela de meu quarto, enquanto eu dedilhava meu violão e cantarolava baixo, olhando para os pássaros na árvore em frente a minha casa.
Rapidamente e sem olhar, levo meus dedos até que formem um novo acorde, desta vez, com uma pestana. Eu as odiava, pois ainda havia dificuldade de minha parte. Mas adorava quando o som saía corretamente.
Uma nova palavra surge em minha cabeça e ilumina meus pensamentos. Rapidamente paro de dedilhar o violão e pego o lápis, escrevendo no caderno mais uma palavra para minha música nova. Haviam algumas composições ali, mas nunca as mostrei a ninguém. Era algo apenas meu.
Minha cama estava bagunçada, mas eu não havia me incomodado ao ponto de arruma-la. Alguns de meus livros escolares estavam jogados pelo chão e eu não fazia ideia de onde estava a minha mochila. O meu notebook estava ligado sobre a escrivaninha e meu celular estava em algum lugar dessa bagunça. Eu havia recebido uma ordem para organiza-lo, mas sempre achei que ele tinha mais estilo do jeito que estava, então apenas ignorava até alcançar o limite.
Minha mãe abre a porta sem bater, mas com dificuldade, pois estava sendo barrada por uma pilha de roupas jogadas atrás da porta. Ela olha por todo o quarto e em seguida, seus olhos encontram o meu rosto, onde havia um sorriso constrangido.
— o que eu pedi que fizesse? — pergunta tentando manter a calma.
— eu posso explicar! — digo, vendo ela cruzar os braços e assentir.
— explique! —
Na verdade, eu não sabia o que dizer. Esperava que ela não me desse a oportunidade de falar e apenas saísse do quarto, me deixando sozinha com a minha bagunça e o meu violão.
— me dê um segundo! — digo e levanto um dedo indicador.
Ela nega em reprovação e decepção.
— Filha, precisa arrumar seu quarto! — diz — sei que acharia ouro em toda essa bagunça.
— mas eu gosto dele assim! — digo, abrindo os braços para que ela olhasse em volta.
Ela sorri enquanto nega com a cabeça, mas volta a ficar séria.
— arrume o quarto! — diz e se vira para sair — ou ficará sem o seu brinquedo. — finaliza e sai, deixando a porta aberta.
Arregalo os olhos ao perceber que ela falava do instrumento em minhas mãos.
Eu havia ganhado ele de presente do meu avô quando tinha 12 anos, e é claro que eu tinha outro novo, mas aquele era o meu favorito. Costumava usá-lo sempre que tentava compor alguma nova música, pois achava que ele me trazia sorte. Minha mãe sabia sobre o meu apego naquele objeto de madeira e também sabia que seria mais fácil conseguir algo de mim quando citava sobre ele.
