17.

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“ Baby, I love your way. ”

— É a sua primeira vez fazendo trilha? — Olhei para Armin que encarava a ponte de madeira frágil em sua frente, claramente estava com medo de cair de uma altura de dez metros num rio bem raso

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— É a sua primeira vez fazendo trilha? — Olhei para Armin que encarava a ponte de madeira frágil em sua frente, claramente estava com medo de cair de uma altura de dez metros num rio bem raso. — Segura na mão de Deus e sai correndo até o outro lado.

— Eu vou te dar um soco mulher, não me apresse. — O loiro então deu um passo fazendo sua bota encontrar a primeira tábua de madeira que por sinal rangeu, logo em seguida deu mais um.

— Anda logo seu frango! Armin eu te amo, mas se demorar mais do que quinze segundos p'ra atravessar essa ponte eu te puxo até aqui pelos cabelos! — Annie gritou lá do outro lado, ela foi a corajosa que testou a ponte e atravessou primeiro.

— Se eu fosse você vinha rápido, puxão no cabelo dói. — Dessa vez Eren quem disse também do outro lado, estava comendo uma manga que pegou de uma das árvores bem pleno. — Vai por mim, experiência própria.

— Vou fingir que não escutei isso. — Revirei os olhos com a indireta, só nessa semana eu puxei o cabelo dele umas dez vezes para que ele deixasse de ser um surfista vagabundo e ir atrás de um emprego fixo. Ele doou o dinheiro do prêmio p'ra ONG e comprou uma casa na nossa ilha decidindo ficar, então ele é oficialmente um morador daqui que precisa de um emprego p'ra se sustentar. Os puxões de cabelo? Bom, são p'ra acordar ele p'ra vida.

— E desde quando você escuta alguma coisa de verdade? Siren, tu é quase surda. — O loirinho do tchan tomou finalmente coragem atravessando a ponte mais rápido, ainda estava lento como uma tartaruga, entretanto, era melhor do que ficar parado.

— Oi? — Perguntei fingindo não ter ouvido, meu deboche é maravilhoso, modéstia a parte.

— Ai meu pai, eu só queria um banho quente e uma soneca. — A outra baixinha invocada passou as mãos pelo próprio rosto um pouco estressada, logo suspirou e se sentou numa pedra grande.

— Eu queria estar assistindo algum Reality-show vagabundo de baixo orçamento enquanto como sucrilhos, mas a vida também tem seus dias de luta né. — Yeager levanta o braço dando o resto dá manga que estava pela metade para um macaco na árvore, isso foi bem aleatório até p'ra ele.

— Consegui! — Arlert começou a dar pulos animados ao pisar no chão do outro lado, logo se virou de supetão mandando o dedo do meio para a ponte. — Chupa sua merdinha!

— Se não se lembra, a ponte não é um ser vivo para te responder amigo. — Ri e ele revirou os olhos com um sorrisinho, logo tratei de andar pelo caminho mais fodido de todos com cuidado para não pisar com força, não quero quebrar uma madeira e acabar caindo lá embaixo como uma jaca madura.

— A planta é um ser vivo e também não pode me mandar ir se foder, refuta isso agora vadia. — Ele cruzou os braços com seu deboche típico, nem parece que era o mesmo frango de minutos atrás.

— Mas eu posso, vai se foder. — Terminei de atravessar e então mandei um beijo no ar p'ra ele, que teve a audácia de desviar como se fosse uma praga infecciosa.

— Chega de papo cambada de imbecís, bora seguir o caminho até a gruta. — A garota puxou o namorado pelo braço, já eu e Eren apenas seguimos eles enquanto começamos uma discussão sobre qual sabor de pizza é melhor.

Depois de muito bate boca acabamos atravessando boa parte do caminho, nesse meio tempo todos nós passamos por situações bem constrangedoras. Um bando de cinco macacos pegaram uma carona com o Eren ficando em cima dos ombros, braços e cabeça dele. Armin torceu o pé e a Annie teve que carregar ele de cavalinho pelo resto do trajeto, sem nenhum esforço aparente. Eu tive uma crise de asma e me desesperei já que não trouxe a minha bombinha, por sorte me acalmei. E todo o grupo acabou tendo que fugir de um enxame de abelhas, ou marimbondos sei lá. Agora estamos aqui na porta da gruta, aonde a parte mais difícil vai acontecer.

— Trouxeram as lanternas? — Tirei a minha da mochila e o resto do grupo arregalou os olhos, só podem estar de sacanagem com a minha cara. — Espera, eu fui a única com neurônios suficientes p'ra lembrar das lanternas?!

— Podia ter avisado a gente. — Armin deu de ombros.

— Eu avisei porra, ainda avisei cinco vezes. — Coloquei ambas as mãos na cintura fazendo uma pode que aprecia uma xícara, eles apenas desviaram os olhares. — Isso é um absurdo, alguém vai ter que voltar e buscar essas merdas, eu não vim aqui átoa.

— Meu tornozelo tá fodido. — A praga do meu melhor amigo cantarolou.

— Eu tenho a lanterna do meu celular. — Eren murmurou preocupado em catar piolhos de um macaco que estava sentado no colo dele, já ele estava sentado de pernas cruzadas no chão perto de uma árvore cheia de macaquinhos.

— Isso não te impede de ir buscar três lanternas Tarzan, eu tô com cólica e você é um atleta com resistência suficiente p'ra ir e voltar. — A aninha maravilha decretou se jogando numa pilha de folhas de qualquer jeito, parecia bem cansada mesmo.

— Tá eu vou, mas só se alguém for comigo. — Eren se levantou e ajudou o animal á subir num galho. — Bora Siren?

— Nem pensar. — Quase gritei abismada.

— Siren? — Dessa vez os dois loiros imploraram juntos e eu bufei estressada.

— Tá, mas vocês estão me devendo um favor imenso que eu vou cobrar com certeza. — Dei as costas para os três e então iniciei minha caminhada. — Bora logo rei da floresta!

— Prefiro que me chame de Tarzan senhorita Jane, sem formalidades entre nós, rei da floresta é só o meu título. — O moreno me alcançou e então passou o braço por trás do meu pescoço, não contive um sorrisinho com seu trocadilho horrível.

— Tem sorte que meu humor está bom.

— Quer melhorar ele ainda mais? Bora se pegar no mato?

— Se foder muleque.

— Se foder muleque

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𝑺𝒆𝒓𝒆𝒏𝒂𝒕𝒂 → ᴇʀᴇɴ ʏᴇᴀɢᴇʀ' ʰᵒᵗWhere stories live. Discover now