capítulo 7

733 92 25
                                    

Assentindo ao recente comentário da Marshall, o híbrido original afastou-se alguns passos dos demais, enquanto sacava o aparelho celular de seu bolso imediatamente discando o número do Salvatore mais novo.

— Stefan, suponho que possa me ser útil em algo. Vemo-nos em algumas horas? Estou a caminho de Mystic Falls. — sentenciou o original e consecutivamente se calou, ouvindo atentamente as palavras do vampiro.

A ligação que por suposto deveria levar apenas 3 a 4 minutos, estendeu-se cerca de para 15 minutos. O sarcasmo era evidente na voz do original que insistia em contrariar Stefan. Freya observava de longe impaciente, porém achando graça da conversa.

— Julgo que o recomendado seja somente Klaus ir atrás dele, nosso relacionamento não está nos melhores momentos. — A forbes declarou ao descer as escadas, acompanhada da alfa dos lobisomens que fora chamá-la anteriormente.

— Problemas no paraíso, love? — exclamou o hibrido que acabara de encerrar a chamada. — Stefan concordou em ajudar, volto em algumas horas. Estejam prontos! — ponderou antes de se retirar.

— O que faremos em relação ao entulho na entrada? — questionou Hayley.

— Incendia! — proferiu a primogênita Mikaelson que observou o cadáver ser imediatamente incinerado. — Problema parcialmente resolvido. — Ventus! — recitara outro feitiço, causando uma onda de vento que no que lhe concerne, espalhara as cinzas pelos ares.

— Marcel me informou haver nos chamados, Freya. Aqui estamos. — declarou a Claire ao adentrar a residência acompanhada de Vicent.

— Ótimo! Me acompanhem, Klaus foi atrás do último ingrediente necessário, mas, podemos nos adiantar. — Freya ponderou ao encaminhar-se rumo ao quarto de Camille, sendo acompanhada pelos outros dois bruxos. — Vincent desenha no chão um pentagrama com giz e Davina coloca uma vela em cada uma das pontas por gentileza.

Consecutivamente as ordens dadas, a primogênita aproximou-se da O'Connell, checando-a na intenção de certificar que algo não saíra dos planejados. De fato, a Mikaelson constatou que, o feitiço que mantinha a psicóloga adormecida estava perdendo sua força, e o veneno voltara a se espalhar lentamente pelo organismo da loira.

— Temos que realizar o feitiço ainda hoje. — ponderou o pegar os ingredientes necessários para a cura em sua bolsa. Alcançou em mãos uma cumbuca de barro e ali misturou os principais ingredientes: sangue do Marcel, e faltando apenas o sangue de sua sobrinha permitiu-se aguardar impacientemente o retorno de seu irmão mais novo.

Mystic Falls:

— Enfim retribuirá os inúmeros favores que lhe fiz. — ponderou Klaus ao adentrar o escritório com as mãos atrás de suas costas, onde o Salvatore estava sentado observando inúmeros papéis.

— Klaus... — o nome do híbrido escapara dos lábios do Salvatore mais novo em um tom de voz aveludado. — Não me diga que anotou cada um deles. — o vampiro pôs-se de pé e recebeu o velho amigo com um abraço caloroso que fora retribuído imediatamente.

— Precisa-me certificar que teria motivos para voltar a vê-lo. — Klaus declarou ao desvencilhar do abraço. — Caroline e as gêmeas estão seguras…

— Caroline e eu... — fez uma pausa antes de prosseguir.

— Problemas no paraíso, já fiquei sabendo, porém, conhecendo-o bem, imaginei que ficaria feliz em saber que elas estão em segurança.

— E evidentemente estou, porém, sem mais enrolações me acompanhe. — O Salvatore encaminhou-se rumo ao refeitório do instituto onde os freezers com sangue para alunos vampiros ficavam armazenados. — Uma dose será suficiente?

— Creio que sim. — respondeu o mikaelson ao tentar pegar o frasco da mão do Salvatore que segurou em seu pulso. — Suponho que já tenhamos passado da fase de traição, Stefan. — olhou-o com expressão de cãozinho abandonado

— Não seja paranóico, Klaus. É apenas o frasco incorreto. — Stefan proferiu ao devolver o vidro para a geladeira e pegar outro. — Aqui está.

— Obrigado, Stefan! — o híbrido exclamou ao esboçar um sorriso ladino e puxar o vampiro para outro abraço, com direito a um, tapinha nas costas.

Tendo posse do frasco com o sangue da tri-hibrida, Klaus partiu novamente para Nova Orleans para que Freya enfim pudesse concluir o feitiço que salvaria a vida de sua amada terapeuta, uma das únicas que enxergou luz entremeio tanta escuridão que o original carregava consigo. O trajeto de retorno de fato foi rápido, como dito pela alfa dos lobisomens, o trânsito estava calmo por já ser quase madrugada.

— Último ingrediente adquirido com sucesso. — Klaus proferiu ao invadir o quarto onde sua irmã e os outros dois bruxos o aguardavam. — Como Cami esta? — a preocupação em sua voz era notável.

— Ficará bem, em breve. — Freya ponderou ao pegar o frasco da mão de seu irmão e misturar ao sangue de Marcel no recipiente.

A primogênita sentou-se no centro do pentagrama, amparou a cumbuca em seu colo e com um movimentar de mãos acendeu as 5 velas que Davina havia posicionado uma em cada ponta do símbolo. Vincent e a Claire apesar de fora do centro, posicionaram-se para seguir os passos da Mikaelson.

— Per sanguinem tribus et bestiae evacuant effectus contagionis — Freya fechou os olhos e recitou as palavras do feitiço sendo acompanhada pelos demais bruxos — Per sanguinem tribus et bestiae evacuant effectus contagionis — repetiu o feitiço e o fogo das velas se intensificaram, Klaus de escanteio apenas observava. — Per sanguinem tribus et bestiae evacuant effectus contagionis. — O líquido contido no frasco começou borbulhar e a Mikaelson soube que a cura estava pronta assim que o líquido assumira uma cor alaranjada. — Esta feita!

Com lágrimas nos olhos a Claire comemorou silenciosamente, ciente que sua única figura materna em breve estaria bem e pronta para alegrar a todos com sua essência e personalidade amável.

— Freya, posso? — indagou a morena ao sugerir dar a cura para a O'Connell. Tendo recebido um sinal positivo, a bruxa da colheita apanhou em mãos o recipiente onde continha a cura e aproximou-se da cama onde a loira ainda repousava. Consecutivamente ao feitiço do sono ser quebrado, Davina despejou cuidadosamente a cura na boca da vampira que imediatamente despertou um pouco atordoada. — Cami, senti sua falta. — Davina envolveu a psicóloga num amoroso abraço e permitiu expressar como se sentia no momento com lágrimas. — Como se sente?

— Me sinto estranha e tonta… — respondeu a O'Connell com sua voz arrastada. — Minha boca esta amarga… — declarou a loira ao retribuir o abraço de Davina, enquanto afagava os cabelos escuros da jovem.


Vermelho cor do sangue e do amor | CaromilleWhere stories live. Discover now