021 - ele agora sabe

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Pov: Vicky

Depois do meu reencontro com minha mãe e irmão, ficamos conversando e o mesmo teve que ir em algum lugar, e minha mãe estava arrumando suas coisas para o trabalho.

Melissa: eu ainda tô raciocinando - fala enquanto coloca seu celular dentro da bolsa.

- fica tranquila, depois eu te explico melhor toda a situação ok?

Melissa: ok querida, tem comida na geladeira, pra você e sua amiga, não façam bagunça e se sair me liga, isso é muito importante ok?

- como assim? Tá acontecendo algo pra eu ter que ligar a qualquer momento?- pergunto confusa e estou desconfiada desde que cheguei eu vi uma aura em formato de lobo ao redor do meu irmão.

Melissa: nada que precise se preocupar, só fique em casa, tô indo- fala e sai de casa.

Maya: isso é estranho Vicky, por que sua mãe ficou assim?- pergunta comendo um salgadinho que minha mãe deu a ela.

- não sei, mas pretendo descobrir - fala e me sento ao lado dela no sofá.

Maya: você também viu?- olho pra ela- a aura em formato de lobo ao redor do seu irmão?

- vi sim, será que ele é?

Maya: não sei, talvez.

Estão confusos né? Bom, um dos poderes das feiticeiras é ver se alguém é sobrenatural ou não, eu descobri isso lendo um pouco no caderno que a Hayley me deixou, e parece que não é só eu, todos as feiticeiras conseguem ver, na verdade eu acho que todo sobrenatural, só basta habilidade.

Maya: sente falta dela né?

- sinto, muita, e olha que não faz nem um dia que ela...morreu - falo e me deito no sofá- eu só queria ela aqui pra me ajudar, te ajudar.

Maya: eu também sinto, mesmo eu só conhecendo ela a três dias, eu gostava dela, o pior de tudo foi descobrir sobre meu pai, se é que ele pode ter esse cargo.

- não fica pensando nele e nem nela, só vai aumentar sua dor.

Maya: vou tentar, mas e seu pai?

- ah, ele que se foda- falo e tampo minha boca com a mão rapidamente- esqueci que estou conversando com uma criança.

Maya: ei, você é só 4 anos mais velha que eu.

- pois é, 4 anos com mais maturidade que você.

Maya: há há há, vou pegar um copo de água- fala e se levanta, não se passa nem três minutos ela volta correndo- Vicky, tem um homem de terno lá na cozinha, que estranhamente se parece com seu irmão gato!

- primeiro, não chame meu irmão assim, e segundo quem é esse cara?- antes dela responder, o homem entra na sala fazendo eu arregalar os olhos- pai??

Rafael: Victoria? Mais o que você tá fazendo aqui? Como você conseguiu vim pra cá?- pergunta com uma cara raivosa se aproximando de mim

Rapidamente lembro de uma conversa que a gente teve a dois anos atrás.

Flashback on:

Eu tinha 12 anos, e tinha acabado de volta da casa da hayley, entro dentro de casa e vejo meu pai bêbado no sofá de casa.

- pai? O que você tá fazendo?

Rafael: não é da sua conta pirralha - fala com a voz rouca.

- pai, o senhor não está bem, é melhor o senhor subir- antes de eu terminar, ele se levanta do sofá e vem em minha direção com um olhar raivoso e cheirando a álcool forte, e segura meu braço com força, então eu olho pro meu braço e pra mão dele e não sei o que aconteceu porém o mesmo se afasta, já que eu não sabia muito bem dos poderes que eu tinha recebido ainda, nesse momento meus olhos se encheram de lágrimas por imaginar o que ele iria fazer se eu não tivesse o parado.

Rafael: Vicky eu não queria- fala porém eu não respondo só corro da sala em direção ao meu quarto e fico trancada lá até ele sair de casa.

Flashback off:

Meus olhos se enchem de lágrima também por essa lembrança, ele percebe e da uns passos para trás.

Rafael: desculpa, eu não queria.

- sempre a mesma frase, eu até já me acostumei.

Rafael: e eu já cansei das suas desobediências!

- sabe o que eu faço com seu cansaço sobre minhas "desobediências"? Eu pego elas e piso, por que eu não tô nem aí- falo e limpo as lágrimas que caíram, como se nada tivesse acontecido.

Rafael: você vai agora mesmo voltar comigo para São Francisco!- fala vindo em minha direção.

- não ouse da mais nenhum passo, eu estou na casa da minha mãe, eu não vou mais voltar a morar com você e sua namoradinha estúpida!

Rafael: não chame ela assim! Miranda é uma pessoa boa que se ofereceu para cuidar de uma ingrata que você é e ainda chama ela assim.

- ingrata? Eu? Ah fassa-me o favor!- falo e pego minha bolsa de ombro- Maya eu vou sair daqui não aguento ficar no mesmo cômodo que esse homem- cansei, se eu ficar aqui, acabo fazendo coisas sem pensar.

Maya: e pra onde eu vou?

- pode subir lá pro meu quarto, e você ouviu minha mãe, tem comida na geladeira porém é melhor só comer os pacotes de bolacha e biscoito mesmo- falo e ela vai em direção a cozinha logo voltando com três pacotes de bolacha nos braços e uma garrafa de água, subindo para o andar de cima- provavelmente o meu quarto está do jeito que eu deixei, então é um com coisas de criancinha.

E ela some no andar de cima, eu ia saindo deixando o homem estático lá, porém me lembro de uma coisa e volto.

- só cuidado com os chifres na porta, papai- falo e saio de casa dando risadinha.

Continua........

Eita meu povo!

Próximo capítulo terá a participação do nosso lobão e o foguinho

Espero que gostem por que minha criatividade está zero


ᴀ ғᴇɪTɪᴄᴇɪRᴀ ᴇ ᴏ ʟᴏBɪsᴏMᴇᴍ- 𝒍𝒊𝒂𝒎 𝒅𝒖𝒏𝒃𝒂𝒓Where stories live. Discover now